Uma equipe de astrônomos descobriu quatro planetas gigantes na órbita de uma estrela a 130 anos-luz de distância. A novidade pode ajudar a ciência a entender como os sistemas solares se formam.
O sistema recém-descoberto é considerado relativamente novo e se assemelha com uma versão ampliada do nosso sistema solar. Isso sugere que pode haver pequenos planetas do tamanho da Terra na zona habitável da estrela.
Com 30 milhões de anos, os planetas circundam a estrela HR 8799, que tem 1,5 vez o tamanho do Sol e brilha cinco vezes mais o que ele. O sistema solar conta ainda com grandes discos de poeira, asteroides e cometas.
Os astrônomos focaram a pesquisa no planeta HR 8799c, um gigante gasoso que tem sete vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do sistema. Ele orbita sua estrela a uma distância comparável a que Plutão orbita o Sol. Os cientistas também identificaram que sua atmosfera tem água e carbono.
O nascimento de um planeta tão grande e tão distante de sua estrela gera dúvidas nas teorias de formação planetária. No modelo tradicional, é praticamente impossível um planeta tão grande se formar em uma distância tão longa de sua estrela.
Já o planeta mais interno do sistema, o HR 8799e, tem entre cinco e dez vezes a massa de Júpiter e está 14,5 vezes mais longe de sua estrela do que a Terra está do Sol. O HR 8799d tem dez vezes a massa de Júpiter e leva aproximadamente 100 dias terrestres para orbitar o seu Sol. Por sua vez, HR 8799b é o planeta é mais longe de sua estrela, com sete vezes a massa de Júpiter e fica 68 vezes mais longe da estrela do que a Terra do Sol.
Os pesquisadores descobriram os planetas com ajuda dos telescópios Gemini e Keck, no Havaí, nos Estados Unidos. Apesar das fortes evidências, o estudo ainda é preliminar. Isso porque a descoberta precisa ser confirmada por outros cientistas para afirmar a existência e as características desse sistema solar.
Exame.com
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