Enchentes, incêndios, calor em demasia - da fumaça que sufoca Moscou às águas que encharcam o Paquistão, o hemisfério norte parece em colapso neste verão. Dizem os cientistas que não se trata apenas de um sinal do que está por vir, mas um indicador da mudança climática já em andamento.
Os cataclismas se encaixam nos padrões previstos por cientistas climáticos, diz a Organização Meterológica Mundial (OMM), embora os cientistas evitem ligar fenômenos específicos ao aquecimento global.
Porém, especialistas agora veem uma necessidade urgente de obter meios melhores de prever eventos extremos, como a onda de calor e os incêndios florestais na Rússia e o dilúvio que atinge o Paquistão. Eles discutirão as ferramentas necessárias em reuniões realizadas neste mês e no próximo na Europa e nos Estados Unidos, sob patrocínio da ONU, Londres e Washington. "Não há tempo a perder, porque as sociedades precisam se equipar para lidar com o aquecimento global", disse o climatologista britânico Peter Stott.
Os climatologistas geralmente evitam culpar o aquecimento global por esta enchente ou esta onda de calor, já que muitos outros fatores entram na formação de cada evento específico.
Disse, também, que os criadores de modelos climáticos estão "muito interessados" em produzir modelos em supercomputadores que permitam estabelecer uma conexão sólida de causa e efeito à medida que o aquecimento muda o comportamento da atmosfera e assim tentar prever com a devida antecedência os eventos.
Fonte: Estadão
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