A ONG internacional Greenpeace criticou duramente a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17) - realizada nas últimas duas semanas em Durban -, descreveu-a como uma 'fracasso' e afirmou que os governos participantes 'deveriam se sentir envergonhados'.
'As negociações de Durban acabaram da mesma forma como começaram: em fracasso', diz um comunicado divulgado no site da entidade. 'Os governos preferiram ouvir os poluidores ao povo'.
O Greenpeace acusa os líderes que participaram da Conferência de terem fracassado no reforço de medidas anteriores de proteção do clima e se manterem 'à margem de novas normas globais para lutar contra a mudança climática'.
'Nos perguntamos como (os líderes) poderão continuar olhando nos olhos de seus filhos e netos quando voltarem para casa', ressalta a organização.
O Greenpeace lembra ainda que, na conferência de dois anos atrás, realizada em Copenhague, os políticos prometeram um fundo de US$ 100 bilhões para ajudar os países mais pobres a enfrentar a mudança climática, mas critica a falta de ação sobre a proposta.
'Vieram a Durban dois anos depois apenas planejando desenhar uma maneira para recolher e distribuir o dinheiro. E acaba que nem sequer conseguiram fazer isso', acrescenta a nota.
Apesar do pacto obtido na COP-17 para prorrogar o Protocolo de Kyoto - único acordo de caráter legalmente vinculante contra a mudança climática -, o Greenpeace alega que houve poucos avanços na cúpula.
A organização menciona Estados Unidos, União Europeia, China e Índia como obstáculos para um acordo com nações menos desenvolvidas. 'Nos decepcionaram e seu fracasso será medido com a vida dos pobres, os mais vulneráveis e menos responsáveis pela crise da mudança climática'.
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