GPS - Concorrência pacífica

Não vai demorar para que os EUA deixem de dominar uma área na qual reinam absolutos até agora. Desenvolvidos para fins militares, o GPS (sigla em inglês, para Sistema Global de posicionamento) conquistou o mundo e hoje é largamente usado para localização de ruas e estradas, espalhando-se pelas telas de aparelhos portáteis, celulares e até mesmo relógios.

Pelo menos três novos sistemas devem competir com o americano. O mais próximo de operar é o "Glonass", criado na Rússia. O sistema já tem 21 satélites em órbita, mas outros três devem estar funcionando até o final do ano. Uma pequena constelação destas máquinas é essencial para que o sinal mandado de um aparelho na Terra possa voltar do espaço com as coordenadas corretas.

A intenção da Roscosmos, a Agência Espacial Russa, é disponibilizar gratuitamente mesmo a resolução mais precisa - nos EUA, ela é exclusiva das Forças Armadas. "O "Glonass" poderá detectar até a dilatação de um prédio ou de uma ponte", segundo foi apurado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), presente no lançamento.

Já a União Européia conta com o pagamento dos usuários para tornal rentável seu sistema, batizado de "Galileo", ele deve entrar em funcionamento até 2014. Sua resolução mais baixa, que pode ter uma margem de erro de até 10m - como o GPS -, será gratuita. A precisão maior na escala de decímetros, deverá ser cobrada.

O sistema americano pode parar de funcionar e mesmo assim eles não precisam dar satisfações. Como o "Galileo" será puramente comercial, poderá dar mais garantias ao consumidor.

A China também está investindo em sua própria tecnologia. Batizada de "Compass" (bússola em inglês), ela só tem 2 satélites em órbita mas promete contar com 35 antes de 2015, Os chineses, contudo,mantêm uma colaboração com os europeus no desenvolvimento do "Galileo" em paralelo.

Receptores que recebem tanto o sinal russo como o americano, já estão no mercado.

O Brasil tem interesse especial nas novas tecnologias, pois sofre com o fenômeno chamado de "bolha ionosférica", provocando imperfeições no campo magnético da Terra. Nessas áreas, o GPS fica sem sinal.

(Isto É Independente)