No xadrez político do Oriente Médio, quem mais ganha com a volta para casa das tropas americanas é o Irã. Sem mexer um dedo, o regime dos aiatolás alcançou nesses anos de ocupação o que não conseguiu em oito anos de guerra com Saddam Hussein, entre 1980 e 1988: a hegemonia política da região.
O desmantelamento do Estado iraquiano - e a ausência de um exército forte - tira do caminho aquele que foi seu maior rival, à exceção de israel, no Oriente Médio. Um governo xiita no Iraque, ainda que fantoche americano, representa mais do que uma pequena vantagem para os aiatolás ( também xiitas). Pode significar sua sobrevivência.
Ainda que não esteja em condições de impor sua vontade, o presidente iraniano está mais próximo do que nunca de esticar seus tentáculos até o Mediterrâneo - aumentando a influência na Síria e no Líbano.
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