quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Cientistas criam aparelho que capaz de fazer "medicamentos flutuantes"

Não é magia, nem qualquer tipo de truque. Cientistas do Laboratório Nacional de Argonne, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, descobriram que é possível utilizar ondas sonoras para fazer gotas de diferentes tipos de soluções flutuarem, entre elas remédios líquidos. A demonstração da “levitação acústica” foi apresentada por um dos físicos do laboratório, localizado em Chicago, nos Estados Unidos, em vídeo.
        Por meio de dois pequenos alto-falantes que emitem uma frequência ligeiramente acima da faixa audível do ser humano (algo em torno de 22kHz), o aparelho é capaz de manter líquidos estáticos no ar.
        Na demonstração, o pesquisador utiliza, primeiramente, bolinhas de isopor para fazê-las flutuar. Depois, as substitui por diferentes medicamentos em estado líquido. Mas você deve estar se perguntando: por que essa descoberta afeta, diretamente, os produtos farmacêuticos? Embora a relação entre a levitação e o desenvolvimento de medicamentos pode não ser associada imediadamente, ela faz, sim, muito sentido.
        O estudo foi desenvolvido justamente com essa finalidade. Os cientistas acreditam que remédios flutuantes podem ser mais eficientes que os comprimidos cristalizados comuns. A nível molecular, as substâncias farmacêuticas estão divididas em duas estruturas: os sólidos amorfos e cristalinos. O método de levitação é usado para evaporar soluções sem que elas sejam cristalizadas ao longo do processo.
        Assim, o medicamento líquido pode ser transformado em sólido amorfo que, nesse estado, possui melhor capacidade de absorção para o corpo humano. Por ser altamente solúvel, absorveríamos melhor o medicamento em doses menores – reduzindo o tempo de tratamento e até de recuperação.
        Ainda é preciso realizar mais estudos para que os pesquisadores consigam transformar os sólidos amorfos em algo realmente ingerível pelos seres humanos. Mas, com esse avanço, os estudos devem continuar até que, quem sabe, surjam os primeiros medicamentos desse tipo no mercado.
Galileu.com 

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