Uma maior frequência de nevascas na Antártica devido à mudança climática não vai impedir um ritmo maior de derretimento na região, sugere um estudo realizado por cientistas do Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.
De acordo com a investigação, publicada nesta quarta-feira (12) na edição online da revista “Nature”, um conjunto de simulações físicas sobre a formação de neve na região mostrou que o degelo poderá ser até três vezes maior quando forem registradas nevascas adicionais no Polo Sul -- consequência de alterações no fluxo hidrológico da atmosfera que podem ocorrer devido à elevação da temperatura global.
De acordo com a investigação, publicada nesta quarta-feira (12) na edição online da revista “Nature”, um conjunto de simulações físicas sobre a formação de neve na região mostrou que o degelo poderá ser até três vezes maior quando forem registradas nevascas adicionais no Polo Sul -- consequência de alterações no fluxo hidrológico da atmosfera que podem ocorrer devido à elevação da temperatura global.
Segundo a principal autora do estudo, Ricarda Winkelmann, o aumento de gelo na região por conta das nevascas poderá variar entre 30% e 65%. No entanto, isso acontecerá concomitantemente a um maior ritmo de degelo na costa antártica.
estudo contraria teorias apresentadas anteriormente de que um possível aumento de neve impediria que o continente contribuísse para o aumento do nível do mar. Alguns modelos globais e regionais sugeriam a contribuição líquida da Antártica para a elevação do nível do mar seria negativa nos próximos cem anos.
No entanto, os resultados do novo estudo apontam ainda que a neve que se acumula sobre as plataformas flutuantes poderá exercer uma pressão maior para o desprendimento do gelo. Isso porque a superfície das calotas não aguentariam "um peso maior" sobre elas.
“Sabemos que as nevascas na Antártica não nos salvarão de um aumento do nível do mar (...) agora necessitamos entender com qual velocidade teremos que adaptar nossa infraestrutura costeira, mas isso depende de quanto CO2 seguiremos emitindo na atmosfera", disse a pesquisadora.
G1
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