quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ascensão de uma superpotência na ciência?

Desde a virada do século 21, o número de trabalhos publicados predominantemente por pesquisadores chineses na Revista Nature aumentou de 6 para 150, segundo um novo índice recentemente publicado. A Universidade de Tsinghua e a Universidade de Pequim tornaram-se instituições de classe mundial e o volume total de publicações científicas da China aumentou cerca de 20.000 em 2000 para 130.000 em 2010.
A ascensão da China como uma superpotência científica parece assegurada, pois o presidente Hu Jintao definiu explicitamente uma meta para a nação de se tornar líder mundial em pesquisas científicas em 2020. Mas os desafios permanecem: no ano passado a revista britânica The Lancet identificou cerca de 70 documentos falsos provenientes de pesquisas da Universidade de Jinggangshan.
De fato, em fevereiro o Ministro chinês de Ciência e Tecnologia revogou um prêmio nacional científico para LianSheng Li, vice-diretor do National Engineering Research Center, quando descobriram plagiados de outros pesquisadores.
A pressão para conter fraudes é intensa. Alguns céticos ainda acreditam que o número crescente de publicações de natureza nos últimos anos tem desempenhado um importante e negligenciado papel no aumento do número de artigos publicados na China, simplesmente fornecendo mais pontos de vendas e mais demanda para tais pesquisas.
No entanto, o aumento absoluto da ciência proveniente da China é inquestionável. Da mesma forma, não há dúvida de que a China já está servindo como um laboratório vivo para muitas das novas tecnologias a partir do acúmulo de projetos avançados de reator nuclear para aperfeiçoar as técnicas de fabricação de energia fotovoltaica. A China já é a oficina do mundo, e se eles pararem com as fraudes, em breve poderão ser o laboratório científico do mundo.
Fonte: Scientific American.com

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