A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) lançou nesta quinta-feira (3) o primeiro satélite que servirá de "guardião" do meio ambiente, segundo a agência de notícias Reuters.
O Sentinel-1a (ou Sentinela-1a) foi lançado da Guiana Francesa e entrou em órbita com o objetivo de monitorar desastres ambientais na Terra, como gelo marítimo, vazamentos de óleo no mar e uso irregular de terra, e para responder a emergências como enchentes e terremotos.
O equipamento faz parte do projeto Terra de Copérnico, que vai custar à agência até 8,4 bilhões de euros (cerca de R$ 26,2 bilhões) e é considerado o programa de observação do meio ambiente mais ambicioso da história.
Ele vai substituir o satélite Envisat, que perdeu o contato com a Terra em 2012, depois de dez anos. O Sentinel-1a ganhará a companhia do Sentinel-1b, que deve ser lançado no ano que vem. Também estão previstos 17 outros lançamentos na próxima década.
Segundo os cientistas por trás do Sentinel-1a, a partir de agora será possível fazer um mapeamento do planeta inteiro a cada período de três a seis dias, uma significativa melhora em comparação ao Envisat.
"O maior avanço é que agora poderemos cobrir todos os pedaços da Terra a cada três a seis dias. Isso levava muito mais tempo com o Envisat", explicou Volker Liebig, diretor do programa de Observação da Terra da ESA. "Se você quiser usar as imagens para dar apoio durante a gestão de desastres ou para achar um avião, então você quer que as imagens sejam o mais recentes possível."
Liebig lembrou, porém, que isso não poderá ser eficaz em qualquer caso. Para usar as imagens dos satélites-vigia para buscar destroços de uma aeronave, é preciso ter uma ideia mínima de onde ela caiu. No caso do avião da Malaysian Airlines, que desapareceu no Oceano Índico, isso não seria possível.
As imagens geradas pelos Sentinelas poderão ser baixadas pela internet sem custos, o que quer dizer que as empresas poderão usá-las para ajudar a entregar dados a fazendeiros sobre a secura do solo ou infestações de pestes, auxiliar empresas petrolíferas a decidir onde cavar novos poços e facilitar a avaliação de riscos de seguradoras sobre enchentes e incêndios.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário