Lembrando: O pico da chuva de meteoros Geminídeas é hoje, será fácil de ver e a Lua não vai atrapalhar a observação -
já que está na fase de Nova. "Astronomicamente, é uma excelente noite para
observar o céu", diz Marcelo Emílio Brüchmann, físico e técnico do laboratório
de astronomia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Segundo a Nasa e o site Space.com, esta será a melhor chuva de meteoros
do ano.
Segundo Brüchmann, para quem mora em grandes cidades, a chuva é "quase
frustrante". O problema é a poluição atmosférica e, principalmente, luminosa.
Contudo, quem estiver no interior, praia e zona rural pode aproveitar
mais.
Em condições ideais de observação (com céu limpo e nenhuma poluição, por
exemplo), pode-se ver até 120 meteoros por hora. Nas grandes cidades, somente os
mais intensos podem ser vistos.
Como observar
Por volta da 0h, quando a constelação de Gêmeos (que dá nome à chuva de
meteoros) fica visível acima do horizonte (aproximadamente na direção nordeste,
em todo o Brasil), já será possível ver os primeiros flashes. Para localizar
melhor essa região do céu, ela estará um pouco abaixo das "três Marias" (a
constelação de Órion). Outra referência é o planeta Júpiter, que será o astro
mais brilhante na região e estará à esquerda de Gêmeos.
Uma dica: para quem quiser ver melhor os meteoros cruzando o céu, o ideal é
tentar ficar na posição horizontal. Ao invés de sentar em uma cadeira, use uma
espreguiçadeira, por exemplo, ou deitar completamente. Binóculos e telescópios
não são necessários. Na verdade, eles nem ajudam devido à dificuldade de prever
o local onde o meteoro vai passar, já que diminuem o campo de visão.
O que causa a chuva de meteoros
A maior parte dessas chuvas é causada pelo rastro de um cometa. Quando um
desses objetos cruza o Sistema Solar, ele deixa uma grande quantidade de
detritos por onde passa. Todo ano, quando a Terra atravessa algum desses
rastros, os detritos queimam e brilham ao entrar na atmosfera, ou seja, viram
meteoros.
Contudo, nas Geminídeas a coisa não é tão simples. O "culpado" pela chuva é
um misterioso objeto chamado de 3200 Phaethon. Quando ele está mais próximo do
Sol (periélio), apresenta um aumento de brilho como um cometa. Contudo, a sua
órbita é característica de um asteroide. Segundo a Nasa, o debate para saber se
ele é um cometa ou asteroide é intenso e atualmente ele é considerado um "cometa
extinto" - ou seja, sobrou apenas o "esqueleto" rochoso após seu gelo derreter
por causa do calor do Sol.
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