sábado, 22 de outubro de 2011

Satélites de navegação europeus são lançados na Guiana Francesa

O foguete russo Soyuz decolou da Guiana Francesa nesta sexta-feira levando os primeiros dois satélites do sistema europeu de posicionamento global, o Galileo.
A missão, muito aguardada, deve redesenhar a competição comercial no espaço. Quando estiver plenamente operacional ainda nesta década, o sistema Galileo tem como objetivo dar autonomia aos europeus em relação ao Sistema de Posicionamento Global (GPS) controlado pelo governo dos EUA.
O lançamento realizado da base espacial europeia na América do Sul foi o primeiro do Soyuz a partir de uma base fora do território da ex-União Soviética. O foguete viajou pela primeira vez em 1966 e tem suas raízes no período dos primeiros mísseis balísticos intercontinentais.
O foguete decolou às 7h30 (8h30, horário de Brasília) de uma base próximo de Kourou, na Guiana Francesa, na costa nordeste da América do Sul. De acordo com os planos, os satélites do Galileo se separariam do foguete quatro horas depois. Fortes chuvas não tiveram impacto na operação.
"Tudo correu bem", disse Jean-Yves Le Gall, presidente da empresa de lançamento de foguetes Arianespace, em comunicado após o lançamento.
A decolagem, conclusão de mais de uma década de planejamento, estava prevista para quinta-feira, mas foi adiada em 24 horas depois que um vazamento em uma válvula foi detectado no sistema de abastecimento de combustível.
O comissário da UE responsável pela política industrial e espacial, Antonio Tajani, disse que uma nova proposta seria anunciada nesta sexta-feira para seis ou oito satélites do grupo Galileo.
Ao invés de construir um novo foguete, a Europa decidiu erguer uma plataforma de lançamento de 467 milhões de dólares para o Soyuz na base da Guiana Francesa, de onde já lança seus foguetes da família Ariane.
A França cobriu mais de 80 por cento dos custos de construção e todos os 70 milhões de euros em custos adicionais.
Em troca, a Agência Espacial Estatal Russa (Roscomos) receberá dezenas de milhões de euros por cada foguete que for construído e enviado ao Centro Espacial Samara.
Fonte: Estadão.com 

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