Os milhões de espectadores que acompanharam o clássico futebolístico entre Chelsea e Barcelona, realizado em Londres na quarta-feira da semana passada, foram pegos de surpresa com a intensidade da chuva que atingiu o gramado do estádio Stamford Bridge no segundo tempo da partida. Enquanto a bola rolava, boa parte dos meteorologistas ingleses acompanhava as medições de pluviômetros espalhados pelo país e nutriam a esperança de que um quadro terrível, desenhado pelos climatologistas desde o ano passado, pudesse ser revertido de alguma maneira. Em vão.
“Mesmo com a ajuda da chuva que caiu nos últimos dias, temos a obrigação de pedir a todos os cidadãos que usem a água com sabedoria.” O apelo, feito horas depois em um comunicado oficial, partiu de Trevor Bishop, chefe do departamento de água da agência ambiental inglesa. “O quadro mais provável mostra que enfrentaremos uma seca de longa duração, que deve continuar até o Natal”, prosseguiu Bishop. Até a semana passada, dois terços da Inglaterra já sofriam com a estiagem (leia quadro à direita). No sul do país, municípios passaram a banir o uso de mangueiras em um esforço para reduzir o desperdício.
“Mesmo com a ajuda da chuva que caiu nos últimos dias, temos a obrigação de pedir a todos os cidadãos que usem a água com sabedoria.” O apelo, feito horas depois em um comunicado oficial, partiu de Trevor Bishop, chefe do departamento de água da agência ambiental inglesa. “O quadro mais provável mostra que enfrentaremos uma seca de longa duração, que deve continuar até o Natal”, prosseguiu Bishop. Até a semana passada, dois terços da Inglaterra já sofriam com a estiagem (leia quadro à direita). No sul do país, municípios passaram a banir o uso de mangueiras em um esforço para reduzir o desperdício.
Segundo os meteorologistas, a tragédia anunciada é o ápice de um fenômeno que começou no inverno de 2010 e se repetiu nos dois anos seguintes. Graças, em parte, à influência nefasta das mudanças climáticas, a quantidade de água que caiu sobre o país foi insuficiente para reabastecer rios e mananciais. Com a chegada da primavera e o aumento das temperaturas, o estrago veio à tona na imagem de reservatórios quase secos e cursos d’água cada vez mais ralos.
O impacto ambiental da estiagem já é sentido em várias regiões. Peixes, anfíbios e pássaros são os primeiros a sofrer as consequências. Por sua vez, agricultores convivem com a perspectiva de colheitas quase nulas e investem em poços artesianos – uma estratégia que pode sair pela culatra, já que eles captam a água dos mesmos lençóis freáticos que alimentam rios e lagos.
De qualquer forma, o esforço coletivo é a única estratégia para tentar evitar a repetição da grande seca do verão de 1976, quando o racionamento de água foi instituído em toda a Inglaterra. Ainda vivas na memória coletiva, as imagens de donas de casa na fila para encher baldes em torneiras comunitárias voltaram ao noticiário inglês com força nas últimas semanas. Um lembrete de que o pior ainda pode estar por vir.
Isto É.com
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