@virou peça de museu!
A curadora do Museu de Arte Moderna de Nova York, Paola Antonelli se reuniu com os membros do comitê do Departamento de Arquitetura e Design do MoMa, que ela preside e avaliaram a importância do arroba para o design e decidiram acrescentar o ícone às 175 mil peças do acervo do museu. Afinal, o arroba não tem dono. A justificativa da escolha é simples: é o marco da geração da tecnologia do século 21 e ainda foram avaliados a forma, o significado , a função, a inovação, os aspectos culturais, o processo e a necessidade do produto. O arroba pode até não ter sido desenvolvido com a intenção de ser um símbolo de design, mas ele é tão funcional que acabou sendo adotado pelos profissionais da área. As razões são as mais diversas.
Quando o latim ainda era língua corrente, a contração da preposição ad (que tem o sentido de lugar e movimento) se parecia com o @.
Mas o arroba, tal como o conhecemos hoje, nasceu no século 16, em Florença. Na época, o marchante Francesco Lapi o usou para simbolizar uma unidade de medida. Ela era baseada na ânfora (um vaso de terracota) usada nos mercados italianos para medir grãos e outros bens de consumo. Com o tempo, foi caindo em desuso e, hoje, o símbolo ainda tem o nome de uma unidade de medida somente em português e em espanhol.
Na era moderna, o arroba virou propriedade dos contadores. Por isso, o sinal entrou para o teclado básico das máquinas de escrever em 1885. Mas foi apenas no fim do século 20 que ele virou ícone da era digital. O arroba estava quase morto até o engenheiro elétrico norte-americano Ray Tomlinson inventar o e-mail, em 1971. Ele escolheu o símbolo para ser a liga dos endereços de e-mail.
As razões? Primeiro por ser um ícone que já existia nos teclados e não tinha nenhuma função para a maioria da população. Segundo, porque os norte-americanos chamam o sinal "at", abreviatura da expressão at the rate of (à medida que). At tem a função de lugar: onde, está. Traduzindo um endereço de e-mail, a escolha fica óbvia:
O usuário fulano de tal está no provedor X: fulanodetal@provedorX
Fonte: J.Zero Hora
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