quinta-feira, 3 de abril de 2014

Inglaterra sofre com altos níveis de poluição atmosférica

Agência EFE

Londres está mais cinzenta do que o normal. Autoridades do Reino Unido recomendaram nesta quinta-feira (dia 3 de abril) que a população não realize grandes esforços ao ar livre. A medida busca evitar problemas causados pelo alto índice de poluição detectados em várias zonas da Inglaterra, incluído a capital.
Tanto o Escritório Meteorológico (MET) como as autoridades de  saúde aconselharam as pessoas que sofrem de asma, doenças cardiovasculares ou de pulmão a evitar sair na rua. Algumas escolas optaram por não deixar os alunos saíram aos pátios.
Até o primeiro-ministro, David Cameron, contou no programa Breakfast, da BBC, que hoje não deu sua corrida habitual para não inalar gases tóxicos. A poluição seria gerada por uma mistura de gases do Reino Unido e do continente europeu e uma tempestade de areia do Saara. "É muito desagradável, se sente no ar", disse Cameron. O primeiro-ministro brincou e disse que ao invés de fazer esporte, hoje optou por "trabalhar um pouco".
É um fenômeno meteorológico que ocorre naturalmente. Soa extraordinário falar em poeira do Saara, mas é o que é", afirmou o chefe do governo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (DEFRA) a poluição só diminuirá amanhã. A pasta advertiu que os níveis de contaminação atingiram o nível 9 (de uma escala de 10) no sudeste e no leste da Inglaterra e nos arredores de Londres.
Alguns dos sintomas provocados pela inalação da neblina são ardência nos olhos e dor de garganta. "Quando os níveis são altos, os adultos e as crianças com problemas de pulmão e os adultos com doenças do coração devem reduzir os esforços físicos, particularmente ao ar livre", declarou um porta-voz do Departamento de Saúde Pública, Sotiris Vardoulakis.
Segundo a meteorologista Helen Dacre, da universidade de Reading, a alta poluição no ar causa efeitos desagradáveis e perigosos para a saúde, tanto a longo como a curto prazo. "Gases tóxicos como ozônio e dióxido de nitrogênio, finas partículas de pó oriundas do Saara e as da combustão de combustíveis fósseis se juntaram para causar dificuldades para as pessoas com problemas de coração, pulmão e respiratórios como a asma", afirmou.
Dacre explicou que a poeira do Saara chega ao Reino Unido várias vezes ao ano, mas nesta ocasião ela se combinou com uma alta concentração de gases poluentes no ambiente.

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