Cientistas da Universidade de Boston acabam de confirmar o que muitos já suspeitavam. A longevidade excepcional - na qual os idosos ultrapassam 110 anos - está ligada a determinadas características genéticas. No estudo, que avaliou o genoma de mais de mil idosos e foi publicado nesta quinta-feira pela revista "Science", a equipe de pesquisadores conseguiu determinar com 77% de acerto aqueles que viveriam mais.
Uma das características dos longevos é que eles costumam ter pouquíssimas doenças até os 95 anos. A combinação de certos genes ajudaria a afastar o risco de certas doenças, como a demência e a hipertensão, e estariam ligados a um envelhecimento saudável.
No levantamento, foi possível identificar as 150 variantes genéticas mais frequentes nos centenários. Os pesquisadores também conseguiram isolar 19 características genéticas ligadas a uma sobrevida ainda maior. Uma combinação específica, presente em 45% dos centenários do grupo, era o que favorecia uma vida longa e saudável.
Essas assinaturas são um grande avanço à genômica personalizada. No futuro, poderemos criar um método de análise que poderá ser útil para prevenir ou diagnosticar precocemente uma série de doenças, assim como criar usos mais personalizados de remédios.
Para os coordenadores do estudo, esta metodologia poderá ser aplicada a outros traços genéticos complexos, como os ligados aos males de Alzheimer, Parkinson, diabetes e doenças cardiovasculares. Segundo os estudiosos, a pesquisa descobriu também que a ausência de características genéticas associadas a doenças tinha menos impacto na saúde do que ter as características da longevidade.
"A previsão não é perfeita e, embora ela aumente nossa compreensão sobre as variações do genoma humano, sua limitação confirma que outros fatores, como o estilo de vida, também afetam a forma como envelhecemos", escreveram na "Science".
(Fonte: Globo online)
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