Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, divulgaram nesta quinta-feira dados que reforçam a hipótese de que haja gelo na cratera Shackleton, no polo sul da Lua. No entanto, a quantidade de gelo, estimada com base em informações da sonda Lunar Reconnaissence Orbiter (LRO), é menor do que os pesquisadores supunham.
A suspeita da existência de gelo na cratera havia sido divulgada em junho por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que também analisaram imagens feitas pela Lunar Reconnaissence Orbiter. À época, eles estimaram que suas paredes poderiam ser compostas por até 22% de gelo. Agora, com base nos dados do radar da sonda, cientistas da Nasa afirmam que o gelo em suas paredes não deve passar de 10%.
"Vários dos instrumentos da LRO fizeram contribuições para essa pesquisa, mas apenas o radar penetra abaixo da superfície para procurar evidências de depósitos de gelo", explica o cientista da Nasa John Keller. O radar pode sondar a presença de água até dois metros abaixo da superfície. "Estes resultados impressionantes contribuem ainda mais para a hipótese de haver água na Lua”, disse Keller.
As medições da Lunar Reconnaissence Orbiter foram feitas durante três observações entre dezembro de 2009 e junho de 2010, mas a análise dos dados só foi divulgada nesta semana.
CRATERA SHACKLETON Localizada nas proximidades do polo sul da Lua, a cratera Shackleton foi batizada em homenagem ao explorador da Antártida Ernest Shackleton (1874-1922). Ela tem 21 quilômetros de diâmetro e 4 quilômetros de profundidade. É considerada pela Nasa uma candidata a funcionar como base lunar no futuro, caso seja confirmada a presença de gelo.
Veja.com
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