O arqueiro medieval, Robin Hood, defendeu a monarquia parlamentar, o estado de direito e o império da lei contra a tirania, no século XII. A lenda, das aventuras do salteador que roubava dos ricos para dar aos pobres, está sendo narrada nesta nova versão de Ridley Scott, com Russell Crowe e Cate Blanchett, numa abordagem supostamente histórica. Seu filme retrata a formação do personagem.
Ele disse que a fidelidade aos fatos o levou a formular uma versão realista para corrigir erros das anteriores que romantizavam o herói. O resultado, apesar de visualmente deslumbrante, é uma duvidosa transposição retroativa de ideias atuais para o ambiente feudal - nada acolhedor à propostas democráticas.
O novo Robin é um nobre. Luta nas Cruzadas, testemunha a morte do rei Ricardo Coração de Leão e volta à terra natal com a convicção de que é preciso reformar a monarquia. É assim que ele vai parar em Nottingham...O Robin de Scott é um visionário. Seis séculos antes das revoluções Americana e Francesa, eis um democrata genuíno, capaz de defender a livre-iniciativa e o corte dos impostos - nem que, para isso, tenha de fundar o primeiro paraíso fiscal da história: a floresta de Sherwood!
O conto folclórico é ambientado 20 anos antes da promulgação da Carta Magna, que vetou o absolutismo. Os primeiros textos sobre Robin Hood surgiram no século XIII. Não há prova de que tenha existido. O mito sintetiza a insatisfação dos camponeses de 800 anos atrás.
O diretor inglês que gosta de fazer pesquisa histórica para seus filmes acredita que Robin Hood existiu de fato!
O filme estreia mundialmente nesta semana e a première abre hoje, o 63º Festival de Cannes, mas não concorre a nenhum prêmio!!!
Fonte: Revista Época
Nenhum comentário:
Postar um comentário