sábado, 31 de maio de 2014

Homem acelerou em mil vezes a taxa de extinção de espécies, diz estudo

Mapa mostra distribuição de espécies de aves ameaçadas de extinção nas Américas, com grandes concentração nas florestas costeiras do Brasil e no Norte dos Andes (Foto: Divulgação/Clinton Jenkins/Science)


Um novo estudo publicado nesta sexta-feira (30) na edição impressa da revista “Science” afirma que as ação humana acelerou em mil vezes a taxa de extinção das espécies de plantas e animais do planeta, em comparação com a taxa natural.
Os dados levantados pelo biólogo Stuart Pimm, da Universidade Duke, dos Estados Unidos, apontam que antes dos humanos, o ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Atualmente, essas cifras são de 100 a cada 1.000 por ano.
Apesar dos números alarmantes, o investigador afirma que está otimista porque novas tecnologias permitem aos ambientalistas intensificar esforços para manter a biodiversidade.
Entre eles está a criação de um mapa, desenvolvido pelo cientista Clinton Jenkins, do Instituto de Pesquisas Ecológicas, localizado no Brasil, que mostra onde as espécies mais vulneráveis vivem.
O método ajuda a definir prioridades de conservação desses locais e, desta forma, evitar o desaparecimento de animais ou plantas.


Historicamente, a Terra passou por cinco grandes extinções, que aniquilaram mais da metade da vida do planeta.
Atualmente, há um debate entre os cientistas que se perguntam se a humanidade será a causadora da próxima destruição massiva de espécies.
No entanto, já está na “conta de culpa” do ser humano o desaparecimento do pássaro Dodó (Raphus cucullatus), do lobo-da-Tasmânia (Thylacinus cynocephalus) e do lobo-das-Malvinas (Dusicyon australis).

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Frase

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Sonda da Nasa será usada em dois projetos com participação brasileira

Kepler: início da missão K2 vai possibilitar um período de atividade a mais ao telescópio

Há cerca de um ano, parecia certo que a missão do telescópio espacial Kepler chegaria ao fim antes de 2016, quando estava prevista para terminar. Lançado pela Nasa em 2009 com o objetivo de encontrar exoplanetas parecidos com a Terra, o Kepler teve sua missão interrompida quando duas de suas quatro rodas de giro, necessárias para manter o satélite estável no espaço, pararam de funcionar. A Nasa tentou restaurar o telescópio na sua funcionalidade original, mas, sem sucesso, decidiu reativá-lo para uma nova missão, denominada K2, que terá início nesta sexta-feira.
A solução veio de forma criativa: a energia do Sol será usada para estabilizar o telescópio, ajudando a mantê-lo no lugar. Desde seu lançamento, o Kepler observou mais de 150 000 estrelas em uma mesma região do céu, procurando oscilações na luminosidade emitida por elas, o que pode significar a passagem de um planeta. Agora, como o telescópio precisará da luz do Sol para se manter imóvel, deverá se posicionar sempre na frente do astro ou perpendicular a ele. Dessa forma, o Kepler terá que se mover para acompanhar os movimentos da estrela.
A mudança pode ter alterado o propósito original do telescópio, mas ao mesmo tempo possibilitou novos estudos. A Nasa selecionou novas propostas de estudos científicos para cada uma da partes da galáxia que o telescópio vai estudar até 2016. Dentre os mais de trinta projetos escolhidos, dois contam com a participação do brasileiro José Dias do Nascimento, pesquisador visitante do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, e professor do departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Estrelas gigantes e gêmeas solares — A primeira pesquisa, que terá início em junho, tem como objetivo estudar estrelas gigantes. "Essas estrelas são importante porque representam o futuro evolutivo do Sol", disse Nascimento. Ele conta que, na fase gigante, as estrelas podem até "engolir" planetas próximos. "Um grupo americano já mostrou que é possível detectar traços dos planetas nessas estrelas", afirma. Por meio das oscilações de luminosidade, que o Kepler é capaz de observar, os pesquisadores conseguem obter informações sobre a estrutura dessas estelas, a fim de entender mais sobre elas. "O Kepler já observou estrelas desse tipo, mas sempre na mesma posição da galáxia. Agora teremos acesso a outros objetos de diferentes formações", diz o pesquisador.
O segundo estudo envolve a busca por estrelas gêmeas do Sol, especialmente no aglomerado estelar Messier 67. "Esse aglomerado é muito interessante porque tem a mesma idade que o Sol, cerca de 4,6 bilhões de anos. Para quem estuda estrelas gêmeas solares ele é um dos mais importantes que existe. Como todas têm a mesma idade, se procurarmos estrelas com a massa semelhante ao Sol temos grandes chances de encontrar essas gêmeas", explica Nascimento.
O Messier 67 também é um bom lugar para procurar planetas parecidos com a Terra. Nascimento conta que, até pouco tempo atrás, não se sabia se estrelas que fazem parte de aglomerados poderiam ter planetas orbitando a seu redor, mas no ano passado um grupo liderado por Søren Meibom, do Centro de Astrofísica Harvard Smithsonian, descobriu um exoplaneta nessas condições.
O fato de um planeta existir em um aglomerado de estrelas não significa que ele seja necessariamente quente demais. "As estrelas dentro de um aglomerado estão próximas, mas não o bastante para que um planeta fique perto de duas ao mesmo tempo", explica Nascimento. Segundo ele, uma das expectativas desse estudo é encontrar planetas parecidos com a Terra. "Dos exoplanetas que foram descobertos até hoje, praticamente nenhum tem a massa da Terra e está na mesma posição em relação a uma estela gêmea solar. Algo assim seria um grande achado, e atualmente muitas equipes estão atrás disso", afirma o pesquisador.

Cada projeto tem duração aproximada de 83 dias, tempo que o Kepler ficará parado na mesma posição. Enquanto o primeiro projeto citado tem início previsto para o próximo mês, o segundo deve acontecer apenas em junho de 2015.
Veja.com

O "asteroide" que causará a próxima grande extinção

 O mico-leão-dourado, exemplo de espécie que foi salva da extinção (Foto: Stuart Pimm, Duke University/AP)
Terra já passou, ao longo de sua história, por vários eventos catastróficos. Cientistas calculam que houve pelo menos cinco grandes extinções em massa. A última aconteceu há 65 milhões de anos, quando o impacto de um asteroide causou a extinção de 75% das espécies vivas - entre elas os dinossauros. Um estudo publicado na revista Science nesta sexta-feira (30) mostra que nós podemos ter entrado em uma nova era de extinção em massa de espécies. A diferença é que o "asteroide" da vez é a própria humanidade.
Segundo o estudo, liderado por Stuart Pimm, da Universidade de Duke, e com a participação do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), de Nazaré Paulista (SP), a ação humana acelera o ritmo de extinções de espécies. Isso ocorre pela destruição do habitat dos animais, com o desmatamento, e pelo aquecimento global causado por emissões de gases de efeito estufa.
Os pesquisadores usaram dados fósseis cara calcular o ritmo de extinções no passado, e compararam com os dados atuais. Os cálculos mostraram que uma espécie em cada dez milhões era extinta por ano antes do surgimento dos humanos. Essa taxa é minúscula comparada aos dados atuais - o estudo defende que, atualmente, 100 espécies em cada milhão entram em extinção a cada ano. Ou seja, o ritmo de extinções é mil vezes maior hoje do que antes do surgimento da humanidade.
Apesar dos resultados, o estudo não é todo pessimista. Segundo Primm, novas tecnologias de comunicação, como bancos de dados online e aplicativos de celular, estão permitindo identificar espécies com mais facilidade e velocidade hoje do que no passado. A informação disponível ajuda a determinar se uma espécie está ameaçada ou não, e é crucial na proteção das espécies.
Apesar de difícil, esforços de governos, ONGs e empresas mostram que é possível proteger espécies ameaçadas. O Brasil tem alguns casos positivos para mostrar, como o sucesso na reabilitação do mico-leão-preto e da baleia jubarte.
Época.com

Mundo está à beira de uma extinção em massa, diz estudo

Fóssil de dinossauro

Espécies de plantas e animais são extintas mil vezes mais rápido do que acontecia antes dos seres humanos existirem. E o problema não acaba por aí. Segundo cientistas, o mundo está à beira de sua sexta extinção em massa.
Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Science. O estudo analisou as taxas de extinção passadas e presentes.
Então, descobriu que a taxa era mais baixa no passado do que o imaginado.
O ritmo de extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano. Hoje, são de 100 a cada 1000 por ano.
"Estamos à beira da sexta extinção", disse o biólogo da Universidade de Duke Stuart Pimm, um dos líderes do estudo.
"Se nós vamos conseguir evitar o fenômeno ou não vai depender de nossas ações".
Segundo os pesquisadores, a combinação de vários fatores fazem as espécies desaparecerem muito mais rápido do que antes. A principal é a perda de habitat.
Isso significa que as espécies não encontram lugar onde viver por causa das alterações feitas pelos humanos no meio ambiente.
Há também outros fatores, como as mudanças climáticas, que interferem nos locais onde as espécies podem sobreviver.
O sagui é um bom exemplo. Seu habitat diminuiu por causa do desenvolvimento do Brasil. Agora, ele está na lista internacional das espécies vulneráveis.
O tubarão branco também costumava ser um dos predadores mais abundantes na Terra. Mas a espécie foi tão caçada que agora são raramente é encontrada.
Até agora, a grande maioria da vida do mundo acabou cinco vezes nas chamadas extinções em massa, muitas vezes associadas com ataques de meteoritos gigantes.
Cerca de 66 milhões de anos atrás, um dessas extinções matou os dinossauros e três em cada quatro espécies na Terra. Cerca de 252 milhões anos atrás, um evento apagou cerca de 90% das espécies do mundo.
Mas os cientistas envolvidos no estudo acreditam que há esperança. O uso de smartphones e aplicativos podem ajudar pessoas comuns e biólogos em busca de espécies em perigo.
Uma vez que os biólogos sabem onde espécies ameaçadas de extinção estão eles podem tentar salvar habitats e usar a reprodução em cativeiro e outras técnicas para salvá-las.
Exame.com

Satélite perdido da Nasa faz seu primeiro contato com a Terra em 17 anos

project reboot (2)

É oficial: o ISEE-3, um satélite lançado há 36 anos que a NASA deixou para morrer há mais de uma década, voltou a fazer contato com a humanidade. Um grupo de voluntários – que arrecadou quase US$ 160.000 para controlar o ISEE-3 – estabeleceu contato bidirecional com o pequeno satélite.
O contato foi feito pelo Observatório de Arecibo em Porto Rico, onde cientistas colaboraram com uma rede mundial de fãs do espaço para financiar e realizar o projeto.
O que acontece daqui para a frente? “Ao longo dos próximos dias e semanas, nossa equipe irá fazer uma avaliação do status geral do satélite, e aperfeiçoar as técnicas necessárias para ativar seus motores e trazê-lo de volta para uma órbita próxima à Terra”, explica a equipe Reboot em um comunicado triunfante.
Na semana passada, a NASA autorizou oficialmente a equipe a fazer contato com o ISEE-3, lançado em 1978 para estudar a relação entre Terra e Sol. Ele realizou diversas missões até 1997, quando a NASA parou de contatá-lo.
Uma década depois, a agência descobriu que o ISEE-3 ainda estava funcionando, mas não poderia levá-lo a novas missões, pois a antena na Terra que se comunicava com ele foi removida. A NASA não tem orçamento o suficiente para perseguir esse projeto.
Por isso, a equipe Reboot de cientistas – vindos da SkyCorp, SpaceRef, Space College Foundation e outros – se prontificaram a usar outra antena e a reconstruir o software dos anos 70 usado para se comunicar com o ISEE-3. Eles arrecadaram US$ 159.602 em uma campanha de crowdfunding no RocketHub, e fecharam um acordo com a NASA para controlar o satélite.
Isto pode indicar um futuro diferente para a indústria espacial: em vez de ficar nas mãos de agências governamentais, ela passaria para a iniciativa privada – Elon Musk e seu SpaceX estão aí para mostrar isso – e também para cientistas e engenheiros independentes.
Nos próximos anos, outras espaçonaves da NASA vão ficar obsoletas e talvez sejam abandonadas, enquanto o orçamento da agência não deve crescer muito até lá. Quem assumirá o controle?

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Copa, Sexta-feira 13 e Lua cheia. O que dizem astros, e números sobre o Mundial


NÃO CUSTA NADA TENTAR ANTECIPAR...!!!
Que o Brasil é um país supersticioso todos sabem. Quando a questão envolve o futebol então, as mandingas se multiplicam. Tem gente que, nas partidas, repete a roupa (de baixo, até), tem um lugar da sorte no sofá, convida as mesmas pessoas para acompanhar o jogo. Crença, mito ou aversão? Pouco importa, teremos uma Copa do Mundo no Brasil e ela começa na semana de uma sexta-feira 13 de lua cheia.
Há quem diga que os organizadores do Mundial no Brasil exigiram da Fifa uma mudança crucial no torneio de 2014. Padronizado para iniciar às sextas-feiras e finalizar aos domingos, o Mundial simplesmente mudou seu calendário na edição brasileira. Será a fuga da estreia do Brasil em uma sexta-feira 13 a razão pela antecipação do jogo para a quinta-feira (12)?
Para Roberto Machado, presidente-fundador da Associação Brasileira de Numerologia (Abran), não há o que temer com a data (ou com a fuga dela). “É sabido que boa parte da população crê que a sexta-feira 13 traz mau agouro, mas, pra numerologia, 13 não significa nada. É ‘um’ mais ‘três’, que dá quatro, e quatro é um número mais ligado à disciplina”, afirma.
Se o Brasil vai em busca do hexa, Machado acha melhor que a seleção não tenha uma relação muito próxima com o número seis. “O número seis na numerologia pitagórica remete à afetividade, à relação da família em um lar. Se a Seleção for influenciada pelo número seis, deve cair logo nas oitavas. Pessoas que têm muito forte nelas o número seis são calmas, pacíficas. É um número que desfavorece a prática esportiva, o desenvolvimento dos atletas”, diz. Mesmo questionado sobre as seleções de Felipão serem chamadas de “Família Scolari”, o numerólogo manteve a opinião. “Essa é uma interpretação possível, mas, mesmo assim, se o Brasil for influenciado pelo número seis, não será bom.”
Outra influência externa no início do torneio será a fase lunar. Serão 19 partidas disputadas sob lua cheia, ou seja, todas as seleções entrarão em campo, pelo menos uma vez, no período (a fase se inicia no dia 13 e vai até o dia 18). O diretor do Instituto Paulista de Astrologia (IPA), Antonio Facciollo Neto, enxerga um lado positivo na Copa iniciar sob tal luar. “Tudo o que é feito na lua cheia é muito divulgado. A lua cheia traz mais gente, empresas costumam realizar inaugurações nesse período porque é certeza de que os convidados vão comparecer. Então, provavelmente, esses jogos vão ser bons de público”, afirma.
Segundo o site de ingressos da Fifa, dos 19 confrontos, oito não possuem mais ingressos disponíveis (em outros sete jogos restam apenas algumas entradas para torcedores com necessidades especiais). Nem com a influência da lua cheia será possível preencher os 43 mil lugares da Arena Pantanal para a partida entre Rússia e Coreia do Sul, no dia 17. Este é o jogo da primeiro rodada com menor procura – apenas a categoria quatro foi totalmente comercializada.
Momento do Brasil e da Seleção
Há de se ter cautela para a realização da Copa no país, segundo o numerólogo Roberto Machado. “A gente percebe, de um ano pra cá, uma energia muito forte vindo da população. O brasileiro está contaminado com uma energia desfavorável à pratica esportiva”, diz. As manifestações que vêm ocorrendo desde junho de 2013 podem ser um reflexo dessa alteração, de acordo com a visão de Machado. “A numerologia analisa o campo vibracional das pessoas, não o campo físico. As manifestações são físicas, mas podem ser interpretadas como uma alteração espiritual do brasileiro”, afirma. Para o numerólogo, os resultados disso poderão ser notados dentro de campo. “Essa energia que apareceu, que é desconexa, não favorece à força e à agilidade. Por isso, digo que o povo brasileiro não vai favorecer vibracionalmente o evento Copa do Mundo.”
Visão pessimista também pelo lado da astrologia. Antonio Facciollo Neto afirma que “o Brasil estará sob a influência de um mau aspecto do sol, que vai até abril de 2015. Não é uma época boa para o Brasil, não é um bom indício”. A posição dos astros, no entanto, pode ajudar a Seleção, afirma Facciollo. “A lua estará em Sagitário em uma quadratura com o Sol do Brasil. Algumas más notícias virão na época, implicações negativas. Mas o Brasil estará com Vênus em trígono ao Sol do Brasil, o que pode trazer sorte. O Brasil é capaz de ganhar por pura sorte”, diz.
Com ou sem lua cheia, ignorando ou não superstições, a bola começa a rolar na Copa no dia 12 de junho, em São Paulo, na partida entre Brasil e Croácia. Façam suas apostas e sequem os adversários mais perigosos.

Mudança climática pode agravar crise hídrica nas cidades

Gelo navega em ágia

Eventos climáticos extremos, como estiagens prolongadas, fortes tempestades e ondas de calor ou frio intenso, devem se tornar mais frequentes à medida que a temperatura do planeta se eleva – o que poderá impactar a disponibilidade dos recursos hídricos disponíveis nos grandes centros urbanos brasileiros.
A avaliação foi feita pelo pesquisador Humberto Ribeiro da Rocha, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), durante palestra apresentada no terceiro encontro do Ciclo de Conferências 2014 do programa BIOTA-FAPESP Educação, realizado no dia 24 de abril, em São Paulo.
De acordo com Rocha, a oferta de água no Brasil é – na média – muito maior do que a demanda. Com uma vazão de 5.660 quilômetros cúbicos de água por ano (km³/a), os rios brasileiros concentram cerca de 12% da disponibilidade hídrica mundial. A população consome em torno de 74 km³/a – menos de 2% da quantidade ofertada. Mas, como os recursos hídricos estão desigualmente distribuídos, há regiões com problemas de desabastecimento.
“Cerca de 80% dos recursos hídricos estão concentrados na Bacia Amazônica, enquanto há regiões com muito pouco, como o sertão nordestino, onde só é possível sobreviver graças aos grandes açudes”, afirmou.
Enquanto no Nordeste e no norte de Minas Gerais a falta de chuva é a principal causa da escassez hídrica, acrescentou o pesquisador, nos grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Goiânia o problema é o adensamento populacional.
“Há uma grande dificuldade de consolidar sistemas de abastecimento que acompanhem o crescimento populacional e a demanda dos setores industrial e agrícola. Todos trabalham no limite e, quando há um evento climático extremo como a estiagem que afetou São Paulo no último verão, o abastecimento entra em crise”, avaliou.
Embora em escala global seja estimado um aumento de 10% no volume de chuvas com o aquecimento global, resultante principalmente da maior evaporação do oceano, determinadas regiões poderão sofrer com estiagem.
“A redistribuição de calor no oceano pode formar piscinas quentes e frias – o que distorce o regime de chuvas no continente. Pode passar a chover mais em certas regiões e menos em outras”, afirmou Rocha.
De acordo com o pesquisador, o veranico (altas temperaturas e escassez de chuvas) que afetou São Paulo no início de 2014 foi causado pela formação de uma piscina de água quente na região tropical do Atlântico. “Por algum motivo, as frentes frias que costumam esfriar a água do oceano não chegaram. A piscina foi se aquecendo cada vez mais e bloqueando a entrada de novas frentes frias. A temperatura do oceano é um fator de grande impacto no regime de chuvas do continente”, disse.
Exame.com

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Derretimento no Ártico cria novos deslocamentos de espécies


Degelo cria novas rotas que propiciam intercâmbio de espécies
Foto: AFP

Pela primeira vez em cerca de 2 milhões de anos, o mar de gelo derretido do Ártico está conectando o Norte dos oceanos Atlântico e Pacífico. As novas ligações deixam as costas do Ártico vulneráveis ​​a uma grande onda de espécies que podem se delocar por aquela região, segundo biólogos do Smithsonian Environmental Research Center.
Enquanto novas oportunidades para a extração dos recursos naturais do Ártico e do comércio interoceânico são altos, navios comerciais, muitas vezes, inadvertidamente, podem levar estas espécies invasoras para o local. Organismos de portos anteriores podem agarrar-se a parte inferior dos seus cascos ou serem bombeados para tanques de água internos. Agora que a mudança climática tem dado a navios uma nova e mais curta maneira para atravessar entre os oceanos, a presença destas novas espécies está aumentando.
“(O efeito da) Expedição no Ártico é uma virada de jogo que se desenrolará em uma escala global”, disse o principal autor Whitman Miller. “A atração econômica do Ártico é enorme. Quer se trate de um maior acesso as ricas reservas de recursos naturais da região ou por um fluxo comercial mais rápido e mais barato na região. Se nada for feito, essas atividades irão alterar vastamente o intercâmbio de espécies, especialmente em todo o Ártico, ao norte do Atlântico e ao norte dos oceanos Pacífico”.
O Globo.com

Astrônomos descobrem primeiro asteroide "brasileiro"

Sequência de imagens da descoberta do asteroide 2014 KP4
Um grupo de astrônomos amadores descobriu o primeiro asteroide “brasileiro”.  O objeto foi observado pela primeira vez na semana passada, confirmado por outros observatórios ao redor do mundo e oficializado pela União Astronômica Internacional. Ele foi cadastrado provisoriamente como 2014 KP4, até que sua órbita seja mais conhecida pelos cientistas. O asteroide foi visto do observatório Sonear, sigla para Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research, que fica perto de Oliveira, cidade a 120 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O local foi construído por Cristóvão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro, responsáveis pela descoberta.
Por seu tamanho e proximidade da Terra, o 2014 KP4 se encaixa na classificação de “asteroide potencialmente perigoso”: mais de 150 metros de diâmetro e menos de 7,5 milhões de quilômetros de distância da órbita terrestre. Com diâmetro estimado entre 200 e 600 metros, caso colidisse com a Terra esse asteroide causaria um impacto continental. Felizmente, apesar de sua classificação, os riscos de uma colisão são desprezíveis. “Ele não oferece nenhum perigo à Terra”.
 Pioneiro – Este é o primeiro objeto desta natureza descoberto no Brasil. Nos primeiros meses deste ano, a equipe já encontrou dois cometas a partir do mesmo observatório. O trio observa o céu desde o dia 18 de dezembro, em busca de objetos que passem perto da Terra. Eles tiram fotos à noite e, durante o dia, analisam o material. São os únicos a procurar objetos assim — que envolvem corpos que podem se chocar com a Terra — em atividade no Hemisfério Sul. “Esse é o objetivo do observatório, descobrir novos asteroides que passam perto da terra e monitorá-los para saber se podem apresentar risco de colisão”, afirma Jacques, alegando que a descoberta dos cometas foi ocorreu quase “por acaso”, porque não estava nos planos iniciais.
Veja.com

Ratos espaciais da NASA vão ajudar humanos a explorar Marte e além

space rat hotel 2

Ainda este ano, haverá algo um pouco diferente a bordo da ISS. Ratos de laboratório já viajaram inúmeras vezes ao espaço nas mesmas caixas modulares desde 1983… mas 31 anos é muito tempo para um hotel manter sua decoração. Agora, a NASA revela um novo casulo para ratos, para entendermos como manter a saúde de passageiros humanos à medida que viajamos mais longe no espaço.
A NASA e outros programas espaciais querem enviar astronautas humanos a Marte e além, mas como o corpo humano vai responder a condições de microgravidade por mais de seis meses, limite máximo dos astronautas a bordo da ISS? Para descobrir como isso vai mudar a fisiologia humana, estamos usando ratos, cientificamente úteis por terem sistemas semelhantes o bastante aos nossos.
O que nos leva ao casulo de ratos. Estas novas caixas não apenas passaram por um redesign para melhorar a eficiência: elas contam com sensores e câmeras que acompanham de perto a fisiologia dos roedores, incluindo os sistemas cardiovascular, endócrino, imunológico, musculoesquelético, nervoso, reprodutivo e sensório-motor. Os cientistas na Terra poderão assistir as colônias de ratos (cada módulo pode armazenar até seis) em tempo real, graças às câmeras embutidas.
E como os roedores se movem? Cada pod é incorporado com camadas finas ao longo das paredes interiores, nas quais os ratos podem se agarrar com as patas, para se impulsionarem no ambiente sem gravidade da ISS.
Os primeiros “hotéis” de rato vão voar este ano em uma missão a bordo da SpaceX-4, onde eles vão ajudar a NASA a estudar perda de tecido e ossos em microgravidade.
É incrível pensar que o futuro das viagens espaciais humanas poderia depender de ratos, mas eles estão ajudando cientistas a estudar o progresso humano aqui na Terra também. [NASA]

terça-feira, 27 de maio de 2014

Copa vai gerar 1,4 mi de toneladas de gases de efeito estufa

Visão aérea do estádio Beira-Rio, que deverá receber algumas partidas da Copa do Mundo de 2014, em Porto Alegre

O Ministério do Meio Ambiente desenvolveu uma metodologia e conseguiu fazer uma projeção das emissões de dióxido de carbono equivalente que serão geradas pela Copa do Mundo no Brasil.
Serão 1,4 milhão de toneladas de dióxido de carbono, em emissões diretas e indiretas. O gás é responsável por agravar o efeito estufa.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, as emissões diretas, de 60 mil toneladas, já foram compensadas por meio da chamada pública para empresas, feita em abril e que continua aberta.
“A Copa está 100% mitigada das emissões diretas, que são aquelas estabelecidas sob o nosso domínio [do governo], como hospedagem, construção, mobilidade. As indiretas são as emissões geradas pelo transporte aéreo internacional e aquelas não relacionadas a roteiros definidos dentro das cidades-sede”, disse, explicando que o compromisso do governo era de compensar as emissões diretas.
Uma das ferramentas para ajudar o governo a calcular as emissões indiretas é o Passaporte Verde, que foi ampliado.
O projeto, feito em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), tem o objetivo de propor escolhas sustentáveis aos turistas.
A partir de agora, o Passaporte Verde passa a ser uma plataforma de comunicação em consumo e produção sustentáveis, com portal interativo e aplicativos.
As ações sustentáveis para a Copa do Mundo foram apresentadas hoje (27) pela ministra do Meio Ambiente com a presença dos ministros de Esportes, do Turismo,  de Desenvolvimento Social e Combate à Fome,  e da representante do Pnuma no Brasil, Denise Hamú.
Além da mitigação e compensação das emissões e da ampliação do Passaporte Verde, os ministros anunciaram políticas públicas na gestão de resíduos sólidos, com a inclusão de catadores de material reciclável e coleta seletiva nas iniciativas e a campanha "Brasil Orgânico e Sustentável", que irá distribuir kits de alimentos para os voluntários e instalar, nas cidades-sede, quiosques de comercialização de produtos orgânicos e da agricultura familiar.
A certificação e gestão sustentável das arenas da Copa também foram ressaltadas pela ministra. Segundo ela, todos os estádios terão o selo Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).
É o que os brasileiros esperam...!!!

Cientistas usam raio X para ver "por dentro" de múmias

Múmia de Tamut, uma criança filha de um religioso respeitado no Egito

Uma nova exposição sobre múmias no British Museum, na Inglaterra, dá uma nova perspectiva sobre como elas são. Cientistas usaram raios X para ver por dentro das múmias.
Os pesquisadores estudaram oito corpos do Egito e Sudão antigo. Eles estavam conservados ou por embalsamento ou por processos naturais.
Graças aos estudos, é possível entender melhor como era a vida das pessoas que viviam na região entre os anos 3.500 a.C. e 700 d.C..
Os corpos são de idades variadas. Desde uma criança de aproximadamente dois anos, até um homem de 35 a 50 anos que tomava conta de um templo no Egito.
Os cientistas encontraram diferentes problemas de saúde nos corpos. O mais comum eram abcessos dentais, com falta de dentes e extrações mal feitas. Isso acontecia pela falta de condições para higiene bucal na época.
Em dois adultos, os pesquisadores encontraram regiões com calcificação nas artérias. Isso indica que eles poderiam desenvolver problemas cardiovasculares—e talvez tenham até morrido por causa de doenças cardíacas.
As pesquisas foram feitas usando tomografia computadorizada. Com isso, foi possível ultrapassar as primeiras camadas das múmias e estudar em detalhes o interior de seus corpos.
Com a tomografia, as múmias foram divididas em pequenas fatias digitais com 0,6 mm de espessura. Elas puderam ser vistas como modelos computadorizados em três dimensões.
A mostra fica no British Museum até o dia 30 de novembro deste ano.

Desmate na Mata Atlântica aumenta 9% entre 2012 e 2013, aponta estudo

Pontos verdes no mapa mostram áreas de floresta da Mata Atlântica que ainda estão em pé no Brasil. Área em amarelo é o total do bioma. Atualmente, restam 8,5% da vegetação original (Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica/Inpe)

Dados divulgados nesta terça-feira (27) apontam que a Mata Atlântica perdeu 235 km² de vegetação entre 2012 e 2013, aumento de 9% em relação ao último período avaliado (2011-2012).
A área equivale a quase seis vezes o tamanho do Parque Nacional da Tijuca, que fica no Rio de Janeiro, ou ainda a 24 mil campos de futebol.
As informações fazem parte do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, e a ONG SOS Mata Atlântica.
De acordo com a organização, a taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008, quando houve a perda de 343,1 km² de floresta. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 151,8 km.
Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, restam 12,5% da área original de Mata Atlântica, que tinha 1,3 milhão de km² quando o Brasil foi descoberto.
Essa paisagem natural é uma das mais ricas em biodiversidade, e até 60% de suas espécies de plantas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região.
Dados por estado Pelo quinto ano consecutivo, Minas Gerais foi o estado que mais devastou o bioma.
O levantamento aponta perda de 84,3 km² de floresta – queda de 22% em relação ao total desmatado entre 2011 e 2012, que foi de 107 km².
Segundo Marcia Hirota, diretora-executiva da ONG, a redução é resultado de moratória que, desde junho do ano passado, impede a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa.
Piauí vem em seguida, com a supressão de 66,3 km² de floresta. Bahia foi o terceiro estado que mais desmatou, responsável pela derrubada de 47,7 km² de vegetação no período avaliado.
São Paulo registrou queda de 51% no desmate na comparação com o último período, no entanto, quase 1 km² de floresta desapareceu entre 2012 e 2013. Nesse período, Rio de Janeiro teve perda de 0,1 km².
De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, mesmo com índices baixos, há uma preocupação com o desmate nesses dois estados pela forma como acontecem. Essa característica, chamada de "efeito formiga", não suprime grandes proporções de mata, porém, a perda ainda acontece devido à expansão de moradias e infraestrutura.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Frase

Foto

Milão terá mega prédio que promete limpar o ar

Projeto do Palazzo Itália, do escritório Nemesi %26 Partners

Um prédio que purifica o ar poluído da cidade, imitando uma árvore. Delírio? Esta é a promessa do Palazzo Itália, o edifício verde que vai brotar na Itália, durante a Expo Milano 2015, exposição mundial que reunirá designers e inovadores.
Concebido por um escritório de arquitetura, o pavilhão italiano foi projetado para imitar uma floresta urbana “petrificada”, em que o edifício assume as características de uma paisagem arquitetônica.
A fachada externa, com 9 mil metros quadrados, será feita a partir de mais de 900 painéis à base de cimento "i.active biodinâmico", desenvolvido pelo grupo Italcementi.
Em contato com a luz do sol, a substância ativa presente neste material permite "capturar " determinados poluentes no ar, transformando-os em sais inertes.
Além do benefício ambiental, quando agrupados, os paineis formarão uma textura geométrica única, criando uma dança entre sombra e luz no interior do edifício.
O Palazzo Italia é baseado em quatro blocos principais, organizados em torno de uma praça central, e ligados entre si por pontes. Neles, se encontram áreas de exposição, auditório, escritórios e salas de conferências.
De acordo com a descrição no site do projeto, os quatro volumes arquitetônicos, assim como árvores, têm enormes apoios ao nível do solo que simulam as grandes raízes.
Exame.com

Níveis de CO2 atingem marco histórico no hemisfério norte

Aquecimento global: gelo derretendo

 Os níveis de dióxido de carbono por todo hemisfério norte atingiram em abril a marca de 400 partes por milhão (ppm) pela primeira vez na história da humanidade, chegando a um limiar ameaçador para as mudanças climáticas, disse nesta segunda-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta segunda-feira.
O nível atmosférico de 400 ppm, 40 por cento a mais desde o início da ampla utilização de combustíveis fósseis durante a Revolução Industrial, tem se espalhado rapidamente para o sul. O patamar foi registrado pela primeira vez em 2012 no Ártico e desde então tem se tornado a norma na primavera do Ártico.
A OMM prevê que a concentração média anual de dióxido de carbono no mundo fique acima de 400 ppm em 2015 ou 2016. Elevadas concentrações do gás retentor de calor podem intensificar o risco de ondas de calor, secas e aumento do nível do mar.
"O tempo está acabando", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, em comunicado. "Isso deveria servir como mais um alerta sobre o constante aumento do nível dos gases do efeito estufa, que provocam as mudanças climáticas.
Se quisermos preservar nosso planeta para futuras gerações, precisamos agir com urgência para conter novas emissões desses gases retentores de calor."
Quase 200 governos concordaram em trabalhar por um acordo até o fim de 2015 com o objetivo de desacelerar as mudanças climáticas. As negociações são uma parte do processo para limitar o aumento médio da temperatura em dois graus Celsius acima de níveis pré-industriais.
As temperaturas já subiram cerca de 0,8 graus Celsius. Em abril, um painel da ONU com especialistas climáticos disse que as concentrações de gases do efeito estufa, sobretudo dióxido de carbono, teriam que ser mantidas abaixo de 450 ppm para que se consiga o cumprimento da meta de 2C.
Os níveis atmosféricos de dióxido de caborno são sazonais, já que as plantas absorvem mais gás carbônico durante o verão, causando um pico na primavera. Esse ciclo é mais definido no hemisfério norte, que possui mais fontes de emissão do gás relacionadas a atividades humanas.
Exame.com

Laser atravessa a atmosfera da Terra para levar banda larga à Lua


Quatro telescópios transmissores instalados no deserto do estado do Novo México, nos EUA, cada qual com 15 centímetros de diâmetro, podem dar a um satélite orbitando a Lua acesso wireless à internet com velocidade superior à maioria das casas americanas.
Os telescópios são a parte terrestre de um projeto experimental batizado de Lunar Laser Communication Demonstration (LLCD), que teve início em setembro de 2013, para demonstrar que é possível estabelecer comunicações mais rápidas com naves espaciais e futuras bases instaladas na Lua e em Marte.
O projeto começou com o lançamento do satélite de pesquisa LADEE (Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer), da NASA, que atualmente está orbitando a Lua. A NASA montou um módulo de comunicação via laser no LADEE para uso no experimento de conexão wireless de alta velocidade.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) darão mais detalhes sobre o sistema e sua performance no próximo mês, durante uma conferência na Optical Society. No entanto, segundo adiantou o MIT, o LLCD já mostrou seu valor, transmitindo dados direto do LADEE para a Terra à velocidade de 622 Mbps e recebendo à velocidade de 19,44 Mbps. Isso supera em 4800 vezes a comunicação de rádio mais rápida já usada com a Lua.


A NASA espera que os lasers possam acelerar a comunicação com missões espaciais, que hoje fazem uso de tecnologia de rádio para falar com a Terra, e permitir que elas possam transmitir mais dados. O equipamento a laser também pesa menos que os aparelhos de rádio, um fator crítico dado o alto custo de levar ao espaço qualquer objeto.
Barreira atmosférica
Os telescópios transmissores enviam dados na forma de pulsos de luz infravermelha. A parte mais complicada de chegar até a Lua com um laser é passar pela atmosfera terrestre, que pode desviar a luz e fazer com que enfraqueça ou mesmo se dissipe antes de chegar ao receptor.
O jeito que os cientistas encontraram para contornar o problema foi usar quatro telescópios separados. Cada um deles envia um raio através de uma coluna de ar separada, que tem diferentes efeitos de dissipação da luz. Com isso, a chance de um dos quatro raios de luz chegar até o receptor no LADEE aumenta.
Segundo o MIT, os resultados dos testes são promissores, com o link óptico de 384.633 quilômetros apresentando performance sem erros tanto durante a noite quanto à luz do dia; atravessando nuvens semitransparentes e também superando turbulência atmosférica que poderia afetar a força do sinal.
Um dos motivos para ele ter funcionado é que há força sobrando no sinal. O poder de transmissão das antenas na Terra totaliza 40 watts, e menos de um bilionésimo de watt é recebido no LADEE.
Mas esse bilionésimo ainda é dez vezes maior que o sinal necessário para garantir uma comunicação sem erros, segundo o MIT. Na nave, um pequeno telescópio captura o sinal de luz e foca em uma fibra óptica. Depois que o sinal é amplificado, ele é convertido em impulsos elétricos e em dados.





sábado, 24 de maio de 2014

Americanos esperam achar vida em outros planetas até 2034

Planetas


Estamos mesmo sozinhos no espaço? Uma das perguntas mais intrigantes da ciência pode ganhar uma resposta dentro de 20 anos. É o que afirmam pesquisadores americanos.
Em reunião com parlamentares realizada hoje em Washington, cientistas disseram que são capazes de encontrar extraterrestres até 2034 caso o ritmo atual de investimentos se mantenha.
"As chances de achar vida, eu penso, são boas. E, se acontecer, será nos próximos 20 anos, dependendo só do financiamento das pesquisas", afirmou Seth Shostak, astrônomo ligado ao Instituto SETI (sigla para Busca de Inteligência Extraterrestre, em inglês), organização que se dedica a esse tipo de pesquisa.
Três caminhos
De acordo com os pesquisadores, três caminhos estão sendo trilhados na busca de vida fora da Terra. O primeiro deles consiste na análise dos corpos celestes mais próximos de nós.
"Pelo menos, meia-dúzia de outros corpos celestes que podem ter vida estão no nosso sistema solar", afirmou Shostak.
Um segundo método procura sinais de oxigênio e metano em outros planetas. Na Terra, estes dois elementos estão intimamente ligados à existência da vida.
Um terceira técnica usada por cientistas na busca de alienígenas tenta localizar possíveis sinais de telecomunicações transmitidos por extraterrestres evoluídos.
"Se nós estamos transmitindo sinais, talvez outras civilizações estejam enviando sinais em nossa direção", afirmou em Washington Dan Werthimer, pesquisador da Universidade da Califórnia.
Só começando
No evento de hoje, foi lembrado o papel da missão Kepler na exploração espacial. A iniciativa está ligada à NASA, agência que há cerca de um mês anunciou a descoberta do primeiro planeta potencialmente habitável.
"O fato de não termos achado nada até agora não significa nada. Nós estamos apenas começando agora a procurar", afirmou Shostak na reunião em Washington.
Exame.com
 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Nasa transforma selfies em imagem da Terra




A Nasa divulgou nesta quinta-feira, 22, um "autorretrato" da Terra em forma de um mosaico composto por 36.422 imagens. Todas são selfies de pessoas que responderam ao convite da agência espacial para enviar fotos de si mesmas.
O mosaico faz parte das celebrações do Dia da Terra, quando a Nasa convidou em 22 de abril a enviarem uma mensagem respondendo à pergunta "Onde você está na Terra neste momento?"
Cada resposta era acompanhada por uma foto da pessoa e a Nasa informou ter recebido mensagens e imagens de 113 países e regiões em todos os continentes. "Da Antártida ao Iêmen, da Groenlândia à Guatemala, da Micronésia às Maldivas, Paquistão, Polônia, Peru e mais e mais", escreveu a agência.

Nasa testa "disco voador" para levar astronautas a Marte


No treinamento inicial, máquina irá “despencar” de uma altura de 55 quilômetros
Foto: AFP PHOTO/Frederic J. BROWN

A Agência Espacial Americana (Nasa) vai testar um equipamento semelhante um um disco voador, que poderá levar pessoas a Marte. Trata-se de uma sonda planetária conhecida como “Desacelerador Supersônico de Baixa Densidade” (LDSD, na sigla em inglês), que permitirá um pouso suave no planeta.
Em junho, os moradores da pequena ilha havaiana de Kauai terão a visão incomum do equipamento “despencando” para a superfície do oceano, depois dele ser transportado até uma altura de 55 quilômetros por meio de uma combinação de foguetes e balões de alta altitude.
No auge do treinamento, o O LDSD vai alcançar a velocidade Mach 3,5. A partir daí, discos infláveis e um paraquedas gigantesco - que aumentará consideravelmente o arrasto atmosférico - permitirá a redução do ritmo de queda para Mach 2.
O objetivo do projeto é permitir o pouso de cargas maiores sobre a superfície de Marte - um planeta cuja fina atmosfera (apenas 1% mais densa que a da Terra ) faz a aterrissagem ser extremamente difícil.
- Pode parecer óbvio, mas a diferença entre o pouso e choque é a hora de parar. Para Marte, nós só temos duas opções: foguete ou arraste
aerodinâmico - explicou à revista New Scientist o chefe do laboratório de propulsão da Nasa, Allen Chen.
A técnica testada pela agência já havia sido utilizada em 1976, quando a missão Viking implantou paraquedas e foguetes para soltar com segurança um par de sondas no planeta. No entanto, como os atuais robôs ficaram mais pesadas e complexos, os cientistas estão tendo dificuldade em assegurar uma descida segura.
Por que um projeto tão complexo?
A Nasa já havia desenvolvido uma estrutura tecnológica gigantesca para lançar o foguete que levou o veículo-robô Curiosity - de aproximadamente uma tonelada - à Marte. Na ocasião, a aproximadamente 20 metros do solo, um guindaste desceu o robô, que abriu seis “patas” com rodas e iniciou sua aventura no planeta.
No entanto, para missões humanas - que devem suportar pesos superiores a 100 toneladas -, o esforço terá de ser significativamente maior, já que o mecanismo de guindaste não funciona. Por isso a agência alega que será preciso desacelerador o supersônico a ser usado.
A Nasa acredita que o novo sistema de “disco voador” poderia suportar cargas entre 1 e 10 vezes mais pesado do que Curisioty. Os testes prosseguirão nos próximos dois anos.







quinta-feira, 22 de maio de 2014

Frase

Foto

O derretimento das geleiras está espalhando nutrientes pelo oceano




Não parece uma vantagem grande o suficiente para neutralizar o aquecimento global, mas quem gosta de ver o lado positivo das coisas pode gostar dos resultados desse estudo. Publicado na revista Nature, ele sugere que o derretimento das geleiras está despejando ferro "nutritivo" nos oceanos - e essa substância promoveria o crescimento de fitoplâncton.
Por ser a base da cadeia alimentar marinha, o fitoplâncton pode ajudar a manter a vida marinha. E, mais, ele ajuda a capturar o carbono da atmosfera.
"As geleiras cobrem 10% da superfície terrestre da terra. E o ferro contido nelas sempre foi considerado uma fonte para os oceanos. Agora descobrimos que a substância está sendo transportada para a água - e para a cadeia alimentar também", afirma o responsável pelo estudo, Jon Hawkins, do Centro Nacional de Oceaonografia do Reino Unido.
Mas antes que você ache que essa é a solução para as mudanças climáticas e comece a despejar suas panelas de ferro no mar, vale lembrar que o estudo apresenta apenas uma sugestão de que as comunidades marinhas se beneficiariam da substância. A ciência ainda não tem um entendimento claro sobre o funcionamento das comunidades de fitoplâncton e o ferro é apenas um dos nutrientes necessários para esses organismos, sendo que fósforo e nitrogênio são os seus principais alimentos.
Galileu.com

Bactérias sobrevivem até uma semana em aviões, diz estudo

Avião

Bactérias que causam doenças podem sobreviver por até uma semana em um avião, afirmaram cientistas no encontro anual da Sociedade Americana de Microbiologia, nesta terça-feira.
Em um estudo de dois anos, pesquisadores da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, aplicaram as bactérias MRSA (sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente à meticilina), causadora de infecções na pele, e a Escherichia coli, que causa vômito e cólicas abdominais severas, em apoios para braços, bolsos de assentos e outras superfícies normalmente tocadas por passageiros, como bandejas plásticas, dispositivos metálicos de banheiros e cortinas de janelas, fornecidos por uma companhia aérea.
Em seguida, expuseram esses materiais a condições de temperatura e umidade típicas de um avião. Eles detectaram que a MRSA sobreviveu por 168 horas, ou seja, sete dias, no bolso de um assento. Já a Escherichia coli durou 96 horas, ou quatro dias, em um apoio de braço.
"Nossa análise evidencia que as duas bactérias podem sobreviver durante dias nas superfícies estudadas, especialmente em materiais porosos", disse o líder da pesquisa, Kiril Vaglenov. "Os viajantes precisam estar cientes do risco de contrair ou espalhar uma doença para outros passageiros e praticar uma boa higiene pessoal."
Os cientistas estão realizando experiências com outras bactérias, como as que causam tuberculose, assim como métodos de limpeza que poderiam combatê-las.
Veja.com

O Texas beberá água depurada do banho e de vasos sanitários pela seca


Na cidade de Wichita Falls, no Texas, a escassez de água levou as autoridades a tomarem medidas tão desesperadas como tratar a água dos vasos sanitários para misturá-la com as reservas de água potável, que chegará diretamente aos copos dos consumidores. O fantasma da seca deixou sua marca no Estado e as alternativas começaram a se esgotar.
Seus habitantes expressaram seu mal-estar pela decisão, mas não podem fazer muito. Na sexta-feira passada, a cidade declarou o início da etapa 5 de restrições para a água, o que significa que seus lagos estão a 25% da capacidade. No entanto, a decisão já tem precedentes: San Antonio, por exemplo, processa a água de vasos sanitários e a utiliza para regar campos de golfe, parques e universidades. Dallas faz o mesmo com o campo de golfe Cedar Crest.
A água residual será tratada e depois chegará ao rio Big Wichita para passar por um processo natural de limpeza, que demora várias semanas, e depois desembocar no lago Texoma. Se o plano das autoridades locais segue adiante, a água tratada proveniente de banheiros, duchas e lavatórios será misturada a uma quantidade de 50/50 com a água proveniente dos lagos Arrowhead e Kickapoo. Concretamente, a água irá em um gasoduto de 21 quilômetros que ligará duas plantas de processamento de água.
Wichita Falls será a primeira cidade nos Estados Unidos a realizar uma aposta tão arriscada. Seu prefeito Glenn Barham assegurou que é a melhor alternativa ante a seca e fez questão de dizer que “tomará o primeiro copo”. Mas, antes de fazê-lo, a Comissão de Qualidade do Meio Ambiente do Texas deve aprovar a qualidade da água e certificar que é segura para a população. Para isso, as autoridades locais deverão realizar diversas provas, que já começaram. Neste mês a comissão anunciou que é preciso realizar mais exames para seguir adiante com a medida.
Historicamente, o Texas desenvolveu projetos de água convencionais como reservas, poços de água subterrânea e medidas de conservação. Mas agora as autoridades locais estão focadas em reutilizar e desalinizar a água para enfrentar a seca contínua que o Estado sofre há quatro anos: 83% de seu território está experimentando algum nível de seca e 67% é de nível severo ou excepcional.
A partir de agora os negócios de lavagem de carros só poderão operar cinco dias por semana. Se os lagos alcançam 20%, terão que fechar temporariamente. Para os lares que ultrapassem 38.000 litros de água, o preço subirá de acordo com o uso, entre outras medidas.
Atualmente os manuais para conservar a água são leitura obrigatória para os residentes: “regue apenas quando seja necessário, use um balde ao lavar o carro, não tome banhos demorados”, insistem.
“Nosso desafio é enfrentar o fato de que os texanos, de modo geral, não utilizam bem a água e precisamos ser mais eficientes no uso das reservas atuais, enquanto reduzimos os usos não essenciais”, assegurou Ken Kramer, conselheiro da Sierra Club no Texas e membro da direção de Texas Water Foundation.
Segundo dados do Conselho de Desenvolvimento de Água do Texas (TWDB), 80% das reservas do Estado já estão sendo utilizadas e os prognósticos não indicam um panorama alentador. “Já vemos que algumas comunidades pequenas estão a ponto de ficar sem água. Se o Texas recebesse, de repente, seu nível de chuva normal, eu não falaria em crise. Mas sim diria que o Estado enfrentará sérios desafios futuros se as comunidades não mudam a maneira em que pensam sobre a água”, explicou Amy Hardberger, advogada e geocientista da Universidade St. Mary.
De acordo com o último relatório do Avaliador Nacional do Clima no Texas “as temperaturas em acréscimo estão produzindo um aumento da demanda de água e energia. Em algumas partes da região isto limitará o desenvolvimento, acabará com os recursos naturais e incrementará a concorrência por água entre as comunidades, o setor agrícola, a produção energética e as necessidades ecológicas”.
“A maioria das previsões apontam para um Texas mais seco e quente como resultado da mudança climática. Mas a seca levou a muitos reexaminarem o uso da água. Isso, somado aos esforços de conservação e programas de resposta, reduziu o uso per capita de água em muitas partes do Estado incluindo Austin, Dallas e San Antonio. Acho que essa tendência continuará”, explicou Kramer.
O último plano estatal sobre a água estimou que o Texas terá um déficit de 1,022 trilhões de litros para 2060, mas especialistas do Centro de Estudos Políticos do Texas asseguram que a cifra  chegará apenas a 41 bilhões de litros.
A efetividade das estratégias para o tratamento da água e a diminuição de seu consumo são matéria de debate a nível estatal, mas onde sim existe consenso é sobre o custo de água, que se elevará consideravelmente no Estado. “Não é algo que possa ser evitado, a água barata já era. Nova água implica nova tecnologia e alguém terá que pagar por isso”, comentou Hardberger.
El País.com

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A Terra, mudanças profundas em 2050


A transformação da Terra começou. O planeta está imerso em uma mudança sem precedentes, tão rápida que, de uma maneira ou de outra, com efeitos diferentes aqui ou ali, chega a todos os lugares. “Em meados do século as evidências da mudança climática, em aspectos que agora podem não ser tão visíveis, serão incontestáveis”, diz o especialista Manuel Castro. Muitos países não terão capacidade econômica para levar adiante medidas de adaptação que evitem os impactos mais adversos. Os desenvolvidos com certeza sim, mas com um custo muito alto. Na Espanha, por exemplo, apenas o aumento do nível do mar até 2050, em algumas províncias, pode significar um custo equivalente entre 0,5% e 3% do PIB, que chegaria a 10% no final do século, segundo um estudo recente conduzido por Íñigo Losada, diretor de pesquisa do Instituto de Hidráulica Ambiental da Cantábria.
As temperaturas continuarão aumentando e, até 2050, a média global será um ou dois graus mais alta do que a atual, dependendo da quantidade de gases de efeito estufa emitida. “E isso é muito: há que se levar em conta que o limite de dois graus de aumento foi fixado, aproximadamente, desde a época pré-industrial, como o máximo a não ser ultrapassado para evitar piores consequências, e em meados do século estaremos bem próximos desses dois graus”, acrescenta De Castro, professor de Física da Terra da Universidade de Castilla-La Mancha.
preciso levar em conta, lembra, que desde a época pré-industrial até 1780, a temperatura média do planeta já tinha subido 0,8 grau e —os cientistas não se cansam de repetir— não é que a Terra não tenha sofrido mudanças climáticas no passado; ao contrário, foram abundantes, mas não há registro de nenhuma tão rápida como a atual. A grande novidade, além disso, é que desta vez se deve à atividade humana. “É Física: o efeito estufa é reforçado pelas emissões, sobretudo dos combustíveis fósseis, e o planeta esquenta”, afirma De Castro com veemência.
A transformação climática tem múltiplas manifestações, efeitos e retroalimentações. “Em meados do século, o Ártico será um oceano livre de gelo no verão, com importantes rotas de navegação e transporte marinho, assim como grandes portos e infraestruturas associadas”, descreve Carlos Duarte, do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados (IMEDEA, CSIC-UIB). E mais sobre o Ártico dentro de 50 anos: “Muitas espécies associadas ao habitat de gelo, como o urso polar, focas, morsas e algas se encontrarão em um estado crítico de conservação ou terão desaparecido, enquanto muitas outras, como o bacalhau, camarões, florestas de algas e pradarias submarinas terão aumentado, criando novos ecossistemas com novas funções e serviços na sociedade”, acrescenta o oceanógrafo especialista no extremo norte da Terra.
Outra extensa parte do planeta que terá mudado dentro de algumas décadas é a floresta Amazônica, que pode sofrer um desmatamento acelerado pelo efeito combinado das secas prolongadas e dos incêndios, como mostra o trabalho publicado em Proceedings (Academia Nacional de Ciências, EUA), por Paulo Monteiro Brando (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e seus colegas. “As interações entre o clima e as mudanças do uso da Terra podem desencadear a extensa degradação das selvas amazônicas; os incêndios de alta intensidade associados aos fenômenos meteorológicos extremos podem acelerar esta degradação aumentando abruptamente a mortalidade das árvores”, afirmaram no estudo publicado mês passado.
Os estudiosos do clima destacam que as projeções climáticas não consistem em prever o tempo meteorológico dentro de 50 anos, em uma semana concreta ou em uma determinada localidade. Não se trata de previsão do tempo de longuíssimo prazo, mas de identificar as características e de calcular as alterações do clima da Terra e suas possíveis manifestações, na medida em que os gases de efeito estufa se acumulem mais ou menos na atmosfera. “A precipitação média global em 50 anos subiria entre 5%, o cenário mais favorável de menor concentração de gases de efeito estufa, e 15%, no cenário mais desfavorável’, resume De Castro. “Mas sua distribuição será muito desigual entre as regiões. Como regra geral, as zonas úmidas receberão mais precipitações e as áridas terão menos chuvas, com poucas exceções”.
Tampouco a mudança nas temperaturas será uniforme, de forma que haverá entre 20% e 70% menos dias de frio extremo com relação aos atuais, especialmente nas altas altitudes, ao mesmo tempo em que o número de dias de calor realmente forte subirá entre 30% e 250%, especialmente nas latitudes médias. E a duração e intensidade das secas devem provavelmente aumentar em regiões como a bacia do Mediterrâneo, Europa Central, América Central, nordeste do Brasil e África do Sul, destaca o professor da Universidade de Castilla-La Mancha. Na península Ibérica, “os invernos serão um pouco mais suaves e, embora ainda com dias muito frios, serão menos frequentes; os verões serão muito mais tórridos e as precipitações menos abundantes entre abril e outubro”.
Milhões de pessoas notarão a mudança climática diretamente nas regiões litorâneas onde o mar, ao subir, terá literalmente engolido ou causado uma elevada erosão. Algumas ilhas, como várias do Pacífico, ou as Maldivas, terão problemas sérios de perda de habitat por áreas submersas ou salinização de aquíferos. Os deltas dos rios serão afetados, além de praias e regiões costeiras em todo o mundo, com impacto enorme, por exemplo, no turismo.
 
“Na Espanha, o aumento do nível do mar afetará toda a costa. Será evidente no delta do Ebro ou zonas baixas como a desembocadura do Guadalquivir ou Huelva; o impacto será notável também em portos e infraestruturas costeiras, inclusive com a perda operacional em muitos casos, e grande parte das praias encaixadas nas costas do Cantábrico e da Costa Brava será perdida”, afirma Losada. Ele alerta que as grandes e prejudiciais tempestades deste inverno na costa espanhola podem ser mais frequentes dentro de poucas décadas.
“O aumento do nível do mar desde 1900 foi de 20 centímetros, e os valores projetados para 2050 estão entre 24 e 29 centímetros a mais”, disse Losada. E esse crescimento do nível da água sairá de onde? A maior parte, responde o especialista, se deve à expansão térmica da água, à dilatação de um material que esquenta, mas também ao derretimento das geleiras e das massas de gelo na Groenlândia, Ártico e Antártida.
“Por exemplo, caso a massa de gelo que cobre a Groenlândia derretesse, o que seria possível com o aumento das temperaturas globais acima de dois ou quatro graus em relação à época pré-industrial, o aumento do nível do mar global seria de até sete metros”, afirma Losada. Mas isso seria, em todo caso, muito depois do final do século XXI. Por enquanto, as três evidências claras da mudança climática no oceano são: aumento do nível do mar, aquecimento da água e acidificação da mesma, com grande impacto em praticamente todas as espécies marinhas e principalmente nos corais.
Os trópicos estão subindo a latitudes cada vez mais altas, e o processo vai continuar. Não apenas a fronteira com as latitudes médias, determinada pela circulação atmosférica específica da faixa equatorial, que se desloca até o Norte e o Sul arrastando suas condições de ventos secos e desertos. Desde 1979, o cinturão atmosférico tropical estendeu-se entre 225 quilômetros e 530 quilômetros, somando o efeito de ambos hemisférios. Além disso, segundo revelaram equipes de cientistas recentemente, a fase mais intensa dos ciclones tropicais, como furacões e tufões, se desloca igualmente com a extensão do trópico. As migrações de milhões de pessoas fugindo de zonas atingidas pela seca serão igualmente uma realidade em 500 anos.
No final do século, muitos desses efeitos do aquecimento global terão aumentado e outros começarão a aparecer com mais evidência. “O certo é que dentro de 50 anos já não haverá céticos em relação ao clima”, conclui De Castro, “já que haverá tempo para que as evidências do aquecimento global antropogênico sejam absolutamente incontestáveis”.
Previsões para todo o planeta

Os especialistas da NASA resumem as projeções climáticas para as grandes regiões do planeta.
Europa. Aumenta consideravelmente o nível de inundações catastróficas no interior. Na região litorânea, também haverá inundações mais frequentes e a erosão aumentará devido às tempestades e à subida do nível do mar; as geleiras diminuirão nas áreas montanhosas assim como as camadas de neve em altas latitudes. A extinção de espécies animais e vegetais será importante e cairá a produtividade das colheitas no sul do continente.
América Latina. No geral, será registrada uma substituição gradual da selva tropical pela savana na Amazônia oriental, com um alto risco de perda da biodiversidade e extinção de espécies em muitas áreas tropicais, e mudanças significativas na disponibilidade de água doce para o consumo humano, para a agricultura e para a geração de energia.
América do Norte. Haverá uma diminuição da neve nas regiões montanhosas ocidentais, um aumento entre 5% e 20% das precipitações em algumas regiões agrícolas (o que será favorável) e uma maior intensidade e frequência das ondas de calor em lugares onde isso já ocorre.
África. Já no final desta década haverá entre 75 milhões e 220 milhões de pessoas expostas à escassez de água doce; as colheitas que dependem das chuvas podem diminuir em até 50% em algumas regiões e o acesso à alimentação pode ficar gravemente comprometido.
Ásia. Especialmente no sul, no centro, no leste e no sudeste, a disponibilidade de água doce cairá até 2050; extensas áreas litorâneas estão sob risco pelo aumento das inundações e em algumas regiões são esperadas mais secas e mais intensas.
El País.com

Cientistas descobrem como transformar a luz em matéria

Lasers

Cientistas descobriram como fazer matéria a partir da luz. Agora, pretendem demonstrar o método para o mundo nos próximos 12 meses.
A teoria que sustenta essa ideia foi descrita pela primeira vez há 80 anos por dois físicos que mais tarde trabalharam na criação da primeira bomba atômica.
Eles imaginaram que duas partículas de luz, os fótons, podem se combinar para produzir um elétron (matéria) e um pósitron (antimatéria).
Mas, na época, eles consideraram impossível demonstrar como converter luz em matéria.
Agora, físicos do Imperial College de Londres acreditam que é possível resolver o problema com lasers de alta potência e outros equipamentos já disponíveis para cientistas.
Em artigo da revista Nature Photonics, os cientistas descreveram como é possível fazer essa transformação.
Na primeira parte do processo, um feixe de elétrons é disparado contra uma lâmina de ouro em uma velocidade próxima a da luz para produzir um raio fotônico de alta energia.
Depois, outro laser é disparado contra um cilindro de ouro para criar um campo de radiação térmica em um processo que gera uma luz intensa como a das estrelas.
A combinação do feixe de fótons com os cilindros de ouro pode provocar uma colisão capaz de gerar elétrons e pósitrons.
A novidade está longe de ser uma máquina capaz de criar objetos cotidianos a partir de explosão de laser. O tipo de matéria que eles pretendem fazer existe na forma de partículas subatômicas invisíveis a olho nu.
A tecnologia necessária para colidir essas partículas já existe. Por isso, a equipe tem conversado com outras instituições que podem ajudar a fazer o experimento acontecer.
Uma máquina desse tipo tem potencial para ajudar os astrofísicos a recriar as condições do Big Bang, a explosão que deu origem ao universo.
Exame.com

Fukushima começa a despejar água com baixa radioatividade no mar

Foto de 15 de abril deste ano mostra local onde é bombeada a água subterrânea na usina nuclear de Fukushima, no Japão (Foto: Japan Pool/Jiji Press/AFP)

A companhia responsável pela usina nuclear de Fukushima começou a fazer nesta quarta-feira (21) um despejo controlado de água com baixos índices de radioatividade no mar, um método que passará a utilizar regularmente para reduzir o acúmulo de líquido contaminado na central. A primeira descarga feita foi de 560 mil litros, informou a Tokyo Electric Power (Tepco).
A companhia elétrica e o governo japonês divulgaram o conteúdo de isótopos radioativos detectados nas análises realizadas por três laboratórios diferentes (um da própria Tepco, outro da Agência Nuclear estatal do Japão e um privado).
Todos estavam abaixo do limite estipulado pela Tepco para o despejo de água radioativa (entre 60 e 90 vezes mais rigoroso que o estipulado pela lei japonesa). Tanto a companhia como o Executivo japonês divulgarão os níveis de radiação com regularidade enquanto durarem as operações de despejo de água.
Após meses de intensas negociações, os sindicatos de pescadores de Fukushima acabaram aceitando a decisão sempre que os níveis de contaminação estiverem abaixo dos limites.
A operação realizada nesta quarta se chama "by-pass de água subterrânea" e é uma das medidas para reduzir o volume de líquido dos aquíferos naturais que penetra e inunda diariamente os porões dos reatores que foram atingidos pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.
Dentro dos porões, a água se contamina ao entrar em contato com o líquido usado na refrigeração dos reatores e parte dela vai parar no mar em frente à central através de sumidouros e outros canais. No total, estima-se que 300 mil litros diários chegam ao Oceano Pacífico.
O "by-pass" consiste em bombear a água subterrânea dos poços situados nas colinas próximas dos reatores e desviá-la (sempre que as análises mostrem que sua toxicidade é baixa) diretamente até os píeres da usina, para evitar que passe pelos edifícios dos reatores e se torne ainda mais radioativa.
O acúmulo de água é um dos principais desafios para proceder com o desmantelamento da central, uma operação que deve levar entre 30 e 40 anos.Por isso, a Tepco armazena a água utilizada na refrigeração dos reatores, assim como a que consegue bombear dos porões, em milhares de tanques espalhados pela central.
No entanto, tanto a companhia elétrica como o Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA, sigla em inglês) consideram que esse sistema é mais perigoso do que os despejos controlados.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Frase


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Gigantes da indústria alimentícia poluem mais que a maioria dos países


Os dez gigantes da indústria alimentícia emitem, juntos, uma quantidade de gases relacionados ao efeito estufa maior que a maioria dos países do mundo. A denúncia é da organização Oxfam, que divulgou um relatório no qual pede a estas empresas um maior compromisso para reduzir o impacto ambiental.
A organização assegura que as emissões combinadas da Associated British Foods, Coca-Cola, Danone, General Mills, Kelloggs, Mars, Mondelez International, Nestlé, PespiCo e Unilever totalizam 263,7 milhões anuais de toneladas de gases causadores do efeito estufa, número equivalente às do 25 países mais poluentes do mundo e superam as da Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega juntos.
No documento,a Oxfam aponta especialmente às emissões derivadas da produção de matérias-primas agrícolas por parte destas companhias, que habitualmente ficam fora de seus planos para reduzir seu impacto ambiental. Segundo o relatório, as dez empresas poderiam cortar suas emissões em 80 milhões de toneladas adicionais desses gases até 2020, o que equivaleria a eliminar todos os carros que circulam em Los Angeles, Pequim, Londres e Nova York.
Esse objetivo poderia ser alcançado desde que todas essas companhias se comprometessem à redução das emissões agrícolas que anunciou uma delas, PepsiCo. Ao mesmo tempo, a Oxfam convoca estas multinacionais a pressionar seus fornecedores para que também se comprometam a reduzir seu impacto
Impacto econômico A ONG lembra, além disso, os problemas que a mudança climática causa às indústrias alimentícias através de tempestades, inundações, secas e padrões meteorológicos em transformação. Segundo a Oxfam, isto contribuirá para encarecer os preços dos alimentos e aumentar a fome no mundo.
O estudo assegura que o preço de produtos como os cereais Kellogg's Corn Flakes e os da empresa General Mills poderia subir até 44% nos próximos 15 anos como consequência da mudança climática.
Galileu.com

Rússia poderá fechar Estação Espacial em 2020



Tensões políticas entre Rússia e Estados Unidos chegaram oficialmente ao espaço, a única área em que os dois países sempre mantiveram relações fortes e produtivas de trabalho desde o fim da Guerra Fria.
Em resposta às sanções dos Estados Unidos sobre a anexação da Crimeia, o Primeiro Ministro adjunto da Rússia, Dmitry Rogozin, anunciou na terça-feira que seu país não permitiria que a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) operasse depois de 2020, de acordo com relatórios. Rogozin adicionou ainda que a Rússia também deverá parar de fornecer motores para os foguetes Atlas 5, usados para lançar satélites militares americanos.
A ISS é a maior realização da parceria espacial entre Rússia e Estados Unidos – gigante de  US$100 bilhões com tamanho de um campo de futebol - com funcionamento previsto até 2024.
A estação é composta de módulos americanos e russos, além de estranhas unidades japonesas e europeias, e ainda não está claro se algum país poderia operar a instalação sem a cooperação de todos os outros.
Rogozin apontou que os maiores prejudicados são os Estados Unidos, já que eles dependem de foguetes russos para transportar astronautas até o laboratório orbital –e para trazê-los de volta. Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, os Estados Unidos não têm meios de transportar humanos para a órbita terrestre baixa.
O efeito dessa declaração sobre as atuais atividades espaciais conjuntas ainda não está claro. “Em parte, eu acho que isso é só pose”, declara Roger Launius, diretor associado de coleções e assuntos de curadoria do Museu Nacional Aéreo e Espacial. “Eles estão falando sobre 2020. Ainda temos muito tempo até lá”.
Por enquanto, a Nasa e a Agência Espacial Federal da Rússia (Roscosmos) estão cooperando como sempre. Na noite de terça-feira, três tripulantes da estação – um americano, um russo e um japonês –deixaram o laboratório em uma cápsula Soyuz russa e aterrissaram no Cazaquistão. “As operações continuam normalmente na ISS”, escreveu na terça-feira o porta-voz da Nasa, Allard Beutel. “Nós aindanão recebemos nenhuma notificação oficial do governo russo sobre quaisquer mudanças em nossa cooperação espacial até o momento”.
Vale notar que as últimas afirmações da Rússia vieram de um político, e não de um oficial da Roscosmos. “No nível político, as pessoas estão começando a rosnar”, observou o especialista em política espacial, Roger Handberg, da University of Central Florida. “Mas as agências estão tentando manter tudo calmo porque sabem que ainda dependem umas das outras”.
O administrador da Nasa, Charles Bolden, está se esforçando para manter a paz, apesar das tensões cada vez maiores. “O relacionamento entre a Nasa e a Roscosmos é bom e saudável”, declarou Bolden no início de abril, de acordo com a Space News. Essa afirmação veio um dia após a Nasa anunciar que suspenderia todas as colaborações não-espaciais com a Rússia devido à situação política. Como a ISS é o ponto de conexão primário entre os dois países, as ramificações dessa decisão permanecem nebulosas.
Independentemente de quaisquer atividades orbitais sofrerem alterações com a crise diplomática, a tensão poderia acabar afastando legisladores americanos de uma maior cooperação espacial com a Rússia, ou com qualquer outro país. Os Estados Unidos já estão desenvolvendo meios próprios de transporte até a órbita terrestre baixa, na forma de veículos espaciais construídos comercialmente por empresas como a SpaceX e a Sierra Nevada Corp. “Eu acho que existe mais dinheiro do lado comercial para acelerar o desenvolvimento” desses veículos, comenta Handberg.
E por fim, a atual crise poderia determinar o legado da ISS. “Daqui a 200 anos, historiadores vão olhar para nossa era e dizer que o mais importante sobre a estação espacial foi o consórcio internacional de nações que se uniram para construí-la”, prevê Launius. “Será que devemos ver isso como o início de um século de atividades cooperativas na exploração espacial, ou será uma turbulência antes de estados-nações adotarem a filosofia de ‘vamos fazer sozinhos’ e começarem seus próprios programas espaciais?”
Scientific American

Pesquisadores identificam idade, hábitos e causa da morte de múmias do Egito

Detalhes inéditos de oito múmias foram possíveis pela realização de uma tomografia computadorizada

Pesquisadores do British Museum, em Londres, conseguiram criar imagens tridimensionais e em alta definição de múmias do Egito e, a partir delas, identificar pela primeira vez características como sexo, hábitos alimentares, histórico de doenças, idade e causa da morte. Isso foi possível porque os especialistas submeteram os corpos a um exame de tomografia computadorizada. O procedimento forneceu as mais claras imagens obtidas até hoje de cabelos, músculos, ossos e até artérias das múmias. 
Ao todo, foram analisadas oito múmias do acervo do museu datadas de 3.500 A.C a 700 D.C., todas do vale do rio Nilo, na África. "É como se você acendesse uma luz em um quarto escuro e as coisas aparecessem com clareza, tornando possível descobrir quais foram as reais experiências de vida dessas pessoas”, disse em entrevista à BBC News John Taylor, curador da área de Antigo Egito e Sudão do British Museum.
A análise do museu revelou, por exemplo, que alguns corpos apresentavam acúmulo de gordura nas artérias, sugerindo que o indivíduo possa ter morrido ou sofrido um ataque cardíaco ou derrame cerebral, por exemplo. Além disso, os pesquisadores observaram que grande parte dos corpos tinha estruturas dentais com inflamações graves que provavelmente provocaram fortes e constantes dores durante suas vidas.
Os pesquisadores ainda observaram que o processo de mumificação mudou pouco ao longo dos 4.000 anos que separam as múmias analisadas. Tal processo envolve, por exemplo, a remoção de órgãos internos do cadáver, como o cérebro.
As oito múmias analisadas fazem parte de uma exposição do British Museum que acontece entre 22 de maio de 30 de novembro deste ano.
Veja.com

segunda-feira, 19 de maio de 2014

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Secas e furacões crescem como ameaça às maiores empresas




Secas, furacões e a alta do nível do mar estão se transformando em ameaças mais significativas para as maiores empresas do mundo e o risco está sendo acelerado, segundo o Projeto de Divulgação de Carbono.
Empresas que estão fazendo planos para várias ameaças ligadas à mudança do clima dizem que atualmente elas lidam com cerca de 45 por cento dos riscos potenciais, ou que farão isso daqui a cinco anos, segundo um relatório publicado hoje pelo grupo sem fins de lucro com sede em Londres.
Trata-se de uma cifra superior à de 2011, quando membros do índice Standard and Poor’s 500 esperavam que 26 por cento dos riscos potenciais os afetassem dentro de cinco anos.
Os resultados mostram que a mudança do clima está tendo um impacto mensurável nas operações comerciais, e que muitas empresas esperam que ela aumente custos ou dificulte vendas.
“Já se está incorrendo em custos significativos”, disse ontem em entrevista por telefone Tom Carnac, presidente da CDP North America. “Não se trata simplesmente de fazer planos para o futuro, mas de as empresas terem que mudar o que fazem hoje”.
Cerca de 60 empresas divulgaram riscos que resultam da rápida mudança do meio ambiente do planeta.
 Entre aqueles está a destruição de prédios por furações, a alta dos custos das matérias primas, o aumento nos prêmios de seguradoras, a desaceleração da demanda por roupas para climas frios e maiores gastos com aquecimento no inverno.
A Hewlett-Packard disse que as vendas recuaram até 7 por cento depois que enchentes na Tailândia em 2011 causaram uma insuficiência de componentes para unidades de disco.
A Waste Management disse que tanto enchentes quanto secas afetam a taxa de decomposição orgânica em aterros sanitários, o que aumenta o custo de obter gás deles.
Ameaças operacionais
As empresas disseram que 68 por cento dos riscos potenciais afetariam diretamente suas operações, frente a 51 por cento em 2011. Cerca de 22 por cento das ameaças eram às suas cadeias de fornecimento e 9 por cento teriam impacto sobre os clientes.
O relatório destacou a forma com que operações de diferentes empresas estão entrelaçadas. Por exemplo, a receita da Union Pacific Corp., a maior empresa ferroviária dos EUA, desacelerou em 2012 porque a pior seca em mais de 50 anos reduziu 11 por cento os envios de milho.
“Esse é um grande exemplo de como a nossa economia tem se tornado tão complicada, de como uma mudança no rendimento agrícola afeta a receita obtida por uma empresa ferroviária”, disse Carnac.
A Union Pacific está reduzindo emissões, melhorando a economia de combustível, usando mais locomotivas e melhorando a aerodinâmica dos vagões de trem, disse ontem Tom Lange, porta-voz da empresa.
“Colocamos muita energia na forma de conseguirmos uma maior economia de combustível”, disse Lange.
“Trata-se de encontrar pequenos avanços na tecnologia do combustível – não há grandes façanhas. Estamos tentando conseguir pequenos progressos, adicionar um par de pontos porcentuais lá e cá”.
Exame.com