A tão estudada "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci, ganhou nova análise. Uma pesquisa publicada na última edição da revista "Angewandte Chemie" usou, pela primeira vez, técnicas de espectrometria por raios-X fluorescentes para determinar como o pintor fazia a transição tão sutil entre as camadas de tinta.
O estudo do quadro e de outras obras de Da Vinci, feitas ao longo de 40 anos, mostrou que o renascentista conseguia dar pinceladas com menos de 40 micrômetros de espessura - o micrômetro é equivalente à milésima parte de um milímetro.
Da Vinci era um mestre da técnica conhecida como "sfumato" - a produção de gradações delicadas de tons ou cores pela tela, muito popular também entre outros pintores do Renascimento. Os analistas constataram que mesmo em frente às pinturas, é tudo tão bem feito, que não dá para perceber nenhuma pincelada, nenhuma impressão digital, todos os elementos estão fundidos perfeitamente.
Conforme o estudo, Da Vinci conseguiu resultados incríveis com o "sfumato". A passagem do escuro para uma tonalidade mais clara era usada para dar ideia de volume, ele conseguiu até a aguçar o tato. Parece que sentimos a espessura de seus tecidos, disseram.
Da Vinci definia a pintura como uma ciência. Seu ateliê era um verdadeiro laboratório. O "sfumato", o claro-escuro, não era só uma técnica, e sim, uma tecnologia. Além de elementos poéticos, há, ali, um estudo de ótica. Por isso não se consegue perceber nenhum rastro de pincel.
O estudo foi conduzido em salas do Museu do Louvre, em Paris, onde a "Mona Lisa" está exposta.
Sem dúvidas, Leonardo da Vinci foi um dos maiores gênios da pintura!!!
Fonte: Globo online
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