Um estudo divulgado nesta quinta-feira e que envolveu cerca de 130 cientistas de seus países, coordenado pelo Instituto Alfred Wegener, da Alemanha, chegou à conclusão de que o gelo da região central do Ártico, mais antigo, diminuiu significantemente. Hoje a cobertura de gelo da região consiste principalmente de um gelo fino e novo, formado há cerca de um ano, o que pode prejudicar a região.
Os cientistas passaram 16 semanas medindo o gelo de 2,5 mil km da região com o uso de um equipamento chamado de EM Bird. O instrumento, em forma de torpedo, tem cerca de 4 m e usa indução eletromagnética para medir a profundidade e o tipo do gelo.
Uma região canadense e a ilha de Severnaya Zemlya, no norte da Sibéria, foram os únicos locais estudos nas quais o gelo velho tinha um tamanho significativo, com camadas entre 2 m e 5 m. Nas demais regiões estudadas, o gelo novo começou a tomar lugar, tendo uma profundidade média de 90 cm.
Em 2007, quando a extensão do mar de gelo diminuiu a um mínimo recorde 4,3 milhão de km², o mesmo instituto realizou um estudo similar. Os dados deste ano não mostram mudanças significativas, ou seja, o gelo que havia derretido até 2007 não foi recuperado. "Neste verão, (o gelo) parece ter derretido a exatamente o mesmo grau que em 2007. Sim, está fino como no ano recorde", diz Stefan Hendricks, um dos cientistas que participou da pesquisa, em comunicado do instituto.
O estudo indicou ainda a capacidade de a luz solar penetrar (e derreter) o gelo do ártico. Segundo os pesquisadores, o gelo novo permite que a luz o atravesse muito mais facilmente, ao contrário do gelo velho, que bloqueia mais o sol.
Fonte: Terra.com
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