No Brasil, 80% das línguas faladas na época da chegada dos europeus já desapareceram, mas em 2012 o governo federal vai destinar orçamento para projetos de documentação de idiomas indígenas.
A decisão foi tomada depois da publicação da última edição do Atlas de línguas do mundo em perigo, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). De acordo com o atlas, o Brasil ocupa o terceiro lugar na lista de dez países com maior número de línguas em risco de desaparecimento.
Segundo o antropólogo José Carlos Levinho, do Museu do Índio, com sede no Rio de Janeiro, no país há 40 línguas faladas por menos de 300 habitantes, todas ameaçadas de desaparecer nas próximas décadas. O desafio para os especialistas do Museu do Índio agora é continuar o trabalho de documentação de um grupo de 13 línguas e 22 culturas. O projeto já está em andamento e inclui a produção de gramética básica, dicionário e material didático, além de filmes e áudios que registrem a vida desses povos. O material será publicado na internet e oferecido aos índios.
Fonte: História Viva
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