É difícil dar uma dimensão exata do que está acontecendo em um prazo mais amplo. A comparação acima, feita por pesquisadores da Universidade do Ilinois, nos EUA, é bastante direta. A imagem da esquerda mostra a Terra vista pelo Polo Norte em 15 de setembro de 1980. A da direita mostra o mesmo ângulo em 15 de setembro de 2007.
Setembro é quando o Ártico está no auge da temporada de derretimento graças ao verão do hemisfério norte. Em 2007, o Ártico chegou a menor extensão de gelo já registrada. Desde então, não se recuperou. Os últimos 4 anos também foram de pouco gelo, embora sem bater o recorde de 2007. Este ano chegou perto. Ou até bateu o recorde, dependendo de quem mede. O Ártico perdeu 40% de sua superfície branca desde que as medições começaram em 1979.
Segundo os cientistas, a superfície congelada que desapareceu é equivalente a 44% dos Estados Unidos ou 71% da Europa (sem a Rússia). Entre as consequências imediatas dessa nova geografia, o clima do Hemisfério Norte mudou. A área de oceano livre exposta agora muda os padrões de perda de calor e de evaporação em toda a região. Um estudo recente feito pela pesquisadora Jennifer Francis, da Universidade Rutgers, dos Estados Unidos mostra como o derretimento do Ártico está mudando os padrões de circulação de ar na região. Isso pode aumentar a incidência de eventos anormais no Hemisfério Norte, incluindo secas, ondas de calor e – paradoxalmente – nevascas extraordinárias e até algumas ondas de frio bizarras.
Época.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário