Voltando ao Brasil, "Corpos - A Exposição". Da primeira vez mais de 670 mil pessoas foram conhecer o instigante método de preservação e dissecação do professor de anatomia americano, Roy Glover, lotando a mostra - "Corpo Humano real e fascinante".
As mostras do Doutor Glover são o equivalente contemporâneo e ascético das dissecações públicas que eram feitas no Renascimento. Sem odores, fluidos, cortes ou instrumentos, pode-se ver cadáveres e órgãos plastificados. Apesar de estáticos, os corpos são posicionados de forma a dar a ideia de movimento e os rostos têm expressões. A única coisa que não é humana são os olhos, subbstituidas por esferas de vidro. Olhos de verdade não podem ser preservados e apresentar os corpos com órbitas vazias seria mórbido, segundo ele.
Outro recurso para tornar a experiência mais palatável é a pintura. Ele explica que corpos esvaziados de fluidos (primeira etapa do processo de preservação) ficam cinza.
Sem sangue, o corpo fica cinzento. pintar é um tipo de maquiagem que também tem a função didática de diferenciar músculos, tendões e ossos, por exemplo.
É nas faculdades de medicina da China que os corpos são preservados, dissecados e preparados. Depois das mostras, serão devolvidos para às escolas de medicina onde serão cremados, completa o doutor Glover, admitindo que a exibição dos corpos gera controvérsia, mas ele alega que "Ver é saber".
Vi a exposição, quando esteve aqui a primeira vez. Realmente é "inexplicável, real e fascinante"!
Fonte: Globo online
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