O Curiosity, que está há quase quatro meses em Marte, encerrou a complexa análise química do solo do planeta vermelho e descobriu moléculas de água, enxofre e um composto formado por cloro e oxigênio (perclorato) nas amostras coletadas na duna de areia Rocknest. Segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o composto tem partículas de carbono, elemento orgânico da formação dos seres vivos, mas ainda não é possível afirmar se elas têm origem marciana ou se trata de uma contaminação que veio da Terra .
“Nós ainda não temos uma detecção definitiva de compostos orgânicos marcianos até esse momento, mas vamos continuar buscando esses elementos em outras regiões da cratera de Gale”, explica Paul Mahaffy, que lidera a equipe do SAM, laboratório de análises instalado dentro do Curiosity.
As cinco amostras foram coletadas entre outubro e novembro na duna de areia Rocknest, que fica na cratera Gale, e foram analisadas, também, pelo CheMin e o Mahli, laboratórios e equipamentos instalados dentro do jipe-robô.
O anúncio da complexa análise química do solo marciano, feito durante congresso da União Geofísica Americana, ficou abaixo das expectativas. John Grotzinger, chefe da missão Curiosity no no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), disse em entrevista na semana passada que os resultados obtidos pelo robô eram dignos “de entrar nos livros de história”, gerando especulações de que eles tinham detectado provas consistentes sobre a existência de vida fora da Terra.
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