Os Celtas - Parte I
O musical irlandês "Celtic Legends" mostrou pela primeira vez aos brasileiros, com apresentações em várias capitais, o encantamento das lendas, danças e músicas celtas. Criado em 2002, nas selvagens colinas de Connemara, na Irlanda, o Celtic Legends tem viajado pelo mundo, onde já se apresentou nos palcos de mais de 20 países!
O musical irlandês "Celtic Legends" mostrou pela primeira vez aos brasileiros, com apresentações em várias capitais, o encantamento das lendas, danças e músicas celtas. Criado em 2002, nas selvagens colinas de Connemara, na Irlanda, o Celtic Legends tem viajado pelo mundo, onde já se apresentou nos palcos de mais de 20 países!
Minha curiosidade em torno dos Celtas, não é de agora, mas este musical me instigou mais uma vez para as tradições deste povo, que durante cerca de 500 anos, foram figuras dominantes na Europa, mercê de uma atitude que conjugava conquista com sobriedade. Mesmo com todas as adversidades, e o contínuo movimento do tempo, eles nunca foram esquecidos pelos historiadores modernos.
Vários séculos após o seu desaparecimento enquanto sociedade estruturada, os Celtas continuam a ocupar o nosso cotidiano e, mais curioso ainda, a fazer parte do imaginário de muitas pessoas. A ambiência céltica, composta por lendas onde o amor e a magia se conjugam, assim como a visão da importância de comunhão una com a natureza, são algumas das razões que levam, ainda hoje, a uma presença constante do elemento céltico em livros, na televisão e, para alguns, mesmo nos hábitos diários.
E afinal, quem era esse povo? Ao contrário dos seus congêneres do Império Romano, o povo Celta não tinha por hábito relatar sua história. Tudo que se sabe vem dos estudos arqueológicos.
Seu início histórico tem lugar, aproximadamente, entre os anos 1500 e 700 a.C., contemporâneos mais ou menos diretos, de um grupo de povos indo-europeus que, a partir do norte e centro europeu, vieram posteriormente a ter grande importância histórica, como os germânicos, os armênios ou mesmo os eslavos e os gregos. E foi através da Grécia Antiga, que vieram os relatos escritos sobre os Celtas, em torno do ano 500 antes da nossa era.
Não existe uma raça céltica, nunca existiu um império céltico à maneira dos romanos: o que une os Celtas é a comunidade de língua, de religião, e de estruturas sócio-culturais. Não eram inicialmente, senão uma pequena elite guerreira e intelectual que submergiu, num dado momento, aos povos que habitavam a parte ocidental da Europa. Esta elite celtizou as populações aborígenes e arrastou-as para sua esfera política, cultural e religiosa. Nasceram, assim, as civilizações célticas ou conforme os europeus, as Nações Célticas. A localização exata de onde eles teriam vivido e prosperado vem sendo objeto de estudos e discussão desde meados do século passado, mas seria mais comumente no noroeste da França e em partes da Escócia e Irlanda.
As nações que são incluídas entre as nações célticas são: Bretanha, Cornualha, Irlanda, Ilha de Man, Escócia e Gales. pelo menos, são as oficialmente reconhecidas pela Liga Céltica, fundada em 1961 e que cuida da herança da cultura daquela civilização.
Certo é que os Celtas a quem chamavam de Keltai - termo do Império Romano, e, que tinha por sinônimo "os audazes" - constituíam uma sociedade bem mais complexa do que se imaginava.
Uma curiosidade: os Celtas tnham nos druidas uma casta particular, constituída por jovens escolhidos, que recebiam formação diretamente dos anciãos. Não sendo celibatários e podendo pssuir bens terrenos, os druidas praticavam uma mescla de adivinhação, análise astrológica e medicina baseada nas ervas. O seu calendário lunar iniciava-se em 1 de novembro. Acreditavam na importância da Terra-mãe e na força solar, sendo que as suas cerimônias praticavam-se, sobretudo, ao ar livre, em bosques, junto a lagos e rios.
Na foto acima, a "Cruz Celta ou céltica" que combina a cruz com um anel que lhe faz inserção por trás. É um símbolo que caracteriza os Celtas e suas origens. São anteriores ao Cristianismo!!!
Parte II - Os druidas e o misterioso Merlin
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(Revista Leituras da História)
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