A Groenlândia, a maior ilha gelada do mundo, continua mostrando que o derretimento no Polo Norte está acelerado. Segundo o acompanhamento da NOAA, agência de atmosfera e oceanos dos EUA, o derretimento deste ano continua acima da média considerada histórica. Só não bateu o recorde do verão de 2010. O mapa acima, feito a partir de imagens de satélites, mostra onde a taxa de fusão do gelo foi superior (em laranja) ou inferior (em azul) à média. Isso já está mudando o mapa da região. As áreas em branco não tiveram variações relevantes. A média é calculada no período entre 1979 e 2010. Já é uma taxa acima do normal porque esse período já tinha derretimento expressivo do gelo polar.
Dependendo de como se mede, o verão deste ano foi o terceiro ou o sexto com maior área derretida, desde que as medições com satélite começaram em 1979. Em algumas áreas da Groenlândia, o período de derretimento durou 30 dias a mais do que o normal.
O derretimento da Groenlândia tem pelo menos três consequências para o resto do planeta. A primeira é que a perda de gelo eleva o nível do mar. A segunda é a redução na área branca, que reflete a luz do sol que bate na Terra. Com mais área de rocha exposta, a Terra absorve mais calor e aquece mais rápido. E o Hemisfério Norte virou o maior aquecedor da Terra. A terceira consequência é que o aumento no fluxo de água doce para o Atlântico Norte muda a mistura de salinidade, provocando alterações nas correntes marinhas, que ajudam a regular o clima no resto do mundo.
Fonte: Época.com
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