A Usina de Belo Monte preocupa agricultores, ribeirinhos, pescadores e índios, principalmente, porque desconhecem seus reais impactos nas comunidades. Projetada para ser a maior Usina hidrelétrica brasileira (Itaipu é binacional), ficará situada no mais extenso município do país e com o mais caro orçamento do setor elétrico.
O complexo da usina, cujo leilão está previsto para o dia 20, situa-se num trecho onde o rio Xingu faz uma curva acentuada, cercado ora por floresta densa, ora por propriedades rurais. As cercas de 2,8 mil pessoas que habitam na área temem perder o meio de vida com que se acostumaram nas últimas décadas, ao sabor dos regimes de cheias e vazantes do rio.
São cerca de 150 km onde haverá dois tipos de impacto: Rio abaixo, um reservatório de 516 km² de água vai se formar, inundando parte de Altamira, a cidade-polo da região, e núcleos rurais. Rio acima, 40 km² de distância daí, depois da maior das três represas a serem construídas, a vazão do rio vai reduzir. Nessa região, chamada de Volta Grande, o leito pedregoso e acidentado do Xingu, que só emerge no período de seca, ficará exposto permanentemente.
Apesar da garantia dada pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) de que, nesta área, a vazão não será nunca inferior ao volume de água medido no período de seca, os moradores temem que a realidade seja bem pior. As 20 famílias indígenas que vivem na aldeia Arara da Volta Grande, a mais distante de Altamira, acredita que a redução da vazão do rio irá isolá-los de vez do resto do país.
Hoje, Movimentos e organizações de causas ecológicas contrários à construção, entregaram documento contra "Belo Monte", ao Ministro de Minas e Energia, em Brasília.
O diretor de "Avatar", James Cameron, subiu ao palanque e participou da manifestação contra a construção da usina.
(Globo online)
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