Um setor que cresce mesmo em meio de uma crise. Esse é um dos resultados apontados pelo 6ºCenso da Reciclagem de PET no Brasil, divulgado na quarta-feira passada pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Mais de 400 empresas do setor, entre aplicadoras e recicladoras, foram ouvidas para mapear a situação do setor em 2009.
Um ano depois da crise financeira que atingiu o mundo todo, o índice de reciclagem de garrafas PET no Brasil permaneceu acima dos da Europa e dos Estados Unidos, fechando em 55,6%. Número que representa um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior.
Para a Abipet, responsável pela pesquisa, parte do crescimento e da fixação do setor se deve à grande diversidade de produtos fabricados a partir de PET reciclado.
É preciso coletar, reciclar e aplicar o resíduo em produtos de alta qualidade. Em um lado oposto, a pesquisa também revela que 44% das empresas entrevistadas garante ter alguma dificuldade para adquirir o PET. Esse dado reflete o grande gargalo do setor, os baixos índices de coleta seletiva nas cidades.
A bióloga e diretora do Instituto Venturi para Estudos Ambientais, reforça que o maior desafio é fazer com que a embalagem pós-consumo chegue a um local adequado para a reciclagem. Para ela, os números mostram a organização de um setor que cresce e gera renda.
Já sobre a relação dos índices de reciclagem de PET no Brasil em comparação com Europa e EUA, ela alerta:
Precisamos pensar no consumo em si. Na Europa, por exemplo, ainda se consome mais embalagens de vidro do que no Brasil, onde a PET é imensa maioria.
Na imagem: Obra de arte com garrafas PET recicladas, em um Shopping nos EUA.
Fonte: J. Zero Hora
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