segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Novo tesouro encontrado no fundo do Atlântico

Exploradores submarinos da Odyssey Marine Exploration anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de mais um tesouro submerso, que eles pretendem resgatar em breve do fundo do Atlântico Norte. Trata-se do navio Mantola, afundado na costa da Irlanda em 1917 por um torpedo alemão e que levava uma carga estimada em 20 toneladas de prata.
Este é o segundo anúncio do tipo em menos de um mês. Em 27 de setembro, a mesma empresa anunciou a descoberta dos destroços de um outro navio, o SS Gairsoppa, também afundado por um torpedo alemão, só que em 1941, com uma carga de 240 toneladas de prata - a maior já encontrada até agora. Na verdade, os dois tesouros estão a menos de 160 km de distância um do outro.
Identidade do navio foi confirmada por robô
O Mantola, um navio britânico, levava o equivalente em valores atuais a R$ 32 milhões. A Odyssey Marine Exploration informou que conseguiu verificar visualmente a identidade do navio por meio de um robô submarino no mês passado. A expedição foi contratada pelo Ministério do Transporte do Reino Unido, com o objetivo de recuperar o tesouro.
Nos últimos anos, vários governos vêm buscando cargas preciosas perdidas como uma forma de levantar dinheiro. A última geração de robôs submarinos, que aguentam a pressão das águas profundas, permite este tipo de exploração e abriu um novo mundo para a busca de tesouros submersos.
- Muitas novas e interessantes oportunidades estão se apresentando - afirmou o diretor-executivo da Odyssey, Greg Stemm.
Novas tecnologias em teste no fundo do mar
Esta foi a segunda descoberta feita pela Odyssey para o governo britânico. A primeira foi justamente do Gairsoppa. A ideia da Odyssey é resgatar os dois tesouros no início do ano que vem. Os dois navios eram da empresa de navegação britânica Indian Steam. O contrato prevê que a empresa fique com 80% da prata encontrada e o governo britânico com 20%.
Segundo Stemm, o resgate da prata do Mantola será uma "grande oportunidade para testar" novas tecnologias de resgate submarino.
O Mantola tinha menos de um ano de uso quando, em 4 de fevereiro de 1917, partiu de Londres em direção a Calcutá. Segundo a Odyssey, o navio levava 18 passageiros e 165 tripulantes, além de carga. O capitão era David James Chivas - sobrinho neto dos irmãos Chivas, conhecidos pelo uísque Chivas Regal.
Quatro dias depois de partir, o navio foi atingido por um torpedo disparado por um submarino alemão. 
De acordo com registros da época, quase todos os passageiros e a tripulação conseguiram se salvar. Mas o navio afundou. Fonte: O Globo.com

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