segunda-feira, 25 de março de 2013

Com aquecimento global, Ártico se tornará emissor de carbono, alertam cientistas

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pelo Conselho Nacional de Pesquisa, da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) analisou o equilíbrio metabólico dos plânctons do Ártico e demostrou que o aquecimento global pode transformar essa parte do mundo uma fonte de dióxido de carbono (CO2 ). Os resultados do trabalho, coletados em dois artigos publicados na revista “Biogeosciences”, são o resultado de uma série de oito pesquisas oceanográficas realizadas entre 2007 e junho de 2012.
- Resolver o papel do plâncton no Ártico como uma pia ou a emissão de CO2 na atmosfera é de grande importância para estabelecer o papel dessa região do planeta no balanço de carbono da biosfera. Ele exigiu trabalho em condições adversas, com campanhas em completa escuridão e temperaturas de inverno do Ártico abaixo de - 40 ° C -, explica Carlos Duarte, pesquisador do CSIC, do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados.
Sob o primeiro destes estudos, com o fim do escuro inverno ártico e o gelo começa a diminuir, e as flores de plâncton fotossintético são capazes de produzir a matéria orgânica suficiente para sustentar a cadeia alimentar no resto do ano. Assim, o Oceano Ártico detém uma reserva anual de CO2.
Já o segundo estudo concluiu que o aquecimento global pode alterar esse equilíbrio. As experiências realizadas em Svalbard (Noruega), indicam que o plâncton torna-se uma fonte de dióxido de carbono para a atmosfera, quando a temperatura excede os 5 ° C, de acordo com estimativas de autoridades europeias para as próximas décadas.
- O aumento da temperatura aumenta a respiração do plâncton, fazendo a respiração superar a fotossíntese e tornar-se um emissor de CO2 - acrescenta a pesquisadora do CSIC Johnna Holding.


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