A DONA ABSOLUTA E TODO-PODEROSA DO COMÉRCIO MUNDIAL
Desculpem o trocadilho, mas a história da China parece uma verdadeira montanha russa. A China milenar inventou a pólvora, a bússola, a tipografia, o papel e a seda. A rota da seda de Marco Polo enriqueceu os mercadores de Veneza no século XIII. No periodo em que vigorou a dinastia Ming,a China teve a sua idade de ouro: a mais poderosa frota de na...vios do mundo, grande prosperidade econômica e um extraordinário desenvolvimento da arte e da cultura. A partir do século XV, no entanto, ciosa de sua riqueza e de seu poder, a China se fechou. Construiu sua fantástica muralha de mais de 6 mil km, associou um sentimento triunfalista nacional a uma cultura de tirania e mesquinhez política. A China do mandarinato se isolou do mundo. Tornou-se um país autorreferente, centrado em si mesmo, inacessível aos outros povos. E definhou. Em sua economia e em sua cultura. Desconectou-se por 500 anos do novo dinamismo do Ocidente. Como acontece com os povos que se fecham, a China empobreceu. A China do século XIX e da primeira parte do século XX foi uma China andrajosa, explorada, maltratada, espezinhada por outros povos. A Guerra do Ópio, que a Inglaterra lhe impôs, o domínio das grandes potências, a invasão japonesa e o massacre de 1938, o fracasso do comunismo como projeto econômico, a grande fome da década de 80: quando eu era menino, o mundo tinha pena da China. Pena de sua pobreza, de sua miséria, de seu isolamento. Para a minha geração, a China era um caso perdido de miséria eterna. O mundo havia desistido da China. Isso até o surgimento de Deng XiaoPing. Deng Xiao Ping fez a China tirar os pés do barro, a partir dos anos 80, e simplesmente fez o mundo virar de cabeça pra baixo. Nesta semana, a China divulga um fato espetacular: a China já é a grande e absoluta dona todo-poderosa do comércio mundial. Ultrapassou em 2009 a Alemanha e agora, no recém-findado ano de 2013, ultrapassou os EUA. A China movimenta 4 trilhões de dólares em bens e mercadorias que transitam pelo planeta. A pena que tínhamos da velha China transformou-se em admiração e - quem sabe - temor.
Desculpem o trocadilho, mas a história da China parece uma verdadeira montanha russa. A China milenar inventou a pólvora, a bússola, a tipografia, o papel e a seda. A rota da seda de Marco Polo enriqueceu os mercadores de Veneza no século XIII. No periodo em que vigorou a dinastia Ming,a China teve a sua idade de ouro: a mais poderosa frota de na...vios do mundo, grande prosperidade econômica e um extraordinário desenvolvimento da arte e da cultura. A partir do século XV, no entanto, ciosa de sua riqueza e de seu poder, a China se fechou. Construiu sua fantástica muralha de mais de 6 mil km, associou um sentimento triunfalista nacional a uma cultura de tirania e mesquinhez política. A China do mandarinato se isolou do mundo. Tornou-se um país autorreferente, centrado em si mesmo, inacessível aos outros povos. E definhou. Em sua economia e em sua cultura. Desconectou-se por 500 anos do novo dinamismo do Ocidente. Como acontece com os povos que se fecham, a China empobreceu. A China do século XIX e da primeira parte do século XX foi uma China andrajosa, explorada, maltratada, espezinhada por outros povos. A Guerra do Ópio, que a Inglaterra lhe impôs, o domínio das grandes potências, a invasão japonesa e o massacre de 1938, o fracasso do comunismo como projeto econômico, a grande fome da década de 80: quando eu era menino, o mundo tinha pena da China. Pena de sua pobreza, de sua miséria, de seu isolamento. Para a minha geração, a China era um caso perdido de miséria eterna. O mundo havia desistido da China. Isso até o surgimento de Deng XiaoPing. Deng Xiao Ping fez a China tirar os pés do barro, a partir dos anos 80, e simplesmente fez o mundo virar de cabeça pra baixo. Nesta semana, a China divulga um fato espetacular: a China já é a grande e absoluta dona todo-poderosa do comércio mundial. Ultrapassou em 2009 a Alemanha e agora, no recém-findado ano de 2013, ultrapassou os EUA. A China movimenta 4 trilhões de dólares em bens e mercadorias que transitam pelo planeta. A pena que tínhamos da velha China transformou-se em admiração e - quem sabe - temor.
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