O mistério sobre a morte do jovem rei Tutancâmon ainda está por ser revelado, mas estudos da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harward (SEAS) mostraram que o sepultamento foi feito às pressas.
A pesquisa foi concentrada em manchas marrons encontradas na tumba do faraó, que morreu antes dos 30 anos de causa desconhecida. Comparando o registro em foto da época em que a tumba foi aberta pela primeira vez, em 1922, com a atual situação do local, cientistas perceberam que não houve alteração nestas marcas, o que indica que ela faz parte da história e não é uma interferência recente da visita de milhares de turistas, por exemplo.
Por isso, o microbiologista de Harward - Ralph Mitchell acredita que estas manchas têm uma história para contar. Eles acreditam que as manchas são o resultado de um sepultamento rápido, realizado quando as paredes da tumba ainda estavam com a tinta fresca.
Durante a investigação, a equipe pesquisadora cultivou espécimes vivas coletadas das paredes da tumba e conduziram análises da sequência de DNA.
Enquanto isso, químicos do Instituto de Consevação Getty analisaram as marcas infiltradas na pintura e no gesso a níveis moleculares. O que eles conseguiram encontrar até o momento foi apenas melanina, um subproduto do metabolismo de fungos e de algumas bactérias, mas nenhum organismo vivo.
Os resultados indicam que os micróbios que causaram as manchas não estão ativos.
Ou seja, o estudo destas manchas pode lançar luz sobre a morte do rei. A umidade, a comida, a múmia em si e o incenso encontrado no local criaram um ambiente propício para o crescimento microbiano antes mesmo da tinta na tumba estar seca.
Embora o estudo não tenha conseguido resolver o mistério sobre a morte de Tutancâmon, as manchas devem continuar na tumba, sem que as autoridades de conservação queiram interferir nelas. "Elas fazem parte de toda a mística da tumba", disseram.
Fonte: Estadão.com
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