sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Mundo pode perder um Brasil em área por degradação até 2050

Um campo de soja é visto em terras desmatadas em 9 de Junho de 2012 em Estado do Pará, Brasil

Uma área de 849 milhões de hectares de terras – quase o tamanho do Brasil – pode ser perdida no mundo, até 2050, se as tendências atuais de uso insustentável do solo continuarem. É o que alerta um relatório do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma), divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
A necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo.
Mas a um custo insustentável. Atualmente, a degradação e perda de biodiversidade já atingem 23% dos solos globais.
Entre 1961 e 2007, as terras cultiváveis foram expandidas em 11%, índice que continua a crescer. No atual ritmo, as terras cultiváveis deverão ocupar de 120 a 500 milhões de hectares dentro de quatro décadas.
O relatório sublinha a necessidade e as opções para equilibrar o consumo com uma produção de menor impacto no meio ambiente.
"Reconhecendo que a terra é um recurso finito, precisamos nos tornar mais eficientes na forma como produzimos, fornecemos e consumimos nossos produtos. Devemos ser capazes de definir e respeitar os limites dentro dos quais o mundo pode operar com segurança", afirma o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do Pnuma, Achim Steiner.
Mudança de rota
O Pnuma afirma que pelo menos 319 milhões de hectares podem ser preservados até 2050, se algumas medidas foram seguidas.
Na lista entram o investimentos na recuperação de solos degradados, melhoria nas técnicas de manejo e planejamento do uso da terra para minimizar a expansão, redução da perda e do desperdício de alimentos e redução os subsídios voltados a plantações para produção de combustíveis.
O relatório "Assessing Global Land Use: Balancing Consumption with Sustainable Supply" foi produzido pelo International Resource Panel (IRP) com a participação de 27 cientistas, 33 representantes de governos e outros grupos.
Exame.com

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