quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Árvores doentes liberam mais metano

Árvores infestadas por besouros representam riscos maiores de incêndios, mas pode haver outra razão para removê-las das florestas ocidentais americanas. Pesquisadores da Universidade Yale disseram que algumas árvores doentes liberam metano em um nível que pode ser uma fonte significativa de armazenamento de gás estufa na atmosfera, de acordo com estudo publicado na Geophysical Research Letters.
Sessenta e três árvores examinadas na floresta Yale Myers, no nordeste do estado de Connecticut, continham concentrações de metano até 80.000 vezes mais altas que em níveis ambientais. As concentrações normais no ar são de 2 partes por milhão, mas os pesquisadotres descobriram níveis médios de 15.000 partes por milhão dentro das árvores.
“Estas são concentrações inflamáveis,” diz Kristofer Covey, principal autor do estudo. “Já que as condições que acreditamos serem as motivadoras deste processo são muito comuns nas florestas do mundo, acreditamos ter achado uma nova e significativa fonte deste potente gás estufa.” A taxa de emissão estimada teria um potencial de aquecimento equivalente a 18% do carbono sendo sequestrado pelas florestas, reduzindo seu benefício de sequestro de carbono em quase um quinto.
Se extrapolarmos estes dados para as florestas globalmente, o metano produzido em árvores representa 10% das emissões mundiais”, afirmou Xuhui Lee, co-autor do estudo e professor de metereologia da universidade. “Nós não sabíamos que este caminho existia.”
As árvores produzindo metano são mais velhas, de 80 a 100 anos, e estão doentes. Embora aparentemente saudáveis, elas estão se tornando ocas por uma infecção comum por fungos que lentamente come o tronco, criando condições favoráveis para microorganismos produtores de metano conhecidos como metanógenos.
O bordo vermelho, espécie abundante na América do Norte, tem as concentrações mais altas de metano, mas outras espécies comuns, como carvalhos, bétulas e pinheiros também são produtoras do gás. A taxa de emissão por metano foi 3,1% mais alta no verão, sugerindo que temperaturas mais altas podem levar a níveis crescentes de metano em florestas, o que por sua vez provoca concentrações ainda maiores, informa o Summit County Voice.
National Geographic

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