quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Efeito climático pode ter matado 17% mais árvores na Amazônia, diz estudo
Um estudo realizado em conjunto entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros aponta que o número de árvores mortas na Amazônia por conta de tempestades, secas e outros fenômenos climáticos é subestimado em análises tradicionais, podendo ser de 9% a até 17% maior do que o previsto anteriormente.
A mortalidade destas árvores tem sido ignorada porque as análises comuns se baseiam apenas em trabalho de campo e em inventários florestais, disse o pesquisador Niro Higuchi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), coordenador do grupo brasileiro que participou do estudo.
A pesquisa foi publicada nesta semana no site da renomada revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", mantida pela Academia Americana de Ciências. Além do Inpa, também participaram cientistas da Universidade da Califórnia, da Universidade Tulane e do Laboratório Nacional de Berkeley, todos nos EUA, além de pesquisadores do Instituto Max Planck para Biogeoquímica, na Alemanha.
Para dar uma ideia da força que eventos meteorológicos têm sobre a Amazônia, Higuchi citou como exemplo uma grande tempestade ocorrida na floresta, em janeiro de 2005, que destruiu mais de 500 milhões de árvores segundo suas contas. O fenômeno teve rajadas de vento de até 140 km/h.
Nova ferramenta Para fazer uma avaliação mais precisa do número de árvores destruídas por fenômenos climáticos e de sua contabilização nas emissões de CO2 pela floresta, os cientistas desenvolveram uma nova ferramenta que combina imagens de satélite da Amazônia e levantamentos "in loco".
Batizado de Trecos ("Tropical Tree Ecosystem and Community Simulator", no nome em inglês), o modelo foi preparado com imagens de satélite de uma série histórica com mais de 20 anos.
"Medir os efeitos do desmatamento é relativamente fácil, hoje em dia há vários métodos em campo e boa cobertura de satélite. Mas fenômenos como chuvas, tempestades e seca não seguem um padrão, são espalhados por toda a Amazônia. Há muita dificuldade de se chegar em certas áreas da floresta", afirma Higuchi.
Vítima do clima A Amazônia vai ser cada vez mais vítima de efeitos agravados das mudanças climáticas, como secas prolongadas, diz o pesquisador brasileiro. No sul do Pará, principalmente, estiagens costumam ser extensas. "Há regiões que passam três, quatro meses sem uma gota de água", diz Higuchi.
Ele pondera que fenômenos como o El Niño estão afetando a Amazônia de maneira cada vez mais irregular. "Fenômenos climáticos, como secas e tempestades, estão ficando mais intensos, não só na floresta, como no Brasil e no mundo todo", afirma o pesquisador.
Ele demonstra preocupação com as emissões de CO2 que decorrem das árvores mortas por efeito do clima e que não são medidas de forma correta no Brasil. Para o pesquisador, este número também está subestimado. "Pode até dobrar o valor das nossas emissões de gás carbônico, por conta do que não está sendo medido", comenta.
Higuchi considera que a Amazônia precisa se preparar para possíveis mudanças no ambiente, efeitos do aquecimento global e outros fenômenos. Para ele, é preciso "dimensionar as vulnerabilidades da região".
G1
Asteroide de 50 metros vai passar muito perto da Terra em 15 de fevereiro
No mês que vem, um asteróide de 50 metros de diâmetro vai passar de raspão pela Terra. No dia 15 de fevereiro, a rocha espacial, batizada de 2012 DA14, vai passar a 22 mil quilômetros do nosso planeta. Justamente na região onde ficam os satélites de comunicação e meteorológicos.
Uma distância considerada pequena em termos astronômicos e recorde na astronomia moderna. Os cientistas garantem que não há perigo de colisão. E vão aproveitar a oportunidade para estudar a pedra e calcular a interação dela com a gravidade da Terra.
“Essa é uma passagem com aproximação recorde”, disse Don Yeomans, cientista do Near-Earth Object Program, programa que ajuda a encontrar e rastrear objetos próximos ao planeta Terra. “Desde que as pesquisas espaciais regulares começaram na década de 1990, nós nunca vimos um objeto tão grande como esse passando tão perto da gente.”
O 2012 DA14 é provavelmente formado por pedra e mede cerca de 50 metros de largura - um tamanho considerado médio, já que asteroides podem ter a dimensão de uma bola de futebol, ou até mesmo ser grandes rochas com muitos quilômetros de largura. Yeomans estima que asteroides semelhantes ao DA14 passem próximo à Terra de 40 em 40 anos.
Segundo a Nasa, o impacto de um asteroide de 50 metros de largura com o nosso planeta não traz grandes riscos, exceto aos que estão imediamente embaixo dele. A cratera conhecida como “Cratera do Meteoro” (foto ao lado), em Winslow, Arizona, nos Estados Unidos, foi formada pela colisão de um objeto de tamanho semelhante há 50 mil anos.
Ainda assim, Yeomans garante: “2012 DA14 definitivamente não vai atingir a Terra. A órbita do asteroide é conhecida bem o suficiente para descartarmos um impacto”. Mas, de fato, passará bem perto de nós. O cientista afirma que o asteroide vai cruzar a região onde a Estação Espacial Internacional e muitos satélites de observação estão localizados. Porém, “as chances de um impacto com um satélite também são muito remotas”.
Segundo Yeomans, quando o asteroide passar perto da Terra, em 15 de fevereiro, será possível ver sua luz brilhante apenas por meio de telescópios. Ainda assim, a visualização do evento requer certa prática, já que a velocidade do objeto será muito rápida. Infelizemnte, “somente os astrônomos amadores mais experientes terão sucesso”.
Época.com
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Bactérias descobertas na atmosfera podem interferir no clima, diz estudo
Uma camada mais baixa da atmosfera contém bactérias que podem ter efeitos diversos na meteorologia e no clima, revela uma pesquisa americana publicada na segunda-feira (28) na revista "Proceedings of the Natural Academy of Sciences" (PNAS).
Segundo os autores, um dos interesses da descoberta na troposfera é que esses micro-organismos poderiam ter um papel importante na formação de gelo nas nuvens. Algumas dessas bactérias também seriam capazes de metabolizar os componentes de carbono presentes na atmosfera, derivados sobretudo das emissões de dióxido de carbono (CO2), principal gás causador de efeito estufa.
Além disso, o deslocamento de bactérias pelo vento a longas distâncias poderia ser levado em conta no estudo de transmissão de doenças infecciosas entre os seres vivos.
"Não esperávamos encontrar tantos micro-organismos na troposfera, considerada um ambiente difícil para vida", disse Kostas Kostantinidis, professor adjunto do Instituto de Engenharia da Géorgia (conhecido como Georgia Tech), no sudeste dos EUA, e um dos principais autores do estudo.
"Parece existir uma diversidade bem grande de espécies na troposfera, mas nem todas sobrevivem à parte mais alta dela", acrescentou. Foi analisada uma faixa entre seis e dez quilômetros de altitude.
Os cientistas ainda não sabem se essas bactérias vivem permanentemente nessa área da atmosfera – em partículas de carbono em suspensão – ou se ficam ali temporariamente após ser transportadas pelos ventos que vêm da superfície da Terra.
equipe coletou amostras do solo e dos oceanos, sobretudo no mar Caribe e em algumas partes do Atlântico, durante e após a passagem dos furacões Earl e Karl pela região, em 2010.
Os micro-organismos foram coletados em amostras de ar levantadas por um jato, em um programa de pesquisas da agência espacial americana (Nasa) destinado a estudar as massas de ar em baixas e altas altitudes e o vínculo delas com as tempestades tropicais.
Filtros contendo essas bactérias foram avaliados com técnicas de sequenciamento genético que permitiram identificá-las e calcular sua quantidade. O estudo mostrou, ainda, que esses micróbios representaram, em média, 20% de toda a massa de partículas das amostras. Ato todo, os micro-organismo tiveram 17 variedades enumeradas.
G1.com
Consumo de energia pode ter ligação com aquecimento global, diz estudo
O calor dissipado pelo consumo de energia em todo o mundo pode ser responsável pelo aumento de temperatura durante o inverno em regiões do hemisfério norte, notadamente na Ásia e na América do Norte, aponta um estudo publicado no site da "Nature Climate Change" neste domingo (27).
A elevação de temperatura estimada chega a cerca de 1º C, segundo a pesquisa, realizada por cientistas da Universidade Estadual da Flórida e da Universidade da Califórnia, ambas nos Estados Unidos.
Apesar do consumo de eletricidade e de combustíveis fósseis por indústrias, prédios, casas, veículos e outras estruturas de grandes cidades ser distribuído pela superfície do planeta, e o calor dissipado equivaler a só 0,3% do total da energia levada para regiões mais remotas do planeta pela circulação atmosférica, este aquecimento produzido por humanos pode ter efeito na temperatura do ar a quilômetros de distância.
Ao ser carregado pela circulação atmosférica, dizem os pesquisadores, o calor dissipado afeta regiões distantes dos grandes centros urbanos. "Nós identificamos impactos climáticos plausíveis causados pelo consumo de energia, usando um modelo de escala global", afirmam os cientistas no estudo.
A maior parte dos modelos que simulam mudanças climáticas ignora o consumo de energia e o calor dissipado por ele - o elo que provavelmente está faltando para explicar o aquecimento em certas regiões do planeta, segundo a pesquisa.
A estimativa se encaixa com medições de crescimento de temperatura na segunda metade do século 20 com relação a períodos anteriores, dizem os pesquisadores. O calor dissipado pode ter elevado a temperatura em até 1º C na Rússia e no norte da Ásia, e em 0,8º C nas pradarias do Canadá, de acordo com o modelo estudado.
Coreia do Sul se une ao grupo de potências espaciais
A Coreia do Sul lançou com sucesso, nesta quarta-feira, o foguete Naro, desenvolvido parcialmente com tecnologia local, algo que após duas tentativas fracassadas em 2009 e 2010, coloca o país no reduzido grupo das potências espaciais.
A plataforma de lançamento, também conhecida como KSLV-1 e portadora do satélite científico STSAT-2C, despegou às 16h local (5h, horário de Brasília) desde a base espacial da ilha de Naro, cerca de 480 quilômetros de Seul.
A terceira tentativa em quatro anos aconteceu sem aparentes problemas, e uma hora depois, os responsáveis confirmaram que o satélite estava na órbita devida e o ministro sul-coreano de Ciência e Tecnologia qualificou a operação como êxito.
'O Naro foi lançado com sucesso. O satélite foi desdobrado 540 segundos depois, e uma análise dos dados relacionados mostra que entrou corretamente na órbita estipulada', afirmou o ministro, Lee Ju-ho.
Trata-se da primeira vez em que a Coreia do Sul, quarta economia da Ásia, conseguiu colocar em órbita um satélite desde seu território, um façanha que ficou parcialmente apagada pelo fato de que a Coreia do Norte, conseguiu tal feito antes.
O regime de Pyongyang conseguiu colocar em órbita um satélite com seu próprio foguete em 12 de dezembro, em uma operação duramente condenada pela comunidade internacional, que a considerou uma violação de resoluções da ONU que proíbem o país de desenvolver tecnologia balística.
Por sua parte, a Coreia do Sul já tinha enviado até hoje ao espaço cerca de 10 satélites, mas todos desde plataformas e foguetes estrangeiros.
Em qualquer caso, e embora seja depois de sua rival Coreia do Norte, o último lançamento transforma a Coreia do Sul - lar de algumas das empresas tecnológicas mais potentes do planeta, como a Samsung - no 13° país que consegue colocar em órbita um satélite com um foguete de fabricação própria.
Isto permite que o país encurte as distâncias com outros vizinhos asiáticos como o Japão, China e a Índia, que já contam com seus próprios programas aeroespaciais.
Em mensagem divulgada por seu porta-voz, o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, afirmou que o êxito da missão do Naro representa o primeiro passo rumo à abertura de 'uma era de ciência espacial' para a Coreia do Sul.
O caminho para este objetivo, no entanto, esteve infestado de dificuldades, com dois lançamentos fracassados efetuados em 2009 e 2010.
No primeiro caso, o foguete alcançou a órbita desejada, mas um defeito nos mecanismos de abertura impediu a liberação do satélite, e na segunda o projétil explodiu por problemas elétricos.
A agência espacial sul-coreana (KARI), criada em 1989, começou a dar seus primeiros passos na fabricação de foguetes na década de 1990, baseando-se na tecnologia balística que tinha adquirido dos EUA no meio da tensão com o regime comunista da Coreia do Norte.
Mas o programa espacial sul-coreano Naro não nasceria até 2002 com o apoio da Rússia, um país com um êxito de 93,6% nos 3.100 lançamentos que realizou de 1950 a 2011.
O respaldo russo ficou plasmado na primeira fase do foguete, cuja parte inferior se construiu no centro de produção e pesquisa espacial Khrunichev da Rússia em virtude de um acordo assinado em 2004.
No entanto, Seul procura desenvolver totalmente seus próprios veículos espaciais, e para isso já trabalha na construção de um motor propulsor de dez toneladas que espera concluir para 2016.
No marco desta iniciativa, Coreia do Sul espera desenvolver nos próximos anos um foguete totalmente fabricado no país portador de um satélite de 1,5 toneladas, que aspira a levar ao espaço para 2018 ou 2019.
Exame.com
Curiosity começa trabalhar à noite
O Curiosity começou a trabalhar no período noturno. O objetivo é intensificar as pesquisas e fazer observações noturnas da região onde o jipe-robô está atualmente. A Nasa já divulgou as primeiras imagens feitas com a câmera instalada no braço robótico do Curiosity.
As fotos foram feitas logo durante a primeira vez que o jipe-robô usou a câmera com foco autoajustável batizada de Mars Hand Lens Imager (MAHLI). O ambiente foi iluminado por fontes de luz branca e ultravioleta que ficam no próprio equipamento.
Curiosity fotografou a rocha chamada de Sayunei, que fica em um local perto de onde a equipe planeja começar a usar o jipe-robô para perfurar uma rocha nas próximas semanas para obtenção de amostras. A câmera também usou uma iluminação ultravioleta para detectar a presença de minerais fluorescentes.
As duas fotos mostram uma superfície de aproximadamente três centímetros quadrados. A região da imagem foi raspada antes da sessão de fotos pela roda dianteira da Curiosity para tornar o material em análise livre de poeira, o que ajuda nas pesquisas da Nasa.
As fotografias ainda serão avaliadas pelos cientistas da Nasa envolvidos com a missão do Curiosity. Mas o objetivo dos pesquisadores durante os dois anos de missão do jipe-robô no planeta vermelho é encontrar evidências que indiquem se Marte já teve um ambiente capaz de suportar vida microscópica e se tem condições que preservaram os seus indícios.
Exame.com
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Névoa de poluição atinge novamente a China
Moradores de enormes áreas do norte da China lutavam contra a poluição que atingia níveis extremos nesta terça-feira, enquanto Pequim estava mergulhada na penumbra tóxica pela quarta vez neste inverno.
A visibilidade estava reduzida a cerca de 200 metros em algumas partes da capital, onde pedestres com máscaras tentavam caminhar em meio a uma névoa escura, apesar das advertências das autoridades para que permanecessem dentro de casa, a menos que fosse absolutamente necessário.
Em um escritório de Pequim visitado pela AFP, cerca de 20 funcionários que temiam que a fumaça poluente invadisse o local tomaram precauções extras, utilizando máscara de gás em suas mesas.
A rede de televisão estatal chinesa CCTV deu grande destaque à poluição no país, mostrando veículos utilizando faróis altos no meio da manhã para iluminar o caminho através da nuvem nociva.
Mais de 100 voos estavam atrasados ou foram cancelados no aeroporto Zhengzhou de Henan, informou a rede de televisão, acrescentando que a névoa deve durar até quinta-feira. No aeroporto de Pequim, 61 voos foram atrasados pela manhã.
Na província oriental de Shandong, quase 2.000 passageiros ficaram presos no principal aeroporto de Qingdao depois que ele fechou com 20 voos cancelados devido à queda da visibilidade para 100 metros, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.
A fumaça dos últimos dias atingiu uma área total de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, informou o Ministério da Proteção Ambiental - cerca de duas vezes o tamanho da França.
Exame.com
Cientistas descobrem um antigo rio espetacular em Marte
Cientistas planetários da Agência Espacial Europeia divulgaram imagens 3D da “parte superior da região Reull Vallis de Marte”, que revelam um antigo rio de 1.500 quilômetros que vai de Promethei Terra até a bacia Hellas.
O rio era enorme. As imagens da sonda Mars Express, da ESA, mostra que, em algum ponto, o leito do rio tinha 7 quilômetros de largura e 300 metros de profundidade. As câmeras do satélite também revelaram “numerosos afluentes” que abasteciam o rio gigante.
À direita das imagens você pode ver as montanhas de Promethei Terra, “surgindo cerca de 2.500 metros acima das planícies”. Uma paisagem espetacular não muito diferente de algumas partes da Terra.
A equipe do Mars Express diz que o rio fluía com água abundante até cerca de 3,5 a 1,8 bilhão de anos atrás, durante o período hespério. Depois disso, a era Amazoniana começou, fazendo com que a região de Reull Vallis fosse invadida por uma geleira. Esta geleira esculpiu o vale onde o rio estava, empurrando detritos e gelo e criando os lados afiados que você pode ver nas imagens.
Junto com os dados coletados pela NASA e por robôs da ESA, parece que Marte sofreu o mesmo processo geológico que temos aqui no nosso pequeno planeta azul.
“Essas analogias estão dando a geólogos planetários tentadoras visões de um passado no planeta vermelho não muito diferente dos eventos do nosso mundo hoje.”
Os pesquisadores acreditam que Reull Vallis é igual a qualquer geleira da Terra – como aquela que você pode ver em Yosemite, mas sem turistas e árvores. Em algum momento, Marte pode muito bem ter sido assim:
Muito depois, meteoros atingiram a superfície do vale, causando as crateras que você pode ver em imagens. Cientistas acreditam que outros recursos geológicos na área podem estar cheios de água congelada.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Nevasca em montes na Guatemala é efeito de mudança climática, diz órgão
Uma nevasca incomum no município Ixchiguán, na Guatemala, surpreendeu na sexta-feira (25) os moradores do país, que tem clima tropical.
Os cumes das montanhas mais altas da região – que fica 290 km a oeste da capital Cidade da Guatemala, no departamento (estado) de San Marcos, na fronteira com o México – amanheceram cobertas de neve, enquanto outras áreas de menor altitude estavam encharcadas, informou o Instituto de Meteorologia (Insivumeh) local.
"São indícios de que estão ocorrendo mudanças (no clima) em nível global, afetando um país tropical com neve", disse à AFP o diretor do órgão, Eddy Sánchez.
O especialista explicou que o fenômeno ocorreu por uma mistura de correntes de ar frio e úmido nas montanhas guatemaltecas, onde as temperaturas registraram até -7° C na madrugada.
A neve era visível nas crateras dos vulcões Santa Maria, Acatenango e Tajumulco, no oeste do país, que alcançam altitudes de 3.700 a 4.200 metros acima do nível do mar, segundo comunicado da empresa estatal Coordenadora para a Redução de Desastres (Conred).
A temporada de frio na Guatemala começou em novembro do ano passado e deve acabar em fevereiro, segundo as autoridades de proteção civil do país.
G1 Natureza
O que os astronautas comem no espaço?
É no 'Space Food Systems Laboratory' (SFSL), da agência espacial americana (Nasa), onde acontecem as pesquisas e a produção de alimentos para o consumo fora da atmosfera terrestre. Tudo - da embalagem ao cardápio - deve ser cuidadosamente pensado, levando em conta tanto a saúde dos astronautas quanto o tempo de validade dos produtos. Em seu site, a Nasa publicou uma série de fotos que mostram os alimentos consumidos no espaço, para acabar de vez com a nossa curiosidade:
Os pratos em si são apetitosos – batata doce africana, sopa de amendoim, cookies de manteiga de amendoim (sem farinha) e Arroz Espanhol – o problema é que eles precisam manter suas propriedades calóricas e nutritivas por até 5 anos. Esse é o grande desafio do AFTP. As vitaminas, por exemplo, se degradam quando em contato com calor, oxidação e exposição à luz. O AFTP analisa a comida logo que ela passa pelo “processo de estabilização”, outra vez após um ano e mais uma depois de três anos. De acordo com a pesquisa, nozes e castanhas são, de longe, os tipos de comida mais vantajosos na relação nutrientes e calorias por grama.
Os pratos em si são apetitosos – batata doce africana, sopa de amendoim, cookies de manteiga de amendoim (sem farinha) e Arroz Espanhol – o problema é que eles precisam manter suas propriedades calóricas e nutritivas por até 5 anos. Esse é o grande desafio do AFTP. As vitaminas, por exemplo, se degradam quando em contato com calor, oxidação e exposição à luz. O AFTP analisa a comida logo que ela passa pelo “processo de estabilização”, outra vez após um ano e mais uma depois de três anos. De acordo com a pesquisa, nozes e castanhas são, de longe, os tipos de comida mais vantajosos na relação nutrientes e calorias por grama.
Alimentos naturais e condimentos
Bebidas, como sucos, chás e água
Comidas liofilizadas, ou seja, desidratadas em processo que primeiro as deixa congeladas, depois retira sua água a vácuo, sem que esta passe pelo estado líquido.
A NASA ainda diz que hoje tudo que é comido no espaço é preparado na Terra. Como as próximas missões devem ser mais longas, é bem provável que a comida tenha que ser preparada em órbita. Como se não bastasse estar a quilômetros de altura, os astronautas ainda terão seus dotes culinários testados.
Bandeja preparada para uma refeição
Comida fornecida nas missões Apollo, da Nasa, entre 1968 e 1972. O objetivo dessas missões foi colocar o homem na Lua, o que acabou acontecendo em julho de 1969, com a missão Apollo 11.
Bandeja de alimentos utilizadas nas missões Skylab II, III e IV, ocorridas entre 1973 e 1974
Época.com
Irã diz ter lançado macaco ao espaço
O governo iraninano anunciou nesta segunda-feira que o lançamento ao espaço de um foguete com um macaco a bordo foi bem sucedido. De acordo com o órgão espacial iraniano, a cápsula Pishgam (pioneiro, em português) completou as etapas previstas na missão e aterrissou com o macaco em segurança. As informações são da agência oficial iraniana Irna.
A agência considerou o lançamentpo um sucesso, pois o o foguete atingiu uma altura de 120 quilômetros e enviou ao espaço um ser vivo com uma fisiologia parecida à do ser humano. Não houve confirmação independente da notícia, e potências ocidentais não haviam relatado nenhum lançamento iraniano no final da semana passada.
Astronauta iraniano — O diretor do programa espacial iraniano, Hamid Fazeli, havia anunciado que seu país iria lançar ao espaço um foguete com um símio a bordo durante a comemoração do 34º aniversário do triunfo da revolução islâmica, que ocorre entre 1º e 11 de fevereiro.
Em declarações divulgadas pela agência local de notícias iraniana Mehr, Fazeli explicou que o lançamento faz parte de um ambicioso projeto nacional que tem como objetivo pôr em órbita um homem em um período que pode ir de cinco a oito anos. "Com o lançamento desta cápsula, os preparativos do projeto de enviar um ser humano ao espaço tomarão forma imediata", afirmou.
O programa espacial iraniano é visto com receio pelos países ocidentais, já que algumas das aplicações para o lançamento de satélites servem também para melhorar o sistema dos mísseis balísticos do país.
Veja.com
A agência considerou o lançamentpo um sucesso, pois o o foguete atingiu uma altura de 120 quilômetros e enviou ao espaço um ser vivo com uma fisiologia parecida à do ser humano. Não houve confirmação independente da notícia, e potências ocidentais não haviam relatado nenhum lançamento iraniano no final da semana passada.
Astronauta iraniano — O diretor do programa espacial iraniano, Hamid Fazeli, havia anunciado que seu país iria lançar ao espaço um foguete com um símio a bordo durante a comemoração do 34º aniversário do triunfo da revolução islâmica, que ocorre entre 1º e 11 de fevereiro.
Em declarações divulgadas pela agência local de notícias iraniana Mehr, Fazeli explicou que o lançamento faz parte de um ambicioso projeto nacional que tem como objetivo pôr em órbita um homem em um período que pode ir de cinco a oito anos. "Com o lançamento desta cápsula, os preparativos do projeto de enviar um ser humano ao espaço tomarão forma imediata", afirmou.
O programa espacial iraniano é visto com receio pelos países ocidentais, já que algumas das aplicações para o lançamento de satélites servem também para melhorar o sistema dos mísseis balísticos do país.
Veja.com
sábado, 26 de janeiro de 2013
EUA vão reciclar lixo espacial
Existem mais ou menos 1.300 objetos orbitando a Terra nesse exato momento. 500 são satélites na ativa, 500 estão aposentados e resto é detrito. A DARPA – Defense Advanced Research Projects Agency – agência dos EUA responsável pelas inovações tecnológico-militares do país, está lançando um programa de reciclagem de lixo espacial, visando exatamente essas cinco centenas de sucata cósmica. Sob o pouco criativo nome de Phoenix, o projeto quer pegar toda a tralha que ronda nosso planeta a 35 mil quilômetros de altura e dar um novo fôlego, reaproveitando o material do jeito que der.
E o principal “jeito que dá”, segundo eles é o seguinte: pegar o hardware desses satélites desativados e recolocá-los em dispositivos novos. A operação, como dá pra imaginar, não é simples. A antena ou o painel solar seriam retirados por um robô que, de alguma forma ainda não sabida ou divulgada, grudaria os equipamentos em si mesmo e os traria de volta pra Terra.
Falando até parece fácil né? Não, não parece. Primeiro, porque os satélites de hoje em dia não são feitos para serem restaurados ou reaproveitados. Entre os outros desafios que certamente aparecerão está a necessidade de criar uma espécie de “sistema de alerta”, como o dos carros que apitam quando se aproximam de um objeto, para evitar acidentes e trombadas lá em cima. Outro problema são os processos burocrático-jurídicos para mexer em satélites que não pertencem aos EUA. O anúncio formal será feito dia 8 de fevereiro e os testes devem começar em 2015.
E o principal “jeito que dá”, segundo eles é o seguinte: pegar o hardware desses satélites desativados e recolocá-los em dispositivos novos. A operação, como dá pra imaginar, não é simples. A antena ou o painel solar seriam retirados por um robô que, de alguma forma ainda não sabida ou divulgada, grudaria os equipamentos em si mesmo e os traria de volta pra Terra.
Falando até parece fácil né? Não, não parece. Primeiro, porque os satélites de hoje em dia não são feitos para serem restaurados ou reaproveitados. Entre os outros desafios que certamente aparecerão está a necessidade de criar uma espécie de “sistema de alerta”, como o dos carros que apitam quando se aproximam de um objeto, para evitar acidentes e trombadas lá em cima. Outro problema são os processos burocrático-jurídicos para mexer em satélites que não pertencem aos EUA. O anúncio formal será feito dia 8 de fevereiro e os testes devem começar em 2015.
Imagens do campo gravitacional da lunar registrada pela GRAIL
Em 17 de dezembro de 2012, duas pequenas sondas chamadas de Ebb e Flow atingiram a superfície lunar a mais de 5920 km/h.
Isso encerrou a missão GRAIL (acrônimo para “Laboratório Interior de Recuperação de Gravidade”, em tradução aproximada) da NASA, que teve duração de um ano. As sondas gêmeas passaram a maior parte de seu tempo orbitando a superfície da Lua a uma altitude assustadoramente baixa de mais ou menos 50 km, passando juntas sobre o terreno poeirento a menos de 224 km uma da outra.
A telemetria de microondas entre as sondas, a Terra, e a aplicação de geometria básica permitiu que a GRAIL monitorasse a distância entre Ebb e Flow com uma precisão de aproximadamente um décimo de mícron – metade da largura de um fio de cabelo humano.
O campo gravitacional da lua não é perfeitamente simétrico, o que ocorre com qualquer planeta ou satélite.
Variações na densidade e altura de material produzem pequenas variações na aceleração gravitacional sentida por outros objetos. A variação no movimento orbital de Ebb e Flow, assim, permitiu a construção de um mapa detalhado do campo gravitacional lunar. Com um conhecimento das características topográficas da superfície, isso pode ser transformado no equivalente de uma reconstrução por tomografia do interior lunar – e de suas variações.
Os dados são incríveis, mas a GRAIL ainda deixou um último presente. Nos dias que precederam sua colisão com a superfície lunar, as sondas retornaram imagens de suas órbitas cada vez mais baixas.
Essa é a linda e surreal gravação temporizada obtida pela Ebb, enquanto passava rasante sobre parte do terreno norte do lado mais distante da Lua a uma altitude de apenas 10km, em 14 de dezembro de 2012.
Isso encerrou a missão GRAIL (acrônimo para “Laboratório Interior de Recuperação de Gravidade”, em tradução aproximada) da NASA, que teve duração de um ano. As sondas gêmeas passaram a maior parte de seu tempo orbitando a superfície da Lua a uma altitude assustadoramente baixa de mais ou menos 50 km, passando juntas sobre o terreno poeirento a menos de 224 km uma da outra.
A telemetria de microondas entre as sondas, a Terra, e a aplicação de geometria básica permitiu que a GRAIL monitorasse a distância entre Ebb e Flow com uma precisão de aproximadamente um décimo de mícron – metade da largura de um fio de cabelo humano.
O campo gravitacional da lua não é perfeitamente simétrico, o que ocorre com qualquer planeta ou satélite.
Variações na densidade e altura de material produzem pequenas variações na aceleração gravitacional sentida por outros objetos. A variação no movimento orbital de Ebb e Flow, assim, permitiu a construção de um mapa detalhado do campo gravitacional lunar. Com um conhecimento das características topográficas da superfície, isso pode ser transformado no equivalente de uma reconstrução por tomografia do interior lunar – e de suas variações.
Os dados são incríveis, mas a GRAIL ainda deixou um último presente. Nos dias que precederam sua colisão com a superfície lunar, as sondas retornaram imagens de suas órbitas cada vez mais baixas.
Essa é a linda e surreal gravação temporizada obtida pela Ebb, enquanto passava rasante sobre parte do terreno norte do lado mais distante da Lua a uma altitude de apenas 10km, em 14 de dezembro de 2012.
Scientific American
Desmatamento na Amazônia dá sinais de voltar a crescer
Após anos de avanços do Brasil no combate ao desmatamento da Amazônia, o problema parece estar voltando a se agravar, refletindo a expansão de fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e construtores para áreas antes inexploradas, segundo dados compilados pelo governo e por pesquisadores independentes.
O Imazon, instituição brasileira que monitora o desmatamento por meio de imagens de satélite, disse em um recente relatório que a destruição da maior floresta tropical do mundo subiu em dezembro pelo quarto mês consecutivo.
Nos últimos cinco meses de 2012, o Imazon detectou a eliminação de 1.288 quilômetros quadrados de matas, mais do que o dobro da área devastada no mesmo período de 2011.
Nos últimos cinco meses de 2012, o Imazon detectou a eliminação de 1.288 quilômetros quadrados de matas, mais do que o dobro da área devastada no mesmo período de 2011.
Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz suas próprias estimativas mensais, também sugerem um aumento no desmatamento entre agosto e outubro, último mês com dados divulgados.
Pesquisadores e autoridades dizem que são necessários mais dados para confirmar que está em curso uma reversão completa da tendência de redução verificada nos últimos anos. Entre outras variáveis, nuvens na atual época chuvosa complicam a obtenção de imagens.
Dados adicionais também podem esclarecer se novos clarões na cobertura florestal são resultado de queimadas e derrubadas deliberadas, ou uma degradação natural.
Se o desmatamento continuar crescendo, será a confirmação dos temores manifestados por cientistas e ecologistas de que as mudanças nas políticas ambientais brasileiras, a contínua penetração de forças econômicas na floresta e os projetos governamentais de infraestrutura estão revertendo os avanços na proteção a uma região que concentra cerca de 12 por cento da água doce do planeta, que é uma abundante fonte de oxigênio e onde vive um número incontável de espécies vegetais e animais.
O contexto está maduro para que a destruição se intensifique", disse o diretor-executivo da conhecida ONG Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, Paulo Moutinho. "Está claro que os níveis podem facilmente continuar a crescer."
As autoridades recomendam cautela, observando que há uma tendência de longo prazo contra o desmatamento. "É cedo demais para soar o alarme", disse Francisco Oliveira, diretor de políticas contra o desmatamento do Ministério do Meio Ambiente. "Um quadro mais completo vai emergir quando as nuvens tiverem ido embora."
Desafio científico Muitos fatores causam o desmatamento.
Madeireiros e garimpeiros há muito tempo exploram as madeiras nobres e as jazidas numa selva que tem o tamanho da Europa Ocidental. Nas últimas décadas, o Brasil se tornou uma potência agrícola, e os sojicultores, pecuaristas e outros produtores cada vez abrem mais espaço para suas lavouras.
E há também o atual ímpeto de explorar o potencial hidrelétrico da Amazônia, um processo que críticos dizem atrair muita gente para uma área que, do contrário, continuaria intacta.
Monitorar o desmatamento é um desafio científico que combina os dados de satélite e a fiscalização no terreno.
O governo brasileiro e cientistas do Imazon, instituição que tem sede em Belém e recebe financiamento privado, obtém indícios preliminares a partir das imagens de satélite.
Dados mais conclusivos demoram mais para serem compilados e dependem de recursos visuais de alta resolução, que são mais lentos, e de pesquisas de campo realizadas por cientistas e inspetores ambientais.
O governo divulga uma cifra anual em julho, quando a região está mais seca e a vista aérea fica mais clara.
Os dados mostraram que o desmatamento, até julho de 2012, havia caído a níveis recordes durante quatro anos consecutivos, em grande parte graças a uma fiscalização ambiental mais rígida.
Uma disparada em 2007, quando a alta no preço dos produtos agrícolas desencadeou uma procura por áreas cultiváveis, foi contida depois que o governo impôs multas mais pesadas e bloqueou o crédito para os desmatadores.
Em resposta, madeireiros passaram a agir de forma mais concentrada em áreas menores para burlar a vigilância dos satélites.
Agora, cientistas e ambientalistas alertam que os violadores estão sendo incentivados pelas mudanças legais, por uma nova alta nos preços globais dos produtos agrícolas e pelo impulso de colonos para desenvolver atividades econômicas ao redor das barragens de hidrelétricas e de outros grandes projetos industriais e de infraestrutura.
"Vocês vão ver logo logo um aumento no desmatamento", disse à Reuters na semana passada a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, ativista histórica da preservação da Amazônia.
Ela e outros críticos têm atacado o governo da presidenta Dilma Rousseff, cujos esforços para reavivar o crescimento econômico incluem reformas que, segundo ambientalistas, podem causar mais destruição. Dilma, por sua vez, diz que suas políticas são necessárias e ambientalmente sustentáveis.
Entre outras alterações regulatórias, o Brasil concedeu no fim de 2011 mais poder a autoridades locais para fiscalizar as leis ambientais, e esse processo levou ao fechamento de vários postos federais de fiscalização florestal, os quais muitas vezes, especialmente na vasta e remota Amazônia, representavam o único obstáculo para os desmatadores.
No ano passado, uma reforma do Código Florestal alterou os tipos de matas que devem ser preservadas ao redor de qualquer atividade. Embora o novo código continue teoricamente rigoroso nas regras de preservação, críticos dizem que a fiscalização será difícil por causa da transferência de atribuições a autoridades locais.
Oliveira, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o governo federal ainda tem condições de reagir rapidamente. Em vez de usar bases fixas, explicou ele, novas unidades de agentes ambientais criadas nos últimos meses podem ser mobilizadas quando for necessário, tornando-as "mais ágeis" quando desmatadores agem em áreas menores. "Nossos métodos e estratégias estão evoluindo", disse ele.
No entanto, os cientistas temem que os danos estão acontecendo sob os próprios olhos do governo. Hidrelétricas construídas pelo governo, estradas e minas estão acelerando a reversão, dizem eles, porque garantem acesso a áreas antes isoladas da Amazônia.
"Você tem todos esses fatores se unindo para tornar muito mais fácil o acesso à floresta", disse o pesquisador do Imazon Paulo Barreto. Os números recentes dispararam de forma tão rápida, acrescentou ele, "que será difícil que as cifras anuais caiam."
IGCiência
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Ambientalistas aplaudem iniciativa de Obama contra mudança climática
Grupos ambientalistas aplaudiram a advertência do Presidente Barack Obama sobre a mudança climática, mas disseram que o comprometimento do presidente em breve será testado à medida que ele decidirá se aprovará o oleoduto Keystone XL que irá do Canadá até a Costa do Golfo.
Obama prometeu em seu discurso de posse na segunda-feira, 21 de janeiro, que iria reagir ao que chamou de a ameaça das mudanças climáticas, dizendo que "não fazer isso seria trair nossos filhos e futuras gerações."
Ao destacar a mudança climática, Obama indicou a disposição de assumir um problema que reconhece ter sido muitas vezes negligenciado durante seu primeiro mandato.
Ele também está à beira de um possível confronto com congressistas republicanos que se opuseram aos esforços legislativos para diminuir o aquecimento global.
A senadora democrata Barbara Boxer, presidente do Senado do Meio Ambiente e Obras Públicas, disse que os comentários de Obama sobre a mudança climática estavam “precisamente corretos."
Andrew Hoffman, diretor do Instituto Erb para Empresas Globalmente Sustentáveis da Universidade de Michigan, disse que o foco de Obama sobre o clima mostrou sua arrojada postura política.
"Ele finalmente teve coragem de reconhecer as palavras "mudança climática", disse Hoffman, acrescentando que Obama e outros oficiais do governo têm frequentemente usado palavras como empregos sustentáveis ou energia limpa para descrever a política de energia, ao invés do termo mudança climática.
"Então, eu acho muito interessante que neste segundo mandato ele está sendo mais direto e dizendo que a mudança climática é exatamente o que estamos enfrentando", disse Hoffman.
Em seu discurso, Obama disse que algumas pessoas "ainda podem tentar negar a ciência" e que o aquecimento global existe e é causado por humanos ", mas ninguém pode evitar o impacto devastador dos incêndios, secas e tempestades que vêm piorando cada vez mais."
O presidente se comprometeu em aumentar as fontes de energia renováveis, como a energia eólica e solar, além de fontes de energia mais tradicionais, como carvão, petróleo e gás natural.
"O caminho em direção a fontes de energia sustentáveis será longo e, por vezes, difícil. Mas os Estados Unidos não podem resistir a esta transição. Devemos adota-la", disse Obama.
Grupos ambientalistas disseram que o primeiro teste do presidente sobre a mudança climática ocorrerá no início deste ano quando ele irá decidir se aprova o oleoduto Keystone XL que irá transportar petróleo desde Alberta, no Canadá, até o Texas.
Obama bloqueou o gasoduto no ano passado, citando incertezas sobre rota do projeto através da terra ambientalmente sensível em Nebraska. O Departamento de Estado tem jurisdição federal pois o gasoduto de US $ 7.000 milhões começa no Canadá.
Republicanos e muitos grupos empresariais disseram que o projeto ajudaria a alcançar a independência de energia dos Estados Unidos e criar milhares de novos empregos.
Mas grupos ambientalistas disseram que o gasoduto transportaria "petróleo sujo" e produziria gases-estufa que contribuem para o aquecimento global. Eles também se preocupam com um possível vazamento.
Alden Meyer, diretor de estratégia e política da União de Cientistas Preocupados, disse que o anúncio de Obama sobre a mudança climática "não deixou dúvidas de que isto terá prioridade em seu segundo mandato."
Após a tempestade Sandy e outros eventos climáticos extremos, hoje existe mais momento mais político do que nunca para enfrentar a mudança climática, disse Meyer.
Scott Segal, um lobista de energia que representa utilitários e e perfuração de gás natural, disse que Obama "perdeu a oportunidade de lembrar os ouvintes de que a mudança climática é um fenômeno internacional" que exigirá soluções internacionais.
Ao impor políticas nacionais "inflexíveis" para impedir a mudança climática, Obama poderá restringir a economia americana, sem necessariamente fornecer soluções prometidas, disse Segal.
IGCiência
Clima nos Estados Unidos quebra mais de 3500 recordes
Noticiários das últimas duas semanas apontaram que 2012 foi o ano mais quente já registrado nos Estados Unidos. Hoje descobrimos que 3527 recordes climáticos mensais foram quebrados em 2012, de acordo com o Conselho de Defesa de Recursos Naturais (NRDC). A conta excede os 3251 recordes estabelecidos em 2011, a máxima anterior.
O NRDC acabou de publicar um mapa interativo equipado com um slider que pode ser movido de janeiro a dezembro para mostrar onde temperaturas recorde, chuva, neve, enchentes, secas e incêndios estavam ocorrendo em qualquer dia do ano. Tabelas no website do mapa também listam datas, locais, e registros climáticos específicos.
Kim Knowlton, cientista sênior do NRDC, observou que a incidência cada vez maior de climas extremos despertou as comunidades ao redor do país para a necessidade de preparação e proteção.
Tennessee e Wisconsin lideram a lista de estados que tiveram a maior porcentagem de estações de monitoramento que registraram novos recordes de calor, com 36 e 31%, respectivamente.
O mês de março de 2012 foi o mais quente já registrado contiguamente nos Estados Unidos, e julho foi o mês individual mais quente da história.
O último verão boreal, também produziu a pior seca em 50 anos ao longo da seção medial da nação; 1300 regiões em 29 estados declararam estado de emergência devido a secas. Incêndios florestais queimaram mais de 3,7 milhões de hectares pela nação; o tamanho médio dos incêndios ficou em 65 hectares, excedendo em muito a média de 35 hectares no período de 2001 a 2010.
O NRDC declarou que o aumento de eventos climáticos extremos deve acelerar esforços estaduais e nacionais para reduzir emissões de dióxido de carbono (o condutor da mudança climática) e melhorar a eficiência energética, e deveria motivar governos locais e estaduais a desenvolver planos minuciosos para administrar emergências.
O NRDC acabou de publicar um mapa interativo equipado com um slider que pode ser movido de janeiro a dezembro para mostrar onde temperaturas recorde, chuva, neve, enchentes, secas e incêndios estavam ocorrendo em qualquer dia do ano. Tabelas no website do mapa também listam datas, locais, e registros climáticos específicos.
Kim Knowlton, cientista sênior do NRDC, observou que a incidência cada vez maior de climas extremos despertou as comunidades ao redor do país para a necessidade de preparação e proteção.
Tennessee e Wisconsin lideram a lista de estados que tiveram a maior porcentagem de estações de monitoramento que registraram novos recordes de calor, com 36 e 31%, respectivamente.
O mês de março de 2012 foi o mais quente já registrado contiguamente nos Estados Unidos, e julho foi o mês individual mais quente da história.
O último verão boreal, também produziu a pior seca em 50 anos ao longo da seção medial da nação; 1300 regiões em 29 estados declararam estado de emergência devido a secas. Incêndios florestais queimaram mais de 3,7 milhões de hectares pela nação; o tamanho médio dos incêndios ficou em 65 hectares, excedendo em muito a média de 35 hectares no período de 2001 a 2010.
O NRDC declarou que o aumento de eventos climáticos extremos deve acelerar esforços estaduais e nacionais para reduzir emissões de dióxido de carbono (o condutor da mudança climática) e melhorar a eficiência energética, e deveria motivar governos locais e estaduais a desenvolver planos minuciosos para administrar emergências.
Scientific American
Por que os homens pararam de usar salto alto?
Na Pérsia Antiga, um bom manejo dos animais era vital para as conquistas
regionais.
Com os persas, os europeus descobriram um novo universo, entre eles o da
moda.
Os sapatos usados pelos súditos de Abbas foram rapidamente adotados pelos
aristocratas do Velho Mundo, que, a todo momento, buscavam colecionar objetos
que pudessem reforçar seu poder frente aos demais.
Porém, à medida que os sapatos com salto ganharam força também entre as
camadas populares, os ricos passaram a aumentar seu tamanho como forma de se
diferenciar - e assim o salto alto nasceu efetivamente.
Mas, ao contrário da Pérsia, esses novos sapatos não tinham qualquer
utilidade na Europa, especialmente nas ruas esburacadas e enlameadas do século
17.
"A pouca funcionalidade acabava por reforçar o status daqueles que podiam
usar tais sapatos", diz Semmelhack, para quem as classes mais ricas sempre
usaram roupas pouco práticas, desconfortáveis e luxuosas para divulgar sua
condição privilegiada."Eles não precisam usar os saltos altos no trabalho e tampouco caminhar longas distâncias", acrescenta.
Monarca francês
Apesar de Imelda Marcos, a viúva do ex-presidente das Filipinas, Ferdinando
Marcos, ter sido considerada uma das maiores colecionadoras contemporâneas de
saltos altos, dificilmente ela superaria Luís 14, o imperador francês conhecido
popularmente como o 'Rei Sol'.
Havia uma razão pelo gosto do monarca pela peça. Apesar de seu prestígio,
Luís 14 media apenas 1,63m e, não raro, acrescia sua altura em 10cm com saltos,
decorados com imagens de suas conquistas.
Os sapatos e as solas eram sempre na cor vermelha, uma vez que o tingimento
era caro e demandava muito tempo. A moda logo se espalhou por outros países da
Europa.
O retrato da coroação de Charles 2º, da Inglaterra, em 1661, por exemplo,
revelava o monarca usando um par de um salto alto enorme de estilo francês,
apesar de medir 1,85m.
Em 1670, Luís 14 publicou um decreto que somente membros de sua corte
poderiam usar salto alto vermelho. Não demorou muito tempo para que imitações
chegassem aos mercados.
Ao passo que os tradicionais sapatos ganharam versões no mercado negro, o
item também passou a fazer a cabeça de mulheres e crianças.
Conexão
"Em 1630, havia mulheres que cortavam seus cabelos bem curtos, acrescentando
dragonas (peça metálica com franjas de fios de ouro) às suas roupas", conta
Semmelhack.
"Elas também fumavam cachimbos, faziam de tudo para parecer masculinas. Foi
quando, justamente, as mulheres adotaram os saltos altos, antes restritos aos
homens."
Nessa época, diz a pesquisadora, as classes mais abastardas da Europa seguiam
uma moda de sapatos unissex até o fim do século 17, quando houve uma nova
revolução.
A partir deste ponto, começamos a perceber uma mudança", explica Helen Persson,
curadora da Victoria and Albert Museum em Londres. "Homens começaram a usar um
salto mais baixo, robusto, quadrado, enquanto o das mulheres ganhou formas mais
curvilíneas, mais esguias".
Iluminismo
Alguns anos depois, entretanto, o salto alto sofreu forte baque das ideias
trazidas com o advento do Iluminismo, que pregava respeito pela racionalidade e
pela praticidade, além de uma maior ênfase à educação do que ao privilégio.
Como reflexo dessa nova tendência, os aristocratas começaram a usar roupas
mais simples que estavam mais ligadas ao trabalho em suas propriedades.
Foi o começo do que os especialistas chamam de "A Grande Renúncia Masculina",
por meio da qual, entre outras coisas, os homens abandonaram o uso de joias,
cores brilhantes e tecidos ostentadores em favor de um visual mais homogêneo,
sóbrio e escuro.
Assim, o vestuário masculino passou a atuar não tão fortemente como um
divisor de classes sociais. E, ao passo que essas fronteiras começaram a ser
imbricadas, as diferenças entre os sexos ficaram mais pronunciadas.
"Há discussões de como os homens, a despeito de sua situação, de seu local de
nascimento, se educados, poderiam se tornar cidadãos", diz Semmelhack.
"As mulheres, em contrapartida, eram vistas como emocionais, sentimentais e
iletradas. O desejo feminino começa a ser construído em termos da moda
irracional e o salto alto - uma vez separada de sua função original, que era de
vestir cavaleiros - torna-se o exemplo primário do vestuário impraticável."
Os saltos altos passaram, então, a ser vistos como estúpidos e afeminados. Em
1740, os homens interromperam por completo seu uso.
Cinco décadas depois, o item também desapareceu dos pés das mulheres, devido
à Revolução Francesa.
Retomada
O salto alto só voltou à moda em meados do século 19, quando a fotografia
transformou a maneira como a moda e a imagem da mulher começaram a ser
construídas.
Os divulgadores de pornografia estavam entre os primeiros a abraçar a nova
tecnologia, registrando fotos de mulheres nuas para divulgá-las em cartões
postais, posicionando as modelos em poses que remetiam aos nus clássicos, mas
usando saltos altos modernos.
Semmelhack acredita que tal associação com a pornografia permitiu que a peça
fosse vista como um adorno erótico para as mulheres.
Para os homens, entretanto, o uso do salto alto nunca voltou com força.
Na década de 60, os populares cowboys dos Estados Unidos chegaram a
ensaiar um retorno dos saltos para o público masculino, porém de menor altura.
Mas, mesmo que a era dos homens de salto alto parece ter ficado para trás,
Semmelhack acredita em uma retomada.
"Definitivamente", diz ele.
Afinal, se a peça ganhou lugar cativo nos guarda-roupas de imperadores e
membros da realeza, por que não poderia retornar aos pés do público
masculino?
BBC.com
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Satélite soviético deve colidir com a Terra no fim de janeiro
Trajeto de um satélite: o satélite, que nunca chegou a cumprir sua função devido a um problema no sistema de orientação, sofreu uma explosão há dez anos.
O satélite soviético Kosmos-1484, que foi lançado em 1983 para explorar os recursos naturais do nosso planeta, deve colidir contra a Terra no dia 29 de janeiro.
O mais provável é que o aparelho se desintegre quase por inteiro ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, segundo informaram nesta quinta-feira as agências russas, que citam fontes espaciais americanas.
O Kosmos-1484, que tem cerca de seis metros de comprimento, mantém neste momento uma órbita com uma altura de 208 quilômetros de perigeu e 356 de apogeu.
O satélite, que nunca chegou a cumprir sua função devido a um problema no sistema de orientação, sofreu uma explosão há dez anos, por isso que perdeu parte de sua estrutura original.
As agências espaciais russas (Roscomos), europeia (ESA) e americana (Nasa) estão dispostas a cooperar na luta contra o lixo espacial, já que esse lixo ameaça o funciomaneto da Estação Espacial Internacional.
Exame.com
Geleiras dos Andes derretem a ritmo mais rápido em 300 anos
As geleiras na região dos Andes sofreram uma redução média de 30% a 50% desde a década de 70 e estão diminuindo ao ritmo mais rápido nos últimos 300 anos, afirma um estudo divulgado na revista especializada Cryosphere.
Realizada pelo Laboratório de Glaciologia e Geofísica Ambiental de Grenoble, na França, a pesquisa estudou dados de cerca de metade das geleiras da região andina, que fornecem toneladas de água para milhões de pessoas na América do Sul.
Segundo a pesquisa, o derretimento se deve a um aumento médio de temperatura de cerca de 0,7º C entre 1950 e 1994.
De acordo com a pesquisa, o degelo está ocorrendo em toda a região tropical dos Andes, mas tem sido mais acentuado nas pequenas geleiras situadas a baixas altitudes.
Geleiras situadas abaixo de 5.400 metros perderam cerca de 1,35 metros de espessura de gelo por ano desde a década de 70, o dobro do índice das situadas a altitudes mais elevadas.
Escassez de água ''Como a espessura destas geleiras de baixa altitude raramente supera 40 metros, com tamanha perda anual elas provavelmente irão desaparecer por completo nas próximas décadas'', afirma Antoine Rabatel, do instituto francês responsável pelo estudo.
Os pesquisadores disseram ter havido pouca mudança no que diz respeito à quantidade de chuva na região ao longo das últimas décadas e que, portanto, isso não poderia estar por trás na redução das geleiras.
Se não ocorrerem mudanças na regularidade das chuvas na região, a região poderá enfrentar escassez de águas no futuro, afirmaram os cientistas.
O vale do Rio Santa, no Peru, poderá ser o mais afetado; centenas de milhares de habitantes se valem das águas glaciais para o uso na agricultura, para o consumo doméstico e para a energia hídrica.
Grandes cidades, como La Paz, na Bolívia, também poderão enfrentar problemas. "Geleiras respondem por até 15% do abastecimento de água de La Paz ao longo do ano. E na temporada seca, essa proporção sobre para 27%'', afirma Álvaro Soruco, do Instituto de Investigações Geológicas e Ambientais da Bolívia.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tem apontado para a importância das geleiras de montanhas como sensíveis indicadores da ocorrência de mudanças climáticas.
Em todo o mundo, as geleiras têm recuado desde o início do século 20, com poucas exceções. As geleiras do Himalaia que ainda são relativamente pouco estudadas estariam, segundo indícios, acumulando massa, em vez de estarem sofrendo degelo.
Cientistas afirmam que a geleira de Chacaltaya, na Bolívia, que costumava contar com a mais elevada pista de esqui do mundo, já quase desapareceu.
IGCiência
Empresa lançará sondas para explorar recursos dos asteroides
A empresa americana Deep Space Industries anunciou esta terça-feira o lançamento, a partir de 2015, de uma frota de sondas para pesquisar e explorar os minerais e outros recursos que os asteroides que viajam nas proximidades da Terra contenham.
"Utilizar os recursos que estão no espaço é a única maneira de poder assegurar um desenvolvimento espacial sustentável", avaliou o diretor da empresa, David Gump.
"Descobrimos mais de 900 novos asteroides que passam perto da Terra a cada ano e estes corpos celestes podem ser tão importantes para as atividades espaciais deste século como foram as jazidas mineradoras de Minnesota para a indústria automobilística de Detroit no século XX", explicou Gump em um comunicado.
A Deep Space Industries começará a avaliar alvos potencialmente promissores para a exploração de minerais com pequenos aparelhos espaciais de 25 quilos, denominados "FireFlies" (vaga-lumes), o primeiro deles com previsão de lançamento em 2015 para missões de duas a seis semanas.
A empresa, em fase de busca de clientes e investidores, trabalha com a Nasa e outras empresas e organizações para identificar os asteroides que representem os objetivos mais promissores.
Estas sondas serão econômicas, afirmou a Deep Space Industries, explicando que serão fabricadas a partir de elementos miniaturizados de satélites a baixo custo, os "satélites cubo", e serão postos em órbita a um preço acessível a bordo de lançadores usados para transportar grandes satélites de comunicações.
"Podemos fazer sondas especiais incríveis de pequeno porte e de baixo custo mais rápido do que nunca", explicou o presidente da empresa, Rick Tumlinson.
A partir de 2016, a empresa começará a lançar sondas mais pesadas, de 32 quilos, as "Dragonflies" (libélulas), capazes de alcançar um asteroide e trazer de volta à Terra amostras de 27 a 68 quilos durante uma viagem de dois a quatro anos, segundo o objetivo.
A Deep Space é a segunda empresa a se lançar na prospecção e na exploração de minerais procedentes de asteroides após a Planetary Resources, criada em abril de 2012 pelo presidente da gigante da internet Google, Larry Page, e pelo cineasta James Cameron.
Exame.com
Google flagra novo "ovni" no serviço de mapas Street View
Um objeto cor-de-rosa fotografado no céu pelo Google Street View levanta a
suspeita de que a cidade de São Pedro, no Missouri (Estados Unidos), tem sido
visitado por objetos voadores não identificados (Ovnis). Ele chamou a atenção de
uma usuária do site enquanto fazia buscas em uma estrada da cidade.
Segundo o Daily Mail, quando ela usou o ângulo mais alto das câmeras
do Google, ela viu o objeto suspeito.
Em entrevista a uma estação de TV local, o diretor do planetário da cidade
declarou que a imagem é, provavelmente, um efeito de reflexão da luz na lente.
"Mas é algo não identificado, e parece estar voando", finaliza John Lakey.
Essa não é a primeira vez que um "Ovni" é avistado no Google Street View. Em
Jacksonville, no Texas, pelo menos duas vezes se viram fenômenos similares.
Algumas dessas "manifestações" não foram capturadas no céu, mas no meio da
rua, perto de calçadas, reforçando a ideia de ser o reflexo nas lentes
utilizadas pelas câmeras do Street View.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Crise econômica e ambiental leva a cenário pessimista
Urso Polar à deriva no mar das mudanças climáticas: os riscos econômicos dos últimos cinco anos "estão destruindo os esforços de enfrentar os desafios da mudança climática"
Os desequilíbrios econômicos e tributários e o aumento das emissões de gases do efeito estufa são os grandes riscos globais que o mundo enfrentará na próxima década, um cenário mais pessimista que o do ano passado, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Econômico Mundial.
O relatório "Riscos Globais 2013", que o Fórum publica às vésperas de sua cúpula anual de Davos, na Suíça, conta com a opinião diversos especialistas e líderes políticos, que concordam em linhas gerais que as perspectivas econômicas, sociais e econômicas "são levemente mais pessimistas" que em 2012.
Eles refletem sua preocupação pelo impacto das crises de dívida soberana como a que atinge a zona do euro e pela falta de perspectivas positivas sobre o aquecimento global. Neste sentido, todos consideram que o risco global cuja materialização é mais provável nos próximos 10 anos é uma consolidação das "graves diferenças de renda", e que a pior possibilidade é "uma grande falha sistêmica do sistema financeiro".
Outros dois riscos aparecem entre os cinco de maior impacto e mais prováveis: os desequilíbrios fiscais crônicos e uma crise de abastecimento de água por causa da mudança climática.
Estes riscos globais são essencialmente uma advertência sobre a força de nossos sistemas e serviços básicos. A capacidade de resistência das nações frente aos riscos globais tem que ser uma prioridade para que esses sistemas e serviços continuem funcionando se ocorrer um evento grave", declarou Lee Howell, diretor do relatório e diretor-executivo do Fórum.
Axel P. Lehmann, diretor de riscos da seguradora Zurique Insurance Group, citou como exemplo "o crescente custo de fenômenos como a supertempestade Sandy", o que na sua opinião é uma evidência das "enormes ameaças" sofridas por países insulares e litorâneos.
"A advertência sobre a falta de soluções às emissões de gases do efeito estufa é evidente. É hora de agir", segundo Lehmann.
Os especialistas insistem no relatório que os graves riscos socioeconômicos dos últimos cinco anos "estão destruindo os esforços de enfrentar os desafios da mudança climática".
"A comunidade internacional se mostra reticente a enfrentar uma ameaça a longo prazo como esta, apesar dos recentes fenômenos meteorológicos extremos", diz o relatório, que defende "novos enfoques" e "investimentos estratégicos" para evitar as hipóteses mais desfavoráveis para a economia e o meio ambiente.
"Duas tempestades, a ambiental e a econômica, estão em rota de colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para diminuir o crescente risco de fenômenos meteorológicos extremos, a prosperidade mundial das futuras gerações poderá ser ameaçada", argumenta John Drzik, diretor-executivo da empresa de consultoria Oliver Wyman Group.
David Cole, diretor de riscos do grupo segurador Swiss Re, diz que, "infelizmente, a luta contra a crise econômica e a crise da mudança climática já não é considerada um só assunto, já se mostra necessário escolher entre uma ou outra".
"A ideia de que não podemos encontrar soluções para ambas ganhou força", argumenta Cole.
O documento adverte também para a "complacência" do sistema no campo médico pelos grandes avanços obtidos nas últimas décadas e cita como um dos maiores riscos "a crescente resistência aos antibióticos", o que "poderia levar nossos sistemas de saúde (...) à beira do colapso".
Em seu conjunto, o relatório descreve 50 riscos globais, que são agrupados em categorias econômicas, ambientais, geopolíticas, sociais e tecnológicas, e os resultados refletem que os mais jovens estão mais preocupados que os mais velhos e que as mulheres são mais pessimistas sobre o futuro do que os homens.
O relatório destaca igualmente os chamados "fatores X": novas preocupações que requerem um maior estudo, como o uso não ético da geoengenharia e das tecnologias que alteram o cérebro.
Exame.com
Sonda para planeta fora do sistema solar deverá ser lançada em 15 anos, diz cientista
Um alvoroço estelar. Vinte anos atrás, aprendia-se, em sala de aula, que havia nove planetas. Naquela época, para as crianças, só se falava em Sistema Solar. Algum tempo depois, Plutão caiu fora da lista - agora é apenas um planeta-anão. No início deste ano, uma descoberta pode dar trabalho para ser explicada pelos professores no futuro. Um estudo indica que uma em cada seis estrelas parecidas com o Sol tem planetas do tamanho da Terra , constatados por meio do observatório espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana. Com a devida análise dos dados, a conclusão foi ainda mais aterradora: existem ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra na Via Láctea e em uma órbita similar à de Mercúrio.
Os detalhes sobre a descoberta foram revelados por Francois Fressin, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, durante uma conferência em Long Beach, na Califórnia, além de serem publicados na revista acadêmica The Astrophysical Journal. Não tardou para surgirem especulações acerca da possibilidade de vida nesses outros planetas. Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisa Ames da Nasa, advertiu, porém, em entrevista, que esse tipo de afirmação é muito precoce - mas que as novidades são muito relevantes e devem resultar outras importantes descobertas. “Não existe absolutamente nada confirmado em relação a isso (vida fora da Terra). O nosso próximo passo é exatamente provar a necessidade de enviar talvez um telescópio espacial para outro sistema solar para provar a existência de oxigênio ou alguma evidência de vida nesses lugares”, revelou Natalie.
A cientista ainda explicou que as revelações foram possíveis por meio do fotômetro do observatório Kepler, o qual mostrou a geometria dos planetas e como eles realizam a órbita. Conforme Natalie, esses “novos” planetas estariam a cerca de quatro anos-luz da Terra. Com base nas tecnologias e distâncias, ela prevê missões a outro sistema solar em menos de 15 anos. “Bastaria mandar (para o espaço) um dispositivo do tamanho de um celular. A tecnologia ainda não existe, mas é algo fácil se for uma prioridade. Já estamos inspirando pessoas”, comemorou a cientista.
Já Francois Fressin, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, destacou que é possível a existência de formas de vida extraterrestres por conta de indícios de água líquida nesses planetas de tamanho similar ao da Terra. “Existem até indicações de que eles são rochosos. Não há nada confirmado, mas estamos na direção certa”, disse ao Terra Fressin, que, por outro lado, prevê uma missão de robôs a outro sistema solar até o fim deste século.
VoluntáriosAlém da descoberta de planetas de tamanho similar ao da Terra, pesquisadores amadores do Planethunters.org e voluntários da Universidade de Oxford alegam que encontraram ao menos dois novos planetas por meio do Observatório Kepler. Um planeta foi batizado de PH2B e seria similar a Júpiter, com um grande potencial de possuir vida. Para o pesquisador da Universidade de Oxford Chris Lintott, a novidade é espantosa.
“Há uma obsessão normal em encontrar planetas como a Terra, mas descobrir um planeta como o PH2B é algo bem mais estranho. Se esses planetas tiverem luas do tamanho da Terra, serão mundos com rios, lagos e todos os tipos de habitats. Astrônomos profissionais estão sendo resgatados por voluntários”, afirmou Lintott. O site Planet Hunters, esforço colaborativo entre a Universidade de Yale e a Zooniverse, aceita voluntários para analisar os dados do observatório: “O Observatório Kepler é uma das ferramentas mais poderosas para a caça de novos planetas fora do Sistema Solar. Os computadores da equipe do Kepler estão analisando todos os dados, mas nós estamos apostando que alguns planetas só poderão ser detectados pela notável habilidade humana de reconhecimento de padrões".
KeplerO Observatório Kepler foi lançado pela Nasa no dia 7 de março de 2009 especialmente para encontrar planetas similares à Terra e permaneceu ativo até o dia 15 de janeiro deste ano. O observatório é parte do programa Discovery, da Nasa, lançado em 1992 com o objetivo de criar projetos de custo mais baixo para melhorar o entendimento do Sistema Solar. A administração localiza-se no Centro de Pesquisa Ames, sediado em Mountain View, na Califórnia.
A missão Kepler deve ser estendida em função de dificuldades de análise e processamento por conta do enorme volume de dados coletados pelo telescópio. Entre outras recentes descobertas, está a revelação de que a Via Láctea é uma galáxia espiral com estrelas, gás, com uma barra central e dois braços espirais, que são chamadas de “ossos internos”. Tudo era mais simples quando Plutão ainda era um planeta.
Os detalhes sobre a descoberta foram revelados por Francois Fressin, pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, durante uma conferência em Long Beach, na Califórnia, além de serem publicados na revista acadêmica The Astrophysical Journal. Não tardou para surgirem especulações acerca da possibilidade de vida nesses outros planetas. Natalie Batalha, cientista da missão Kepler no Centro de Pesquisa Ames da Nasa, advertiu, porém, em entrevista, que esse tipo de afirmação é muito precoce - mas que as novidades são muito relevantes e devem resultar outras importantes descobertas. “Não existe absolutamente nada confirmado em relação a isso (vida fora da Terra). O nosso próximo passo é exatamente provar a necessidade de enviar talvez um telescópio espacial para outro sistema solar para provar a existência de oxigênio ou alguma evidência de vida nesses lugares”, revelou Natalie.
A cientista ainda explicou que as revelações foram possíveis por meio do fotômetro do observatório Kepler, o qual mostrou a geometria dos planetas e como eles realizam a órbita. Conforme Natalie, esses “novos” planetas estariam a cerca de quatro anos-luz da Terra. Com base nas tecnologias e distâncias, ela prevê missões a outro sistema solar em menos de 15 anos. “Bastaria mandar (para o espaço) um dispositivo do tamanho de um celular. A tecnologia ainda não existe, mas é algo fácil se for uma prioridade. Já estamos inspirando pessoas”, comemorou a cientista.
Já Francois Fressin, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, destacou que é possível a existência de formas de vida extraterrestres por conta de indícios de água líquida nesses planetas de tamanho similar ao da Terra. “Existem até indicações de que eles são rochosos. Não há nada confirmado, mas estamos na direção certa”, disse ao Terra Fressin, que, por outro lado, prevê uma missão de robôs a outro sistema solar até o fim deste século.
VoluntáriosAlém da descoberta de planetas de tamanho similar ao da Terra, pesquisadores amadores do Planethunters.org e voluntários da Universidade de Oxford alegam que encontraram ao menos dois novos planetas por meio do Observatório Kepler. Um planeta foi batizado de PH2B e seria similar a Júpiter, com um grande potencial de possuir vida. Para o pesquisador da Universidade de Oxford Chris Lintott, a novidade é espantosa.
“Há uma obsessão normal em encontrar planetas como a Terra, mas descobrir um planeta como o PH2B é algo bem mais estranho. Se esses planetas tiverem luas do tamanho da Terra, serão mundos com rios, lagos e todos os tipos de habitats. Astrônomos profissionais estão sendo resgatados por voluntários”, afirmou Lintott. O site Planet Hunters, esforço colaborativo entre a Universidade de Yale e a Zooniverse, aceita voluntários para analisar os dados do observatório: “O Observatório Kepler é uma das ferramentas mais poderosas para a caça de novos planetas fora do Sistema Solar. Os computadores da equipe do Kepler estão analisando todos os dados, mas nós estamos apostando que alguns planetas só poderão ser detectados pela notável habilidade humana de reconhecimento de padrões".
KeplerO Observatório Kepler foi lançado pela Nasa no dia 7 de março de 2009 especialmente para encontrar planetas similares à Terra e permaneceu ativo até o dia 15 de janeiro deste ano. O observatório é parte do programa Discovery, da Nasa, lançado em 1992 com o objetivo de criar projetos de custo mais baixo para melhorar o entendimento do Sistema Solar. A administração localiza-se no Centro de Pesquisa Ames, sediado em Mountain View, na Califórnia.
A missão Kepler deve ser estendida em função de dificuldades de análise e processamento por conta do enorme volume de dados coletados pelo telescópio. Entre outras recentes descobertas, está a revelação de que a Via Láctea é uma galáxia espiral com estrelas, gás, com uma barra central e dois braços espirais, que são chamadas de “ossos internos”. Tudo era mais simples quando Plutão ainda era um planeta.
IstoÉ.com
WWF elege 2013 o Ano Internacional do Urso Polar
Devido à rápida diminuição da calota de gelo região, esses grandes nadadores vêm perdendo seu habitat e começando a invadir cada vez mais terras habitadas por homens.
Para celebrar os 40 anos da assinatura do Acordo Internacional de Preservação do Urso Polar e pedir esforços para que o animal viva, no mínimo, durante mais quatro décadas, a ONG WWF proclamou 2013 como o ano internacional da espécie.
Estudo recente publicado na Alemanha revela que os ursos polares (Ursus maritimus) já existem há cerca de 600 mil anos no planeta. Mas, apesar de antiga, a espécie corre sério risco de desaparecer, sendo classificada como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
Na tentativa de chamar a atenção para a necessidade de aumentar os esforços para a preservação do animal, a ONG WWF Internacional proclamou 2013 como o Ano Internacional do Urso Polar. Não por acaso a data coincide com o 40º aniversário do Acordo Internacional de Preservação do Urso Polar, que foi assinado em maio de 1973, na Noruega, pelos cinco países que possuem populações da espécie em seu território.
A ideia é que essas nações, com a ajuda da comunidade científica de todo o mundo, comecem a se mobilizar mais intensamente para garantir que o animal viva, pelo menos, mais quatro décadas. "Esse é um ano decisivo para a espécie. O aquecimento global é o maior inimigo do urso polar, cuja vida é indissociável do gelo", disse Geoff York, especialista de preservação de espécies do WWF, durante anúncio do Ano Internacional do Urso Polar.
Desde a assinatura do Acordo de Preservação, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega, Rússia e Canadá – país que abriga 60% dos ursos polares que existem no planeta – financiaram pesquisas científicas para identificar as populações mais vulneráveis da espécie e, também, criaram áreas protegidas para o animal.
Mas, para Geoff York, é preciso mais. "Os Estados envolvidos devem redobrar os esforços, proteger o habitat do urso polar, limitar o desenvolvimento industrial no Ártico e aumentar o financiamento a pesquisas", afirmou.
National Geographic
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Organização mundial de biodiversidade tem primeira reunião
Cientistas e negociadores de mais de 100 países estão reunidos em Bonn, na Alemanha, definindo ações para ajudar na preservação da biodiversidade do mundo e evitar a extinção de espécies da fauna e flora mundial sob ameaça de desaparecimento.
Estes são alguns dos temas prioritários da Plataforma Intergovernamental de Ciência e Política sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) e as discussões em Bonn marcam o primeiro encontro do órgão, criado em abril de 2011, mas que ainda não tinha dirigentes e cronograma de ações definidos.
Desde ontem, o grupo tenta chegar a acordos sobre as regras de funcionamento da plataforma. O objetivo é que a IPBES seja um órgão de consultoria, com uma base de dados, conhecimentos técnicos e informações que podem contribuir para os debates globais em torno de questões relacionadas a convenções das Nações Unidas como as que tratam de biodiversidade, de zonas úmidas, do Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) e da Conservação de Espécies Migratórias Selvagens.
Os representantes do governo brasileiro que estão na Alemanha querem que, até o próximo dia 26, último dia do encontro, os negociadores estabeleçam definições práticas, como a estrutura de funcionamento da plataforma. A expectativa do Brasil é que sejam criadas estruturas regionais. A delegação do Brasil também quer voltar com a definição da composição do grupo e sobre como deverão ser encaminhados os pedidos das nações para a avaliação da IPBES.
De acordo com a proposta assinada por representantes dos 94 países há dois anos, no Panamá, a plataforma será um espaço de troca de informações e discussões entre a comunidade científica e os tomadores de decisão em relação aos temas prioritários para o grupo. A IPBES será administrada, em conjunto, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Além de estabelecer uma agenda de compromissos da IPBES, os negociadores e cientistas também vão eleger, até o dia 26, os integrantes da mesa diretora que vão conduzir os debates e os próximos passos do grupo.
Exame.com
Terra foi atingida por explosão de raios gama na Idade Média, diz estudo
Uma explosão de raios gama, a mais poderosa explosão conhecida no Universo, pode ter atingido a Terra no século 8.
Em 2012, pesquisadores encontraram evidências de que o nosso planeta foi atingido por uma súbita onda de radiação durante a Idade Média, mas ainda não havia clareza sobre que tipo de evento cósmico pudesse ter sido sua causa.
Agora, um estudo sugere que a explosão teria sido resultado da fusão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa galáxia.
Esta colisão teria gerado e arremessado para fora uma grande quantidade de energia.
A pesquisa foi publicada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
'Totalmente consistente' No ano passado, uma equipe de pesquisadores constatou a presença em nível incomum de um tipo de carbono radioativo - conhecido como carbono-14 - em algumas antigas árvores de cedro-do-japão.
Na Antártida, também, houve um aumento nos níveis de uma forma de berílio - berílio-10 - no gelo.
Estes isótopos são criados quando uma radiação intensa atinge os átomos na atmosfera superior, o que sugere que uma explosão de energia havia atingido o nosso planeta.
Usando dados recolhidos nas árvores e no gelo, os pesquisadores foram capazes de identificar que este evento teria ocorrido entre os anos 774 e 775 d.C., mas que sua causa era desconhecida.
A possibilidade de uma supernova - explosão de uma estrela - foi considerada, mas descartada em seguida porque os rastros de um evento como esse ainda seriam visíveis hoje por telescópio.
Outra equipe de físicos americanos recentemente publicou um artigo sugerindo que uma explosão solar extraordinariamente grande poderia ter causado a emissão de energia. No entanto, outros membros da comunidade científica acharam pouco provável que explosões solares fossem capazes de gerar os níveis de carbono 14 e berílio-10 encontrados nas árvores e no gelo.
Agora, pesquisadores alemães ofereceram outra explicação: uma enorme explosão que teria ocorrido dentro da Via Láctea.
Um dos autores do estudo, o professor Ralph Neuhauser, do Instituto de Astrofísica da Universidade de Jena, disse: "Nós observamos os espectros de curtas explosões de raios gama para estimar se seriam consistentes com a taxa de produção de carbono-14 e berílio-10 - e [achamos] que é totalmente consistente ".
Alguns segundos Estas emissões enormes de energia ocorrem quando os buracos negros, estrelas de nêutrons ou anãs brancas (estrelas na fase final de suas vidas, prestes a explodir) colidem - as fusões galácticas levam apenas alguns segundos, mas enviam uma vasta onda de radiação.
Neuhauser disse: "Explosões de raios gama são eventos muito, muito explosivos e enérgicos. Então usamos a quantidade de energia encontrada (na Terra) para estimar a distância do evento."
"Nossa conclusão foi de que era de 3.000 a 12.000 anos-luz de distância - e isso está dentro de nossa galáxia."
Embora o evento soe dramático, nossos antepassados medievais podem mal tê-lo notado.
Uma explosão de raios gama ocorrida nesta distância teria sido absorvida pela nossa atmosfera, deixando apenas um traço nos isótopos que eventualmente passaram pelo filtro da atmosfera e chegaram às árvores e ao gelo. Os pesquisadores não acham que foi emitida qualquer luz visível.
Eventos raros Observações do espaço sugerem que explosões de raios gama são raras. Elas ocorrem no máximo a cada 10 mil anos e pelo menos uma vez em um milhão de anos em uma galáxia.
O professor Neuhauser disse ser improvável que o planeta Terra fosse atingido por outro fenômeno do tipo, mas, caso isso ocorra, deverá ter mais impacto.
Se uma explosão cósmica ocorrer na mesma distância que o evento do século 8, poderia derrubar nossos satélites. Mas se ocorrer ainda mais perto - a apenas algumas centenas de anos-luz de distância - poderia destruir a camada de ozônio, com efeitos devastadores para a vida na Terra.
No entanto, esta hipótese, disse o professor Neuhauser, é "extremamente improvável".
IGCiência
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