Se você observar um ponto extremamente brilhante no céu ao longo dos próximos dias, não se surpreenda e nem considere que está a ponto de se encontrar com uma provável nave alienígena.
Você estará vendo Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.
Júpiter já está, há algum tempo, bem evidente no céu, mas, neste domingo (2/12) ficará ainda mais brilhante (com magnitude, unidade de brilho, -2,8).
Às 22h45 (horário de Brasília) do domingo o gigante do Sistema Solar atinge a oposição, situação em que um planeta exterior (além da órbita da Terra) tem sua observação mais facilitada.
Na oposição, Sol, Terra e Júpiter (nesta ordem) estarão alinhados.
Júpiter pode ser localizado no interior da constelação do Touro, conhecida por sua estrela (alfa) mais brilhante, Aldebaran, “o olho do Touro”.
Mas pelo menos 30 vezes mais brilhante que ela.
A oposição de Júpiter, com a intensificação de seu brilho, pode facilmente confundir as pessoas surpreendidas com sua luz (na realidade, com a luz que reflete do Sol a aproximadamente 780 milhões de quilômetros, pouco mais de cinco vezes a distância Terra/Sol).
Com suas medidas gigantescas, ao menos em comparação aos padrões da Terra, Júpiter é um grande espelho da luz solar, daí o brilho com que se mostra no céu.
Se fosse um mundo oco (na verdade, Júpiter é um mundo gasoso com um núcleo formado por rochas) em seu interior caberiam mais de mil Terras.
Com um diâmetro de 142,8 mil quilômetros (o diâmetro da Terra é de 12.400 quilômetros) Júpiter contém mais massa que todos os outros planetas juntos.
Ao contrário da Terra, que exibe uma única lua, Júpiter tem 63 satélites, entre eles quatro conhecidos por Galileanos, porque foram observados por Galileu com sua pequena luneta, entre 1609 e 1610.
Boa parte dessas luas, no entanto, são asteroides agarrados pela poderosa gravidade jupiteriana, ainda que as luas Galileanas (Io, Europa, Ganimedes e Callisto) tenham porte significativo.
Io, uma lua com intensa atividade vulcânica e a mais próxima do planeta (421.800 quilômetros), tem diâmetro de 3.643 quilômetros.
Europa, à distância de 671.100 quilômetros, tem diâmetro de 3.122 quilômetros
Ganimedes (1.070.400 quilômetros) exibe diâmetro de 5.262 quilômetros.
Callisto (1.882.700 quilômetros) mostra diâmetro de 4.841 quilômetros.
Com binóculo 7x50 e apoio em tripé ou outro suporte como um coluna, soleira de portas ou mesmo uma parede é possível distinguir as luas de Galileu como pequenos piolhos cósmicos,.
Mas, atenção, uma ou algumas delas podem estar ocultas atrás do planeta.
Apenas o brilho da Lua, ou eventual cobertura de nuvens, pode ofuscar um pouco a visão do gigante do Sistema Solar.
Um bom binóculo, ou melhor ainda, mesmo um pequeno telescópio, mostra também as manchas avermelhadas (num telescópio será tudo branco) do equador jupiteriano.
Scientific American
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