A cobertura de gelo do Ártico atingiu a sua menor extensão desde o início do monitoramento por satélite, em 1979. O “recorde” foi batido na última segunda-feira (27), quando a extensão da calota polar caiu para 4,1 milhões de km², segundo o Centro Nacional de Pesquisas em Gelo e Neve (NSIDC) e a Agência Espacial Americana (Nasa).
Na semana passada, cientistas já haviam detectado outro recorde de degelo na região: a de menor área de cobertura de gelo, que caiu para 2,8 milhões de km².
A imagem abaixo, divulgada hoje pela Nasa, ilustra a dimensão do degelo no polo Norte. As áreas em branco e azul claro mostram a calota polar – áreas em branco indicam maior concentração de gelo. A linha amarela identifica a média da extensão mínima de gelo, mostrando o quanto a cobertura de gelo atual está menor que o normal.
Para piorar a situação, pesquisadores ainda esperam pelo menos mais vinte dias até a mudança de estação, o que indica que o gelo pode derreter ainda mais. O resultado é ruim também a longo prazo, já que a camada de gelo que se formará no inverno é mais fina do que a que foi derretida, o que pode tornar novos degelos extremos no verão ainda mais frequentes.
A previsão inicial para o desaparecimento total do gelo nos verões do Ártico era para o ano de 2050, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas que reúne cientistas do mundo inteiro. Mas cientistas de institutos internacionais estão revendo suas previsões. É o caso de Stroeve, que acredita numa longevidade de apenas mais vinte anos no máximo para o gelo no local. Além da absorção de mais calor pelo oceano, há o derretimento do permafrost (solo composto por terra, gelo e rochas congelados), que contém grandes quantidades de metano, um dos gases mais nocivos ao planeta, por agravar o efeito estufa. Tudo isso afeta a regulação da temperatura em todo o planeta, justificando o porquê do apelido de “refrigerador” da Terra, que foi dado ao local.
O recorde do degelo não foi o único evento extremo no Ártico neste verão (no hemisfério Norte). Em julho, dados mostraram que toda a Groenlândia estava derretendo, e um iceberg do tamanho de uma ilha se desprendeu da calota de gelo. Em junho, a concentração de carbono na atmosfera do polo Norte atingiu a marca de 440 partes por milhão, a maior já registrada.
A previsão inicial para o desaparecimento total do gelo nos verões do Ártico era para o ano de 2050, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas que reúne cientistas do mundo inteiro. Mas cientistas de institutos internacionais estão revendo suas previsões. É o caso de Stroeve, que acredita numa longevidade de apenas mais vinte anos no máximo para o gelo no local. Além da absorção de mais calor pelo oceano, há o derretimento do permafrost (solo composto por terra, gelo e rochas congelados), que contém grandes quantidades de metano, um dos gases mais nocivos ao planeta, por agravar o efeito estufa. Tudo isso afeta a regulação da temperatura em todo o planeta, justificando o porquê do apelido de “refrigerador” da Terra, que foi dado ao local.
O recorde do degelo não foi o único evento extremo no Ártico neste verão (no hemisfério Norte). Em julho, dados mostraram que toda a Groenlândia estava derretendo, e um iceberg do tamanho de uma ilha se desprendeu da calota de gelo. Em junho, a concentração de carbono na atmosfera do polo Norte atingiu a marca de 440 partes por milhão, a maior já registrada.
Embora pareça isolado do resto do mundo, o oceano que rodeia o Polo Norte afeta todo o planeta. As mudanças climáticas que lá estão mais evidentes podem, já a curto prazo, acentuar eventos climáticos extremos, como secas e chuvas fortes.
Época.com
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