Com a calota de gelo do Ártico derretendo em ritmo acelerado, por causa das mudanças climáticas, a navegação pelo oceano Ártico será cada vez mais fácil.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia projetaram como os navios poderão se deslocar no futuro, na metade do século. O resultado é o mapa ao lado. As linhas vermelhas mostram a rota mais rápida, que pode ser usada por navios do tipo Polar Class 6, com moderada capacidade para quebrar o gelo, usados hoje no mar Báltico. As linhas azuis mostram as rotas mais rápidas para navios comuns, que navegam em mar aberto. As linhas pontilhadas mostram os limites das águas territoriais. O esbranquiçado na água na região do Polo Norte indica a concentração prevista de icebergs e blocos de gelo flutuantes por ali ao longo do ano.
A rota diretamente pelo Polo Norte é 20% mais curta do que a opção atual pelo norte, que acompanha a costa da Rússia. Por volta de 2040, ela estará acessível no final do período de derretimento sazonal do hemisfério norte, em setembro.A partir de então, o período navegável ficará cada vez mais longo a cada ano, na medida em que o aquecimento global encolhe mais o Ártico.
Os pesquisadores usaram projeções de derretimento de gelo para os modelos climáticos entre os anos 2040 e 2059. Os modelos consideram um cenário de moderado aumento nas emissões de carbono, responsáveis pelo aquecimento global. Como o ritmo atual de emissões vem sendo bem mais alto do que essas previsões conservadoras, é de se supor que as rotas se abrirão mais cedo do que os pesquisadores previram. No ano passado, o Ártico bateu o recorde histórico de degelo. A má notícia é que as consequências negativas do derretimento do Ártico também virão.
Época.com
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