A consciência da necessidade de praticar exercícios físicos é recente. "No começo era o pé", diz o antropólogo Marwin Harris. O pé, não a mão. A mão nos fez humanos - mas antes de sermos humanos somos parte do reino animal, e o nosso corpo precisa atender às necessidades que os animais enfrentam, entre elas a do deslocamento.
O ser humano evoluiu, tornou-se bípede, mas continuou caminhando. E passou a usar a caminhada para outros fins que não o de chegar a um lugar específico: o de buscar determinada coisa.
Praticar exercícios físicos é algo relativamente recente, mesmo porque, no passado, o sedentarismo era a exceção antes da regra; caçadores, agricultores, trabalhadores em geral jamais pensariam nisso. Mas muito cedo o ato de caminhar adquiriu um significado psicológico, simbólico.
Trata-se, pois, de uma experiência cognitiva, muito necessária nesses tempos em que as pessoas se deslocam sobretudo utilizando carros, trens, aviões. Mas caminhar também envolve um processo de autoconhecimento, quando não de inspiração. "Os grandes pensamentos resultam da caminhada", diz o filósofo F.Nietzsche.
Portanto, desde a antiguidade movimentar o corpo ajudava as pessoas a pensar, tomar decisões e expressar indignação, como mostra a literatura em que enumera artistas e apaixonados como grandes andarilhos...
Muitos escritores abordaram o tema "caminhada". Rosseau disse: "Só consigo meditar quando caminho. Minha mente só trabalha junto com as minhas pernas"!
No contexto atual, caminhar, se exercitar ajuda manter uma postura saudável -, devido as demandas da vida moderna, e fugir do sedentarismo, é uma obrigação para quem deseja "mente e corpo são"!!!
Fonte: História Viva
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