Viajar para países de fusos horários muito diferentes é desgastante, mas tentar viver de acordo com o horário de um outro planeta pode ser ainda mais desafiador. Uma equipe de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital tentou descobrir como preparar o corpo de integrantes da NASA para trabalharem na missão Phoenix Mars Lander, que enviou a sonda Curiosity a Marte.
Mesmo sendo operada da Terra, a sonda precisa trabalhar em horário marciano, cujo dia tem cerca de 40 minutos a mais do que o terrestre. Apesar de parecer pouco, os efeitos dessa diferença são notáveis, pois prejudicam o ciclo biológico, criando dificuldades para dormir, acordar e trabalhar. Para diminuir essa espécie de jet-lag, os cientistas criaram um programa em que os 19 participantes tiveram que viver como se estivessem em Marte por 78 dias.
Eles controlavam o sono por meio de diários de sono e trabalho, actigrafia (método de monitoramento do ciclo circadiano) e testes de desempenho regulares. Um grupo de integrantes também recebeu caixas de luz portáteis de cor azul clara para colocar em seus locais de trabalho e, assim, adaptar-se melhor e aumentar sua performance no serviço.
Apesar das dificuldades para se encaixar no novo ritmo, o estudo, publicado no site do jornal científico SLEEP, mostrou que 87% dos membros do grupo conseguiram se adaptar ao horário marciano. Diante disso, os pesquisadores acreditam que o método pode ajudar em missões futuras ao espaço.
Exame.com
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