Em um mapa da entidade "Repórteres sem Fronteiras" sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010, dividindo 175 países em um espectro de cores que vai do branco (bom) a negro (muito grave), o Brasil aparece coberto de laranja claro (com problemas sensíveis). O desenho foi exibido hoje pelo presidente emérito do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, no seminário "Liberdade de Expressão", na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e mostra que, se o país não chega ao laranja escuro (difícil) de Venezuela e Equador e está bem distante do preto da Arábia Saudita, está longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.
"Aqui são praticadas algumas formas veladas de censura e outras explícitas, com base em interpretações equivocadas da lei", disse ele, em sua palestra sobre "O Cerceamento às liberdades de expressão - visão histórica da evolução dos abusos pelo mundo", no evento promovido no Dia da Liberdade de Imprensa.
Criticou, também, as propostas de "controle social" da mídia, levantada por representantes de partidos de esquerda e movimentos sociais, denunciando-as como tentativas de controlar a imprensa não pela sociedade, mas pelo Estado. "A sociedade tem cada vez mais poder de fiscalizar e de usar as novas tecnologias para exigir qualidade, isenção e para produzir seus conteúdos".
Ainda, segundo ele, mesmo no campo de segurança física para jornalistas, a situação do Brasil não é a ideal. Até 2009, o país era um dos 14 piores locais para a imprensa trabalhar sob esse ponto de vista, de acordo com a organização "Comitê para a Proteção de Jornalistas".
Fonte: Estadão online
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