De acordo com estudo da ONU, uma ação rápida contra a contaminação por ozônio e fuligem teria efeitos no curto prazo.
Conter o aquecimento global abaixo dos 2°C requer reduzir as emissões de CO2, mas também generalizar as medidas de luta contra a contaminação do ar (ozônio e fuligem), segundo estudo internacional.
Uma "ação rápida" contra essa contaminação, além de ser benéfica para a saúde, contribuiria para "limitar a curto prazo o aumento das temperaturas", destacou esta análise do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O "carbono negro", formado por partículas presentes na fuligem e emitida por veículos, incêndios florestais e certas instalações industriais, além do ozônio troposférico, principal componente da poluição urbana, contribuem para o aquecimento global.
O ozônio troposférico (de baixa altitude), que se forma a partir de outros gases, como o metano, é o terceiro gás causador do efeito estufa, atrás do dióxido de carbono (CO2) e do metano.
O estudo recomenda a adoção de medidas como a recuperação do metano nos setores de carvão, gás e petróleo, utilizando sistemas de combustão mais limpos, filtros para as partículas emitidas pelos veículos a diesel e a proibição de queimar ao ar livre refugos agrícolas.
Os cientistas chegaram à conclusão de que a combinação de medidas contra o "carbono negro", o metano e o CO2 aumenta as chances de manter o aquecimento abaixo dos 2ºC, meta fixada pela comunidade internacional.
O estudo foi apresentado em Bonn (Alemanha), onde se celebra até sexta-feira uma reunião da ONU preparatória para a próxima conferência sobre o clima, no fim do ano, em Durban (África do Sul).
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