O tempo nublado na madrugada desta terça-feira dificultou a observação do eclipse total da Lua na maior parte do Brasil. Uma nova oportunidade de ver esse espetáculo astronômico não está tão distante: o próximo eclipse total lunar visível no país acontecerá em 27 de setembro de 2015.
O evento poderá ser observado em todo o território nacional e em quase toda a América, África e Europa. Dessa vez, a América do Sul tem a vantagem de poder observá-lo por completo, tanto a entrada quanto a saída da Lua na sombra da Terra. Outra boa notícia é o horário mais amigável para quem deseja acompanhar o eclipse — na última madrugada, o auge do fenômeno ocorreu entre 3h e 4h30.
Em 27 de setembro de 2015, às 22h07 (horário de Brasília), a Lua vai começar a adentrar a parte mais escura da sombra da Terra, chamada de umbra, de modo que será possível vê-la "sumir" no céu. A partir das 23h11 ela estará totalmente encoberta, adquirindo o tom avermelhado característico dos eclipses totais. O satélite vai passar pouco mais de uma hora com esse aspecto, e, à 00h23, começa a sair da sombra, em um processo que vai até a 1h27 da madrugada do dia 28. O eclipse só deve chegar ao fim cerca de uma hora mais tarde — essa última fase, quando a Lua está saindo da parte mais clara da sombra, dificilmente é vista a olho nu.
Tétrade — Esse eclipse vai marcar o fim de uma tétrade, conjunto de quatro eclipses totais da Lua que ocorrem em sequência. Trata-se de um evento é especial, porque eclipses normalmente se intercalam entre totais, parciais (quando a Lua fica parcialmente encoberta pela parte mais escura da sombra da Terra) e penumbrais (quando a parte mais clara da sombra da Terra encobre a Lua). A tétrade é relativamente rara: no século XXI haverá oito delas, sendo a que termina no dia 28 de setembro a segunda — a primeira ocorreu de 2003 para 2004, e a terceira será em 2032 e 2033.
O eclipse desta terça-feira foi o primeiro da tétrade. Porém, o segundo (que acontece em 8 de outubro deste ano) e o terceiro (em 4 de abril de 2015) não terão boa visibilidade do Brasil.
Veja.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário