Até o século 10 a.C., todo mundo era obrigado a desenvolver seus dotes artísticos. Para conseguir se comunicar com os deuses ou com outros povos, as pessoas faziam "desenhos" em troncos de árvores ou cavernas. Eram os "pictogramas".
Os caçadores, por exemplo, costumavam desenhar bisões alvejados por lanças para pedir proteção aos deuses nas caçadas.
Cada símbolo podia ser uma palavra ou conceito. A "comunicação" à distância seguia uma lógica diferente. Como os "desenhos" não teriam sentido, já que não poderiam ser vistos, outros dois artifícios eram usados: o rufar de tambores, ritmados de formas diferentes para indicar a chegada de inimigos e aliados, e sinais de fumaça.
Com o aumento da produtividade e a expansão do comércio, os grandes reinos não conseguiam mais administrar a produção e a economia de forma precisa. Era necessário desenvolver outra estratégia.
Assim, entre os séculos 10 a.C. e 8 a.C. os fenícios aperfeiçoaram os pictogramas e criaram um alfabeto com 20 consoantes. Como já havia um controle da economia por órgãos políticos, com o alfabeto ficou mais fácil registrar os dados, como por exemplo, de início e fim de uma plantação, responsável pelo plantio e os lucros.
O alfabeto fez surgir a profissão de escriba. Apenas parte da população sabia ler e escrever por isso os reinos contratavam os escribas para redigir documentos oficiais, vitórias em batalhas, e outros fatos.
Embora o alfabeto tenha sido uma invenção fenícia, a vogal é criação grega. Os gregos desenvolveram uma escrita própria por volta de 8 a.C. baseada nas letras fenícias. Para facilitar a compreensão do texto, incluíram vogais, totalizando 24 letras. A partir daí, o alfabeto passou a ser difundido entre poetas e filósofos, que criaram caracteres maiúsculos e minúsculos e dividiram o texto em parágrafos. Surgiam assim as noções de gramática.
Fonte: Aventuras na História
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