Após o pico do desmatamento, as áreas de floresta no Mato Grosso enfrentam uma nova ameaça. São as queimadas, que já começaram a causar destruição no estado. O boletim de monitoramento da Amazônia Legal, elaborado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) registrou focos de calor em 36 cidades do estado nesta quinta-feira. A pior situação é a do município de Gaúcha Norte, porta de entrada para o Parque Nacional do Xingu, com 10 focos identificados pelos satélites.
Dos 38 focos de fogo detectados na Amazônia Legal nesta sexta-feira, 20 estão no Mato Grosso, que concentrou nestas últimas 48 horas 38% de todos os focos de queimadas do país, num total de 74 pontos detectados, confirma o pesquisador do setor de queimadas do Inpe. A situação também é preocupante nas áreas estabelecidas como unidades de conservação.
De janeiro até agora, o Mato Grosso registrou 595 focos de fogo, a maior quantidade do país. No ano passado, foram 1.200 registros no período, mas as condições climáticas deste ano estão melhores.
Para o Inpe, as queimadas tendem a aumentar muito a partir deste mês, não apenas por conta do período seco do estado.
Como o desmatamento aumentou, as queimadas também devem ser maiores. Depois de tirar a mata, as pessoas colocam fogo para limpar a área - diz o pesquisador do Instituto, referindo-se às áreas abertas para plantio ou criação de gado.
Na área da Amazônia Legal, os alertas abragem também, parte de terras indígenas.
Fonte: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário