De acordo com um estudo do Banco Mundial, lançado ontem, o Brasil precisa melhorar a eficiência dos gastos em Educação. Segundo os dados, o gasto não está "produzindo os resultados esperados". Informes mais recentes, de 2009, mostram que o país investe hoje 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, patamar que, segundo o relatório, já é superior ao verificado nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econônmico (OCDE). A instituição apontou ainda quatro prioridades para a área na próxima década:
*Qualificação dos professores
*Fortalecimento da Educação Infantil
*Qualidade do Ensino Médio
*Eficiência no gasto público
O Brasil gasta mais do que o México, o Chile, a Índia e a Indonésia, que têm perfil demográfico semelhante. No entanto, investe, em média, seis vezes mais em um aluno do Ensino Superior que no estudante da Educação Básica. Na OCDE, a proporção é de dois para um. O estudo destaca ainda que as altas taxas de repetência permanecem, "apesar de pesquisas indicarem que a repetição é uma estratégia ineficaz para aumentar a aprendizagem".
O alto grau de corrupção e má-administração das verbas da Educação também são apontadas como razões para os baixos resultados alcançados em relação ao custo.
O estudo recomenda que o Brasil aproveite o período de transição demográfica que está vivendo para melhorar a qualidade do Ensino, já que o fenômeno terá um "impacto notável" sobre a população em idade escolar na próxima década. "A redução projetada, de 23% no número de estudantes de Ensino Fundamental, permitirá que níveis atuais de gastos finenciem uma grande melhoria escolar", diz o texto do Banco Mundial.
Fonte: J.Correio do Povo
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