sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Frase


Nasa lança satélites para proteger a Terra das radiações do Sol

Conforme já foi anunciado, a agência espacial norte-americana, Nasa, lançou na madrugada de desta quinta-feira (30) um foguete do Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos, com dois satélites para monitorar a órbita da Terra. Os satélites vão analisar o cinturão de radiação que cerca o planeta. Cada satélite contém uma capa de alumínio para protegê-los dos raios cósmicos. Os satélites percorrerão a órbita em volta da Terra, de forma enfileirada.
É a segunda missão da Nasa denominada Living With Star (LWS), cuja a tradução livre para o português é Vivendo com a Estrela. A finalidade é analisar os aspectos do sistema do Sol com a Terra que afetam a vida e a sociedade no planeta. Os detalhes estão no site da Nasa.
O chefe da missão na Nasa, John Grunsfeld, disse que a expectativa é que os satélites ajudem na criação de planos para proteger a Terra de tempestades solares, explosões no Sol que liberam uma grande carga de partículas e interferem no funcionamento de satélites, meios de comunicação e colocam astronautas em perigo durante viagens no espaço.
"As informações coletadas por essas sondas beneficiarão o público, pois permitirão melhor proteção dos satélites e ajudarão a entender como o clima espacial afeta as comunicações e a tecnologia na Terra", disse Grunsfeld.
O cientista Barry Mauk, da Universidade Johns Hopkins Laboratório de Física (APL), ressaltou que os satélites da missão são de alta precisão e abrangência. Segundo ele, será possível prever os níveis de radiação, por exemplo.
National Geographic

Sonda colhe novos indícios da existência de gelo na Lua

Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, divulgaram nesta quinta-feira dados que reforçam a hipótese de que haja gelo na cratera Shackleton, no polo sul da Lua. No entanto, a quantidade de gelo, estimada com base em informações da sonda Lunar Reconnaissence Orbiter (LRO), é menor do que os pesquisadores supunham.
A suspeita da existência de gelo na cratera havia sido divulgada em junho por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que também analisaram imagens feitas pela Lunar Reconnaissence Orbiter. À época, eles estimaram que suas paredes poderiam ser compostas por até 22% de gelo. Agora, com base nos dados do radar da sonda, cientistas da Nasa afirmam que o gelo em suas paredes não deve passar de 10%.
"Vários dos instrumentos da LRO fizeram contribuições para essa pesquisa, mas apenas o radar penetra abaixo da superfície para procurar evidências de depósitos de gelo", explica o cientista da Nasa John Keller. O radar pode sondar a presença de água até dois metros abaixo da superfície. "Estes resultados impressionantes contribuem ainda mais para a hipótese de haver água na Lua”, disse Keller.
As medições da Lunar Reconnaissence Orbiter foram feitas durante três observações entre dezembro de 2009 e junho de 2010, mas a análise dos dados só foi divulgada nesta semana.
CRATERA SHACKLETON Localizada nas proximidades do polo sul da Lua, a cratera Shackleton foi batizada em homenagem ao explorador da Antártida Ernest Shackleton (1874-1922). Ela tem 21 quilômetros de diâmetro e 4 quilômetros de profundidade. É considerada pela Nasa uma candidata a funcionar como base lunar no futuro, caso seja confirmada a presença de gelo.
Veja.com

Teatro maia de 1200 anos é descoberto em Chiapas

Arqueólogos mexicanos do Instituto Nacional de Arqueologia e História (Inah) revelaram a descoberta de um teatro maia de 1.200 anos no sítio arqueológico de Plan de Ayutla, na região de Ocosingo, estado de Chiapas. Diferentemente de espaços similares encontrados em cidades grandiosas como Tikal e Edzná, entre outras, este se encontra dentro de um palácio e não em uma área pública, o que leva os estudiosos a crer que se tratava de um palco de uso exclusivo da elite.
“Provavelmente era um teatro exclusivo, utilizado somente pelos governantes, já que está em uma construção importante a 42 metros de altura em relação às praças destinadas ao uso público no local”, disse Luis Alberto Martos, diretor do projeto de investigação. A descoberta foi revelada ontem (28) na abertura do VII Colóquio de Arqueologia celebrado no Museu do Templo Mayor, na Cidade do México.
De acordo com Martos, essa cidade maia abrigou uma dinastia por volta de 800 a 850 d.C. que tratava de legitimar seu poder por meio de um modelo político teatralizado. As encenações eram feitas para uma plateia reduzida, já que a capacidade do teatro de Plan de Ayutla é de apenas 120 pessoas.
Sem dúvida, a audiência ali era elitizada, para poucos. Tudo leva a crer que as cenas representadas tinham caráter político, mas também conotações religiosas e simbólicas”, explicou Martos. “As sociedades maias vêm sendo definidas como ‘Estados teatrais’ justamente porque os governantes exerciam publicamente seu poder de forma dramática.” Em outras cidades maias foram achados palcos similares muito mais amplos e voltados para a população em geral.
Os arqueólogos também encontraram no teatro de Plan de Ayutla, a cerca de 130 quilômetros de Palenque, esculturas com representações de um prisioneiro e figuras emblemáticas de divindades maias, tais como milho, sol e morcego. Essas imagens decoravam a entrada do palácio onde o foro foi encontrado.
“As estruturas de estuque que encontramos nos levam a imaginar que neste espaço também eram realizadas cerimônias para submeter os prisioneiros, que eram despojados de suas roupas e adornos, tinham as unhas arrancadas e o sangue bebido. Tudo para demonstrar publicamente que a humilhação do inimigo derrotado era a exaltação dos vencedores”, disse o especialista.
Outras hipóteses a respeito do teatro também são aventadas. “Nunca saberemos, porém, se o governante que o mandou edificar era apreciador das artes cênicas, por exemplo. Mas tampouco podemos descartar essa possibilidade.” O que os arqueólogos podem afirmar é que a cidade de Plan de Ayutla, em Chiapas, foi ocupada por um longo período, de 150 a.C. a 1.100 d.C. “Tudo indica que o local foi abandonado entre 1.000 e 1.100 d.C. em um processo que culminou em grande violência”, disse Martos.
Os maias dominaram por aproximadamente três milênios grande parte do México e da América Central, onde estabeleceram imponentes cidades-Estado como Tikal, Cobá, Quiriguá, Copán, Dos Pilas, Palenque, Calakmul, Chichén-Itzá, Uxmal, Cancuén, Tulum e tantas outras.
National Geographic

Fenômeno raro , Lua Azul ocorrerá na noite desta sexta-feira

Um fenômeno raro no céu ocorrerá na noite desta sexta-feira, chamado de Lua Azul. Segundo definição popular, uma Lua Azul é a segunda lua cheia em um mesmo mês, que acontece com a frequência de uma vez a cada dois ou três anos. De acordo com o físico do Observatório Astronômico do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) Jorge Honel, agosto terá a segunda lua cheia por que a primeira ocorreu no primeiro dia do mês, dando uma diferença de 29,53 dias entre uma e outra, ideal para o fenômeno ocorrer.
Segundo ele, por causa dessa diferença de tempo para o fenômeno acontecer, fevereiro é o único mês do ano que não tem possibilidade de ocorrer a Lua Azul. Esse nome surgiu a partir do anuário astronômico americano do século XIX, quando um astrônomo deu o nome de Blue Moon para a segunda lua cheia que aconteceria em um mesmo mês. O nome, portanto, não está relacionado diretamente à cor do corpo celeste. Na língua inglesa, a expressão "a cada Lua Azul" é utilizada para indicar eventos possivelmente raros.
Diferente do que o nome indica, o fenômeno não apresenta um brilho mais intenso, não tem uma coloração azulada e não sofrerá nenhuma mudança de fato. Para o astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro Naelton Mendes de Araújo, o fenômeno é mais cultural do que astronômico. Ela poderá ser vista de qualquer lugar do mundo e é uma lua cheia normal. A próxima Lua Azul está prevista para ocorrer em julho de 2015.
A última vez que o fenômeno apareceu no céu foi no dia 31 de dezembro de 2009, o tipo mais raro de ocorrência. Segundo Honel, o dia é considerado difícil de ocorrer por coincidir com a véspera de Ano Novo. "Todos os meses que têm 31 dias estão sujeitos a ter a Lua Azul, e por causa do período lunissolar (calendário baseado nos movimentos da Lua e do Sol), em determinados meses o fenômeno pode ocorrer mais facilmente", explica.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Frase


Começa reunião da ONU sobre mudança climática com objetivo de acordo mundial


Começou nesta quinta-feira em Bangcoc, na Tailândia, com o objetivo de alcançar um pacto global de redução de emissões de gases poluentes, a reunião preparatória para a Convenção da ONU sobre Mudança Climática (COP), que será realizada no final do ano em Doha, no Catar.             
A conferência pretende definir posições sobre o Protocolo de Kioto, que expira no final de ano, e sua substituição em 2015 por um novo acordo global sobre a redução de gases causadores do efeito estufa, que deve entrar em vigor em 2020.              
Representantes de 190 países participam das negociações, nas quais os países em desenvolvimento pressionam os mais ricos para que se comprometam a manter as contribuições anuais de US$ 10 bilhões em para as nações mais pobres, que expiram em 2012.              
Os países subdesenvolvidos, a maioria da África ou ilhas do Pacífico, temem que não se chegue a nenhum acordo que cubra suas necessidades até 2020, ano a partir do qual os países mais ricos se comprometeram a fornecer US$ 100 bilhões anuais.             
Os governos prometeram reduzir as emissões e ajudar os mais pobres e vulneráveis a se adaptarem à mudança climática. Sabem que devem implementar plenamente suas promessas, aumentar seu esforço até 2020 e redobrar após essa data", disse a secretária-executiva da conferência, Christiana Figueres.              
A secretária-executiva admitiu que o financiamento será uma das questões predominantes nas conversas de Bangcoc, mas descartou qualquer acordo político sobre o assunto até a conferência de Doha.              
No entanto, Figueres destacou o avanço que significou a primeira reunião, realizada há duas semanas, do conselho executivo do Fundo Verde, organismo para a gestão e financiamento de projetos de redução de emissões em países emergentes a partir de 2013.
 O Fundo Verde foi aprovado na Cúpula de Cancún (México), em 2010, e ratificado na de Durban (África do Sul), no ano passado, sem que fosse acertado uma fórmula de financiamento até 2020.              
A conferência de Bangcoc vai até 5 de setembro e as negociações serão realizadas por três grupos de trabalho. O primeiro terá como tema o Protocolo de Kioto e as medidas para prolongar sua vigência a partir de 1º de janeiro de 2013 e introduzir novos compromissos por parte dos países signatários.              
A extensão do protocolo será um dos focos de discussão entre grupos como a União Europeia (UE), que propõe uma prorrogação de oito anos do documento, e países mais expostos aos efeitos da mudança climática, como pequenas ilhas, que defendem uma extensão de cinco anos.              
"Seria muito útil sair de Bangcoc com uma ideia mais clara de quanto se deve estender Kioto, se cinco ou oito anos", disse Figueres, para quem o sucesso nesta discussão será um dos pontos que definirão o sucesso ou o fracasso do encontro na capital tailandesa.              
Um segundo grupo discutirá o plano de trabalho de Bali, aprovado em 2007, por meio do qual foram propostos vários acordos internacionais destinados a evitar que a temperatura global do planeta aumente mais de dois graus.              
Estas discussões terão como meta fixar objetivos de redução de emissões para os países. industrializados e ações de diminuição da poluição por parte das nações em desenvolvimento.              
O terceiro grupo de trabalho, criado por causa dos acordos da Conferência sobre a Mudança Climática de Durban, no ano passado, iniciará o diálogo para a elaboração do novo acordo global, que entrará em vigor em 2020 e no qual se prevê cortes maiores das emissões.              
O encontro de Bangcoc é a última reunião antes da conferência de Doha, que acontecerá entre 26 de novembro e 7 de dezembro. "Em Doha deverão ser abertos os caminhos para se adotar um novo acordo universal sobre o clima em 2015. Os próximos três anos guiarão as duas décadas seguintes na questão da mudança climática", argumentou Figueres.
IGCiência 

Nasa lança sondas para estudar clima espacial

A Nasa lançou nesta quinta-feira (30) do Cabo Canaveral, na Flórida, um foguete Atlas V que deverá pôr em órbita duas sondas para estudar a influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que a cercam.
O lançamento aconteceu às 5h05 de Brasília após vários adiamentos devido a problemas técnicos e ao mau tempo na região pela proximidade da tempestade tropical Isaac. Após meia hora, os satélites já estavam posicionados em órbita, segundo a agência espacial americana.
A missão, denominada Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes de plasma que envolvem a Terra e onde se concentram as partículas eletrificadas que formam 99% do universo. A ilustração mostra os Cinturões de Van Allen, dois anéis carregados eletricamente que envolvem a Terra.
Com isso, os cientistas pretendem conhecer melhor o clima espacial próximo à Terra e proteger os humanos e seus sistemas eletrônicos das tempestades geomagnéticas, além de poder estudar o plasma, um ambiente tão diferente do nosso que é considerado crucial para compreender a composição de cada estrela e galáxia.              
As sondas RBSP foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.              
Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP seguirão colhendo informação e por isso foram construídos para suportar o bombardeio de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen.              
A missão é parte do programa "A vida com uma estrela", cujo objetivo é o estudo dos processos fundamentais que podem ter originado o Sol e que incidem no conjunto do sistema solar.
               Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições que os cientistas necessitam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia.              
As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes no curso de sua missão. As sondas octogonais pesam mais de 635 quilos cada uma e medem 1,85 metros de largura e 90 centímetros de altura.             
Participação brasileira
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) será um dos responsáveis pela aquisição de dados da missão a partir de novembro. Depois do lançamento, haverá um período de calibração dos sensores, e a partir de então os dados serão transmitidos a várias estações terrestres, entre elas a do Inpe, em Alcântara (MA).
Os dados, de acordo com o Inpe, permitirão um melhor entendimento da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), fenômeno da ionosfera localizado acima da região Sudeste capaz de provocar danos a satélites. Os dados da RBSP permitirão um monitoramento mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.
IGCiência

Notre Dame de Paris exibe réplica do Cristo Redentor

O evento faz parte das festividades dos 80 anos do Cristo Redentor, completados em 12 de outubro do ano passado.
A réplica exibida em Paris – com 3,8 metros de altura por três metros de largura – também integra os preparativos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho de 2013.
O maior cartão postal do Brasil foi escolhido pelo governo e a arquidiocese do Rio de Janeiro como “embaixador” desse grande evento internacional da igreja Católica, que deverá atrair mais de 2 milhões de jovens.
O objetivo da exposição, intitulada “Cristo Redentor para Todos”, é divulgar o nome da cidade em todos os continentes.

Cristo em Notre Dame/Cortesia
Depois de Paris, a réplica do Cristo será enviada para o Canadá

Paris é a segunda etapa internacional do evento, após a apresentação no Vaticano, em abril. A capital francesa encerra a etapa europeia da exposição.
Em setembro, ela será realizada em Toronto, no Canadá, e em Tóquio, no Japão. A última etapa é Maputo, em Moçambique, no dia 10 de outubro.
As réplicas do Cristo Redentor, realizadas pelo artista plástico Odilon Lima e por artesãos das escolas de samba do Rio, serão doadas às cidades visitadas.
A arquidiocese de Paris receberá a estátua do Cristo que será exibida na Notre Dame até a sexta-feira.
Após a celebração de uma missa na tarde desta quarta-feira na catedral parisiense, a escultura recebeu uma benção do bispo auxiliar de Paris, em uma cerimônia que contou com a presença de autoridades religiosas francesas e brasileiras.
Além da exibição da réplica, a exposição “Cristo Redentor para Todos” apresenta um documentário sobre a concepção do monumento.
A obra, inaugurada em 1931, também teve a participação de um escultor francês, Paul Landowski, que realizou maquetes e partes da escultura.
Em 2007, o Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno.
BBC.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Frase


Cientistas desenvolvem "pele ciborgue"

A fronteira entre o eletrônico e o biológico nunca mais será a mesma depois da descoberta de pesquisadores de Harvard, publicada dia 26 de agosto. Eles conseguiram, pela primeira vez, criar uma pele híbrida: metade orgânica, metade artificial.
Essa descoberta representa um grande avanço pelo fato da pele humana ter uma capacidade única de perceber o ambiente à sua volta e gerar uma resposta para cada situação; mudanças químicas e elétricas, variação de pH, oxigênio...cada fator desses é sentido pela nossa pele e isso faz toda a diferença na hora de mimetizá-la. Sem a possibilidade de interagir com outros elementos, o que se tem é uma cópia barata de pele.
Agora a conversa mudou de tom. Os pesquisadores conseguiram embutir uma rede tridimensional de fios em nano escala dentro do tecido humano - é a primeira vez que esse tipo de coisa é feita em 3D. A técnica utilizada permite ainda que as estruturas eletrônicas sejam da mesma escala de tamanho das conexões internas do nosso organismo: uma escala, acredite, muito, mas muito pequena.
Os grandes beneficiados com esses estudos devem ser as áreas de teste de remédios e a chamada medicina regenerativa, campo dedicado à substituição de células, tecidos e órgãos humanos para retomar as funções naturais do corpo.
Galileu.com

Astrônomos detectam açúcar ao redor de uma estrela jovem

 Uma equipe internacional de astrônomos detectou pela primeira vez açúcar ao redor de um estrela jovem, informou nesta quarta-feira o Observatório Austral Europeu (ISSO), sediado na cidade de Garching, no sul da Alemanha.
Através das observações do radiotelescópio ALMA, situado no Deserto do Atacama (Chile), no planalto de Chajnantor, a 5 mil metros de altura, os cientistas conseguiram captar moléculas de glicoaldeído no gás que rodeia a estrela binária jovem IRAS 16293-2422, que possui uma massa similar a do Sol e está localizada a 400 anos-luz da Terra.
"No disco de gás e pó que rodeia esta estrela de recente formação encontramos glicoaldeído, um açúcar simples que não é muito diferente ao que adicionamos em nosso café", assinalou Jes Jorgensen, do Instituto Niels Bohr da Dinamarca e principal autor do estudo.
Segundo o astrônomo, "esta molécula é um dos ingredientes na formação do ácido ribonucleico (RNA), que, assim como o DNA, é um dos ingredientes fundamentais para a vida".
"O que é realmente fascinante é que as observações realizadas com ALMA revelam que as moléculas de açúcar estão caindo em direção a uma das estrelas do sistema", indicou Cécile Favre, da Universidade de Aarhus (Dinamarca).
Desta forma, este achado demonstra que os elementos essenciais para a vida se encontram no momento e lugar adequados para poder existir nos planetas que se formam ao redor da estrela.
O glicoaldeído já tinha sido avistado no espaço interestelar anteriormente, mas esta é a primeira vez que se localiza tão próximo de uma estrela deste tipo, com distâncias equivalentes às que separam Urano do Sol em nosso próprio sistema solar.
"Essa descoberta levanta uma grande dúvida: quão complexas podem vir a ser estas moléculas antes que sejam incorporadas a novos planetas? Isto poderia nos dar uma ideia a respeito da forma como a vida pode se originar em outras partes", ressaltou Jorgensen.
Segundo o cientista, as observações com o Grande Conjunto Milimétrico/Submilimétrico de Atacama (ALMA), caracterizado por uma grande precisão e sensibilidade, "serão de vital importância para desvendar este mistério".
Exame.com

Agrotóxicos proibidos continuam em uso nas lavouras brasileiras

 Localizado no coração da América do Sul, o Pantanal Mato-grossense é visto como uma região peculiar não só pelas suas belezas naturais como também pelo papel que desempenha na conservação da biodiversidade. Reconhecido como Reserva da Biosfera em 2000, a maior planície alagada do mundo começa a emitir sinais preocupantes. Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso e da Embrapa Pantanal detectaram resíduos de pesticidas, ainda que em pequena quantidade, no leito de rios, córregos, fundo de cachoeiras e lagoas no curso das águas, desde nascentes no Mato Grosso até o Pantanal Mato-grossence.Reconhecido como celeiro do mundo, terra onde se plantando, tudo dá, o Brasil vem travando uma guerra surda contra o uso indiscriminado de agrotóxico nas lavouras. Maior produtor de grãos do país, o Mato Grosso se tornou epicentro do conflito entre a produção em larga escala e o uso cada vez maior de venenos para conter as pragas. O estado lidera o consumo nacional de pesticidas. Absorve 18,9% do total usado no Brasil — país líder mundial no uso de agrotóxicos. Em 2011, o faturamento das fabricantes alcançou R$ 8,488 bilhões.
Na safra 2010/2011, as lavouras nacionais usaram 936 mil toneladas de agrotóxicos. Foram 12 litros de veneno por hectare de soja, 23 litros por hectare de cítricos, 28 litros por hectare de algodão, 6 litros por hectare de milho. O problema é que, assim como elimina lagartas e pulgões, os venenos ameaçam a saúde humana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem tentando desde 2008 normatizar o uso de agrotóxico no país: 14 produtos foram colocados em processo de revisão. Outros cinco foram colocados na lista suja e tirados de circulação. Só que a ordem nem sempre é cumprida à risca, deixando rastros pelo caminho.
Um dos produtos proibidos é o metamidofós, que foi criado para combater pragas em lavouras de algodão, soja, feijão, tomate, batata e amendoim. O produto elimina cigarrinha verde do feijão, percevejo da soja e broca de tomate. Mas também afeta os sistemas nervoso, imunológico, reprodutor e endócrino, além de prejudicar o desenvolvimento de embriões e fetos. Seu uso é vetado na União Europeia, China, Indonésia, Costa do Marfim, Japão e Paquistão. No Brasil, a Anvisa deu prazo até junho passado para que deixasse de ser usado nas lavouras. 
— Veneno, como o próprio nome diz, é feito para matar. A linha entre matar a erva daninha e a saúde das pessoas é tênue. O crescimento do uso de agrotóxico é muito maior do que imaginávamos e o país não pode abrir mão do direito de restringir o uso ou banir — afirma José Agenor Álvares, diretor de controle e monitoramento sanitário da Anvisa.
O uso indiscriminado de agrotóxicos já preocupa o Ministério da Agricultura, que tem buscado incentivar o uso de feromônios e produtos biológicos. Os produtos menos agressivos à saúde humana, porém, ainda são pouco diante do tamanho do mercado. Há no país 1.537 marcas de produtos químicos tradicionais e apenas 72 desta nova safra de defensivos biológicos.
— O Brasil é a única potência agrícola tropical do mundo. Consome muito agrotóxico porque aqui não há entressafra e as culturas podem ser plantadas o ano todo ou intercaladas. As pragas têm comida o ano inteiro e todo ano aparece uma nova ou reaparece uma que já havia sido combatida em safras anteriores — explica Luís Eduardo Rangel, do Ministério da Agricultura.
Segundo dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), dos 50 produtos mais usados nas lavouras do país 22 já são proibidos nos países da União Europeia. O próximo a sair do mercado por aqui, em julho de 2013, será o endossulfam, que tem sua venda proibida em 62 países.
— Vendemos remédio para plantas. O produtor cuida delas como cuida de um filho. Para infelicidade do país, a ferrugem asiática atingiu a soja e faturamos só com fungicida da soja R$ 1,3 bilhão — diz Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que reúne os fabricantes do setor.
Nos últimos 20 anos, o Brasil aumentou em 37% a área cultivada e a produção cresceu 181%. Só de grãos, são 52 milhões de hectares. A alta rentabilidade dos agrotóxicos criou um mercado paralelo. A Polícia Federal de Rondonópolis (MT) detectou que traficantes de drogas migraram para o contrabando de venenos, crime rentável e com pena mais branda. Em março, 21 pessoas foram presas por contrabando e falsificação de agrotóxicos em três estados. A operação foi batizada de São Lourenço, numa referência à contaminação do rio que atravessa 25 municípios da região.

Veneno no campo
Na água, os resíduos de agrotóxicos se espalham. Na nascente do Rio São Lourenço, que brota em meio a pés de algodão numa propriedade particular no município de Campo Verde (MT), a 130 quilômetros de Cuiabá, pesquisadores da Embrapa Pantanal e da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) coletaram resíduos de agrotóxicos em águas superficiais e no sedimento. Em torno da nascente, que deságua no Rio Cuiabá, cuja foz é o Rio Paraguai, na Bacia do Prata, há pouca vegetação, o que a deixa quase desprotegida. Outro rio contaminado é o Rio Casca, no limite entre Campo Verde e o município de Chapada dos Guimarães, onde está o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Não há pesquisas nas águas dentro do parque, mas um relatório sobre a situação da Cachoeira da Martinha, que fica no Rio da Casca e é um dos pontos turísticos do município, feito a pedido da Promotoria de Justiça de Chapada dos Guimarães, informa contaminação por agrotóxicos e relatos de coceira na pele de banhistas. No curso das águas, os resíduos estão presentes em nascentes do Mato Grosso até a Bacia do Rio Miranda, que fica no Mato Grosso do Sul.
— Coletamos amostras no sedimento dos rios que formam o Pantanal, do planalto à planície. Não achamos concentrações elevadas, mas contaminação contínua, que afeta de forma crônica o meio ambiente, ameaça os peixes e os organismos dos quais eles se alimentam — afirma Débora Calheiros, pesquisadora em ecologia de rios da Embrapa Pantanal e professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Em Campo Verde, agrotóxicos foram encontrados nas águas da chuva, poços, rios e córregos. Até ser proibido, o metamidofós era o terceiro pesticida mais usado. Estudos do Departamento de Saúde Coletiva da UFMT, em parceria com pesquisadores da Fiocruz, indicam que sete em cada dez poços de água do município apresentam resíduos de agrotóxicos. Em 16 amostras de água de córregos e rios coletadas em quatro pontos foram achados resíduos dos venenos atrazina e endossulfam. Na água da chuva foram identificados marcas de oito agrotóxicos diferentes.
Se a água está doente, vamos ficar doentes. Se a água está contaminada, vai contaminar alimentos — resume o professor Wanderley Pignati, do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT, autor e orientador de algumas pesquisas na área.
Os estudos levaram o promotor Marcelo dos Santos Alves Corrêa, do Ministério Público do Mato Grosso, a negociar com produtores e com a prefeitura de Campo Verde um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para disciplinar o uso dos pesticidas. Só o algodão, que ocupa boa parte dos 350 mil hectares plantados no município, necessita de 19 aplicações de veneno nos 180 dias de plantio.
— Acham que sou um Dom Quixote querendo acabar com a economia do município — diz Corrêa, que vai ingressar com ação civil pública para ver cumprido o acordo.
O prefeito de Campo Verde, admite a existência de resíduos de agrotóxicos nas águas, mas argumenta, que eles estão dentro dos limites previstos na legislação brasileira e só são alarmantes se comparados aos dados da União Europeia.
— É preciso uma transição entre a lei e o cumprimento perfeito dela. Se for duro, as empresas quebram.
Segundo a Andef, o Brasil não tem legislação específica para a presença de agroquímicos nas águas!!!

 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Frase


Cientistas alertam para consequências de degelo recorde no Ártico

O Ártico perdeu mais gelo neste ano do que em qualquer outro período desde 1979.
Cientistas que calculam as perdas afirmam que isso é parte de uma mudança fundamental.
Além disso, o gelo marinho geralmente atinge seu ponto mais baixo em setembro, então acredita-se que o derretimento deste ano vá continuar.
Segundo a Nasa, a extensão de gelo marinho caiu de 4,17 milhões de km² em 18 de setembro de 2007 para 4,10 milhões de km² em 26 de agosto de 2012.
A cobertura de gelo marinho aumenta durante o frio dos invernos no Ártico e encolhe quando as temperaturas voltam a subir. Mas, nas últimas três décadas, satélites observaram um declínio de 13% por década no período de verão.
A espessura do gelo marinho também vem diminuindo. Sendo assim, no total o volume de gelo caiu muito – apesar de as estimativas sobre os números reais variarem.
Joey Comiso, o principal pesquisador no Goddard Space Flight Center da Nasa, disse que o recuo deste ano foi causado pelo fato do calor de anos anteriores ter reduzido o gelo perene – que é mais resistente ao derretimento.
"Diferentemente de 2007, as temperaturas altas no Ártico neste verão não foram fora do comum. Mas nós estamos perdendo o componente espesso da cobertura de gelo", disse Comiso.
"Assim, o gelo no verão fica muito vulnerável."
'Morte inevitável'
Segundo Walt Meier, do National Snow and Ice Data Center, que colabora nas medições da cobertura de gelo, "no contexto do que aconteceu nos últimos anos e ao longo dos registros de satélite, isso é um indicativo de que a cobertura de gelo marinho do Ártico está mudando fundamentalmente".
O professor Peter Wadhams, da Universidade de Cambridge, disse que "diversos cientistas que trabalham com medição de gelo marinho previram alguns anos atrás que o recuo iria se acelerar e que o verão Ártico se tornaria livre de gelo em 2015 ou 2016".
A previsão, na época considerada alarmista, agora está se tornando realidade, diz ele. E o gelo ficou tão fino que irá inevitavelmente desaparecer.
"Medições de submarinos mostraram que (a região) perdeu pelo menos 40% de sua espessura desde os anos 1980. Isso significa uma inevitável morte para a cobertura de gelo, porque o recuo de verão é agora acelerado pelo fato de que enormes áreas de água aberta permitem que tempestades gerem grandes ondas, as quais quebram o gelo restante e aceleram seu derretimento", afirmou.
"As implicações são graves: a maior área de água aberta reduz o albedo médio (refletividade) do planeta, acelerando o aquecimento global; e nós também estamos vendo a água aberta causar derretimento do permafrost (solo composto por terra, gelo e rochas congelados), liberando grandes quantidades de metano, um poderoso gás causador do efeito estufa", disse.
Ameaças e oportunidades
As opiniões variam sobre a data da morte do gelo marinho de verão, mas as notícias mais recentes causam pessimismo.
Um recente estudo da Universidade de Reading, na Grã-Bretanha, usou técnicas estatísticas e computadores para estimar que entre 5% e 30% da perda recente de gelo se deve à Oscilação Multidecadal do Atlântico – um ciclo natural do clima que se repete a cada 65 a 80 anos. Está em uma fase quente desde meados dos anos 1970.
Mas o restante do aquecimento, estima o estudo, é causado pela atividade humana – poluição e desmatamento de florestas.
Se o gelo continuar a desaparecer no verão, haverá oportunidades, assim como ameaças.
Alguns navios já estão economizando tempo ao navegar por uma rota antes intransitável ao norte da Rússia.
Companhias de petróleo, gás e mineração estão brigando para explorar o Ártico – apesar de sofrerem forte oposição de ambientalistas. O Greenpeace tem protestado contra exploração pela gigante russa Gazprom.
Entre as muitas ameaças, o aquecimento é ruim para a vida selvagem do Ártico. Graças à influência do gelo marinho nas correntes de jato, as mudanças podem afetar o clima na Grã-Bretanha.
As mudanças – caso ocorram – poderiam abrir depósitos congelados de metano que iriam aquecer ainda mais o planeta.
Oceanos mais quentes podem levar a um maior derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, o que contribuiria para a elevação do nível do mar e para mudanças na salinidade do mar, que por sua vez poderiam alterar as correntes oceânicas que ajudam a controlar nosso clima.
BBC.com

G20 não vê ameaça à segurança alimentar por preço de grãos

A divisão agrícola do G20, presidida pela França, vê a alta dos preços dos grãos e das oleaginosas como preocupante, mas não como uma ameaça imediata à segurança alimentar global, informou o Ministério da Agricultura francês, nesta terça-feira.
"De acordo com secretariado Amis (Sistema de Informação do Mercado Agrícola), a atual situação do mercado é ainda preocupante", disse o ministério em comunicado.
O ministro da Agricultura da França, Stephane Le Fool, disse que haverá mais informações ao final de setembro.
"Vou esperar por mais resultados dados pelos Estados Unidos perto de setembro, com as notícias mais recentes sobre a oferta do milho", disse o ministro à BFM TV.
Exame.com

Descoberto 1º sistema multiplanetário ao estilo "Star Wars"


Pesquisadores de diversas instituições apresentam nesta terça-feira na União Astronômica Internacional a descoberta do primeiro sistema multiplanetário conhecido ao redor de uma estrela binária. Anteriormente, os astrônomos já haviam descoberto quatro sistemas parecidos, mas com apenas um exoplaneta em cada. Além disso, um desses corpos está na "zona habitável", o que anima os cientistas. O artigo que descreve o estudo será publicado na Science.
O sistema, que lembra o do planeta Tatooine, da saga Star Wars, foi chamado de Kepler-47 - já que foi descoberto pelo telescópio Kepler. Lá, as duas estrelas giram ao redor uma da outra (em um centro gravitacional comum) a cada 7,5 dias terrestres. Uma delas é similar ao Sol, enquanto a outra é menor, com apenas um terço do tamanho e 175 vezes mais fraca.
O planeta mais próximo delas tem três vezes o diâmetro da Terra e orbita o par a cada 49 dias terrestres. O corpo mais longínquo é um pouco maior que Urano e seu ano dura 303 dias. Este é o que chamou mais a atenção dos cientistas. Essa distância para suas estrelas significa que ele está na chamada "zona habitável", ou seja, que pode ter as condições para sustentar a vida como a conhecemos.
Apesar de certamente ser um gigante gasoso sem vida, esse planeta anima os pesquisadores, já que agora sabemos que corpos com condições para o aparecimento de seres vivos podem existir ao redor de estrelas binárias.
O novo sistema planetário está a "apenas" 5 mil anos-luz da Terra. Apesar disso, a distância é muito grande para que seja visto diretamente - os planetas foram detectados devido à queda no brilho do par de estrelas quando eles transitam em frente a elas. Após o registro do Kepler, o Observatório McDonald, no Texas, mediu o tamanho e massa relativos dos objetos - eles têm massa provável entre oito e 20 vezes maior que a da Terra.
"O que eu achei mais excitante é o potencial para habitabilidade em um sistema circumbinário. Kepler-47c não deve ser capaz de sustentar vida, mas se ele tiver grandes luas, estas podem ser mundos interessantes", diz William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), um dos autores do estudo, deixando fãs de Star Wars animados com a possibilidade de existir uma Endor por aí.
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Frase

CUIDE SUAS AÇÕES!!!

Curiosity reproduz pela primeira vez a voz humana em Marte

A voz de um ser humano soou nesta segunda-feira pela primeira vez em Marte e, embora não fosse uma "presença humana física", representou um marco na missão da sonda Curiosity, que já está há 20 dias no Planeta Vermelho.
"Olá. Sou Charlie Bolden, administrador da Nasa, falando com você através da capacidade de difusão da Curiosity Rover, que agora está na superfície de Marte", foram as palavras escutadas nas instalações da agência espacial americana.
"Desde o início dos tempos, a curiosidade da humanidade nos levou a buscar constantemente algo novo (...) Novas opções de vida além do horizonte. Quero felicitar os homens e mulheres de nossa família da Nasa, assim como nossos parceiros comerciais e governamentais de todo o mundo por ter dado mais um passo em Marte", continuou a gravação.
Segundo explicou o diretor da Nasa na mensagem, a agência espera obter informações importantes através da análise da cratera Gale, que será fundamental para saber se Marte foi ou será apto para abrigar vida.
"A Curiosity trará benefícios à Terra e inspirará uma nova geração de cientistas e exploradores, enquanto se prepara o caminho para uma missão humana em um futuro não muito distante ", disse Bolden na mensagem gravada.
A reprodução da voz de Bolden, que foi enviada da Terra ao Curiosity, soou no Planeta Vermelho e depois foi mandada outra vez à Terra. "Com a presença desta voz, se dá outro pequeno passo à presença humana além da Terra, e a experiência de explorar mundos remotos se põe um pouco mais próxima de todos nós", disse Dave Lavery, diretor do programa Curiosity.
As mais recentes imagens obtidas com as teleobjetivas do robô mostram cenas de encostas erosionadas, com camadas geológicas claramente expostas, com uma resolução e nitidez muito mais elevadas que as anteriores. O Curiosity, que aterrissou na superfície de Marte na madrugada do dia 6 de agosto, enviou centenas de fotografias em preto e branco e em cores que proporcionaram a visão mais nítida de Marte conhecida até agora.
 

China seria a maior esperança de retorno do homem à Lua

Mais de 40 anos depois da chegada do homem à Lua, episódio protagonizado pelo comandante da Apollo 11 Neil Armstrong (foto), que morreu no último sábado aos 82 anos, as perspectivas de um retorno da Nasa nos próximos anos são baixas, diferente do que se imaginava há três anos. Atualmente, a China é a única nação que fala sério a respeito de missões tripuladas à Lua. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Enquanto os Estados Unidos, após terem cancelado planos de retomar explorações lunares, pretendem acelerar o desenvolvimento de um substituto dos ônibus espaciais e baratear o custo de manutenção dos atuais programas, a agência estatal de notícias chinesa afirmou que o país tem planos de pousar sua primeira sonda na Lua em 2013. 
Planejado longe dos olhos da mídia, o programa espacial chinês pretende construir um superfoguete com capacidade para impulsionar uma espaçonave tripulada na direção da Lua. A futura visita, porém, não deve acontecer em menos de uma década.

Falta de água pode tornar o mundo vegetariano

Diariamente, um bilhão de mulheres, homens e crianças vão dormir com fome, enquanto 10 milhões morrem por desnutrição a cada ano. Se ainda hoje o mundo não conseguiu sanar esse mal, que afeta um em cada sete de seus habitantes, como é que vamos alcançar a segurança alimentar para uma população que em 2050 chegará a 9 bilhões de pessoas?
Um novo estudo mostra que a solução para evitar uma catástrofe alimentar passará por uma mudança quase completa de uma dieta a base de carne para uma mais centrada em vegetais. E isso deverá acontecer por um único motivo: a escassez de água. É o que aponta o relatório “Alimentando um mundo sedento: Desafios e Oportunidades para a segurança hídrica e alimentar”, divulgado ontem na Suécia, por ocasião da Semana Mundial da Água.
A análise mostra que não haverá água suficiente para alcançar a produção esperada em 2050 se seguirmos com a dieta característica dos países ocidentais em que a proteína animal responde por pelo menos 20% das calorias diárias consumidas por um indivíduo.
Na ponta do lápis, de acordo com os cientistas, a adoção de uma dieta vegetariana é atualmente uma opção para aumentar a quantidade de água disponível para produzir mais alimentos e reduzir os riscos de desabastecimento em um mundo que sofre com extremos do clima, como a seca histórica que afeta os Estados Unidos. O motivo é que a dieta vegetariana consome de cinco a dez vezes menos água que a de proteína animal – que hoje demanda um terço das terras aráveis do mundo só para o cultivo de colheitas para alimentar os animais.
“A capacidade de um país de produzir alimentos é limitada pela quantidade de água disponível em suas áreas de cultivo”, ressalta um trecho do relatório, que alerta sobre a pressão atual e crescente sobre esse recurso natural usado de forma cada vez mais insustentável. Segundo previsões da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, da sigla em inglês), será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% nos próximos 40 anos para atender à demanda. Isto colocará uma pressão adicional sobre os nossos hídricos, num momento em que precisaremos também alocar mais água para satisfazer a demanda global de energia, que deverá crescer 60% em três décadas, salientam os cientistas.
Estresse hídricoUm outro estudo divulgado em maio pela consultoria britânica Maplecroft mostrou que o mundo já vive um “estresse hídrico” e que a falta de acesso à água potável vem pesando sobre os países mais pobres ou marcados por histórico de conflitos militares, instabilidades políticas e sociais. Segundo o levantamento, os países do Oriente Médio e África são os mais vulneráveis à falta de água. Nessas regiões, cada gota pode emergir como uma nova fonte de instabilidade.
Em alguns dos maiores produtores de petróleo do mundo, como Kwait e Arábia Saudita, a escassez de água vem se tornando crítica há gerações. Primeiro colocado na lista de 10 países em “risco extremo” de falta d´água, Bahrein, no Golfo Pérsico, usa águas subterrâneas para a prática da horticultura, porém, em quantidade insuficiente para atender toda a população. A deterioração dos lençóis subterrâneos de água já é uma das principais preocupações nacionais.
Exame.com

domingo, 26 de agosto de 2012

Frase


Tempestade afetará 24% da produção de petróleo no Golfo

Os Estados Unidos disseram neste domingo que 24,19 por cento da produção diária de petróleo e 8,29 por cento da produção diária de gás natural no Golfo do México serão afetados pela tempestade tropical Isaac.
O Isaac deve se tornar furacão antes de atingir o continente no meio da semana, entre Florida Panhandle e Louisiana.
Produtores de petróleo e gás deixarão de produzir 333,815 mil barris de petróleo por dia e 371 milhões de pés cúbicos de gás natural diários por causa do Isaac. Esses números devem aumentar nos próximos dias.
O Golfo do México responde por 23 por cento da produção diária de petróleo e 7 por cento da produção diária de gás natural nos Estados Unidos.
Exame.com

Patrimônio histórico grego corre risco com a crise, alerta arqueóloga

Berço da civilização ocidental, da filosofia e da democracia, a cultura grega vive um período difícil devido à crise financeira, que coloca em risco os quase 20 mil sítios arqueológicos e monumentos históricos do país, além de 17 edificações tombadas como patrimônio mundial da UNESCO, como a Acrópolis em Atenas e a cidade medieval de Rhodes.
 Sem recursos para financiar escavações arqueológicas, pagar os salários de profissionais e manter os museus, a Grécia vive um momento sem precedentes de escassez de recursos humanos e materiais, admitiu Marlen Mouliou, secretária do Comitê Internacional para Coleções e Atividades dos Museus das Cidades e membro do Conselho Internacional de Museus (ICOM).
 “Não há dinheiro para a proteção de museus e patrimônios arqueológicos. O dinheiro chega especialmente de apoio europeu. O que mais a crise financeira afeta é a falta de recursos humanos e financeiros. É sempre um risco quando não temos recursos, pois assim não teremos pessoas suficientes para garantir a segurança”, afirmou Mouliou.
Durante o Encontro Internacional de Museus de Cidade, no Rio de Janeiro, a arqueóloga e museóloga grega falou ao Opera Mundi sobre os desafios de preservar o legado histórico secular no país em meio à política de austeridade que tem gerado cortes profundos nos orçamentos da Cultura.
A falta de pessoal obrigou os 216 museus espalhados pelo país a fecharem as portas para visitantes mais cedo. A segurança dos locais também foi afetada, segundo a especialista.
“Trabalhamos sob pressão. Temos que fazer o nosso trabalho em tempos ainda mais curtos. Tivemos que reduzir e apressar os trabalhos de escavações em obras de desenvolvimento do país, iniciados antes mesmo da crise. É uma luta, pois a sociedade precisa do desenvolvimento e a arqueologia tem suas metodologias e princípios que demandam tempo”, argumenta
Segundo a arqueóloga grega, os museus sempre foram locais seguros, mas adverte que o risco existe em sítios históricos mais afastados das cidades. “Especialmente em igrejas e mosteiros que estão isolados e abrigam um patrimônio cultural importante. São locais situados em áreas mais distantes e com menos população e onde precisamos de mais pessoas para salvaguardar”, ressaltou.
 



 

Nova safra de alimentos é desenvolvida para combater doenças

Abóbora contra a diabetes, pitanga roxa para combater o câncer, alface enriquecida com ácido fólico e alho para reduzir o colesterol. Isso sem contar a melancia, que começa a ser estudada, pois há evidências de que tem substâncias úteis contra a hipertensão arterial. Toda esta safra de novos alimentos está em desenvolvimento em diversos segmentos da Embrapa e pode chegar à mesa do consumidor nos próximos anos. Ao natural ou em cápsulas.
 — Depois de confirmar que a abóbora gila, produzida no Sul do país (e com gosto de melancia), contém substâncias que reduzem o açúcar no sangue, quantificamos as sulfonilureias (compostos que promovem a liberação de insulina e são utilizados em medicamentos para diabetes tipo 2) e produzimos uma barra de cereal, mas as substâncias se perderam. Fizemos então comprimidos com a mesma dosagem usada em medicamentos alopáticos — explica o pesquisador Celso Moretti, chefe-geral da Embrapa Hortaliças, cujo estudo contou com a parceria de alunos de Farmácia e Nutrição da UnB e financiamento do CNPq.
Os remédios contra a diabetes que estão no mercado têm exatamente a mesma molécula encontrada na abóbora, a glibenclamida, que quando ingerida, estimula o pâncreas a secretar insulina no organismo. Por ser natural, a cápsula de abóbora passou por um comitê de ética da UnB e, há uma semana, teve início um ensaio-piloto com 24 pessoas, entre saudáveis e pré-diabéticas, que serão divididas em dois grupos: um vai tomar o placebo, o outro as cápsulas de abóbora durante quatro meses. Até novembro, um segundo ensaio será feito com 80 pessoas. Se tudo der certo, o fitoterápico será patenteado, negociado com um laboratório e lançado no mercado.
— Isto nunca aconteceu com medicamentos, é um desafio grande e temos que trabalhar com rigor científico para assegurar a qualidade. Os médicos envolvidos calculam que a dosagem dos seis comprimidos diários de abóbora chega a 15mg da substância, enquanto que a necessidade diária para diabéticos fica entre 4mg e 23 mg diários. Resta saber como a glicose do grupo testado se comportará nesses quatro meses — diz Moretti.
Depois da abóbora gila, ele começa a testar os hipotensivos de duas qualidades de melancia, a de mesa e a forrageira, usada para alimentação de animais. E aí começa uma nova pesquisa para tentar combater a hipertensão arterial.

Alface com 15 vezes mais ácido fólico
Outra aposta, dessa vez da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, está no cultivo de uma alface crespa transgênica, que recebeu dois genes de uma planta-modelo (a Arabidopsis thaliana, primeira a ter o genoma completamente sequenciado) e, com isso, ficou enriquecida com 15 vezes mais ácido fólico, quantidade de vitamina equivalente à do espinafre europeu, que tem o maior teor já visto e é encontrado no Sul do Brasil — o mais comumente consumido por aqui é o da Nova Zelândia. O melhor é que apenas 20g da folha (duas alfaces pequenas) já têm 70% das 400 mcg diárias recomendada para adultos (grávidas têm recomendação de 600mcg a 800 mcg), sem alteração de aspecto ou sabor.
— As propriedades não se perdem depois que a alface é colhida e já observamos que, no mercado, sob luz florescente, podem até aumentar — comemora o pesquisador Francisco Aragão, responsável pelo laboratório de transferência de genes da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Dieta feminina inspirou pesquisa
A pesquisa começou sob a inspiração da preocupação das mulheres com a balança. Desde 1994, há uma lei no Brasil que obriga a suplementação de farinha com ácido fólico, mas boa parte da vitamina é perdida no preparo de pães e bolos e muitas mulheres não comem esses produtos com medo de engordar. Com a alface é o oposto: a folha quase não tem calorias e é a mais consumida de toda as hortaliças no país.
— Já fizemos ensaios preliminares com coelhos e o ácido fólico no sangue dobrou em uma semana, voltando ao normal com o fim da suplementação. A partir de agora a planta passa por comitês de biossegurança para depois ser cultivada e melhorada. Nossa expectativa é dobrar esse teor nas folhas — acredita Aragão.
 
A força natural das pitangas
Em Pelotas, no Sul do Brasil, a Embrapa Clima Temperado desenvolve desde 2006 um projeto que usa pitangas roxa, vermelha e laranja no combate às células de câncer. Tudo começou com a visita do médico americano Michael Wargovich, que não conhecia a fruta rica em antocianinas, carotenoides e fenóis (que funcionam como anti-inflamatório nas células) e passou a estudá-la em parceria com a Faculdade de Farmácia e Bioquímica da UFRS e a Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, onde ele conduz a parte avançada da pesquisa. No Brasil, são feitos os extratos das plantas, que depois são enviados para os EUA.
— Na pesquisa em laboratório os extratos reduziram as células cancerígenas, mas os resultados posteriores foram confusos e, por isso, os testes estão sendo repetidos — conta a pesquisadora Márcia Vizzoto, do setor de fruticultura, que também desenvolve projetos com amora e mirtilo.
A ideia é que os extratos de frutas vermelhas reduzam tumores em ratos geneticamente modificados para desenvolver formas humanas de tumores.

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sábado, 25 de agosto de 2012

À prova de seca

A seca que atinge o Meio-Oeste dos Estados Unidos já é considerada a pior em mais de 50 anos. A elevação da temperatura e a decorrente queda na lavoura motivaram o presidente americano, Barack Obama, a anunciar na segunda-feira 13 a liberação de US$ 170 milhões para ajudar fazendeiros. Apesar das dificuldades, a quebra na safra pode render bons frutos. O receio de enfrentar mais perdas na produção dá novo fôlego para as pesquisas científicas que desenvolvem mudas mais resistentes ao calor. Um dos estudos mais inovadores vem da Universidade de Washington. Lá os cientistas analisam uma espécie de parceria entre três seres vivos que pode salvar a lavoura americana. Foi descoberto que os fungos que vivem nas raízes de uma gramínea e são contaminados por um vírus específico acabam conferindo ao vegetal a capacidade de tolerar altas temperaturas.
O sistema não funciona sem que todos os três componentes estejam presentes. “Ainda estamos tentando identificar os mecanismos de tolerância ao calor e à seca, observando o funcionamento da planta e de seus genes. Mas esse fungo atua da mesma maneira em vegetais diferentes”, disse o autor do projeto, professor Russell Rodriguez. Os benefícios podem ser observados até 24 horas depois de a espécie ser “contaminada” pelo fungo. Foi o que aconteceu em testes feitos com trigo, que passou a tolerar até 70ºC.
A possibilidade de adaptação a vários vegetais gera a esperança de que o experimento funcione em terras brasileiras e seja parte de uma solução para os problemas das vastas regiões semiáridas do País. Enquanto esse dia não chega, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) também busca um meio de criar plantas mais resistentes ao calor. Um dos projetos usa a tecnologia de manipulação genética (conforme o quadro). “Os resultados são bastante promissores. Até o fim de 2013, esperamos ter melhorias já nas variedades usadas pelos fazendeiros. Se tudo der certo, podemos disponibilizar as novas espécies no mercado em 2017”, explica Eduardo Romano, doutor em biologia molecular e pesquisador da Embrapa.
Mas não é só o aumento da área de plantio que está na mira dos pesquisadores. “Hoje, 70% da água doce do mundo é usada na agricultura. Com o número de pessoas no planeta aumentando, precisamos pensar em produzir mais alimentos sem esgotar esse recurso”, aponta Romano. Os cientistas estudam formas de matar a nossa fome sem que a gente morra de sede.
IstoÉ.com

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Frase


Crise de alimentos: contagem regressiva

A falta de comida pode decretar nosso desaparecimento da Terra. E há indícios de que caminhamos para isso. Primeiro é o calor. Estima-se que para cada 1 °C a mais, a produção de arroz, trigo e milho caia 10%. E nos próximos 50 anos, a temperatura pode subir 6 °C, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
        Um aumento do consumo de carne também poderia levar à falta de cereais em nosso prato — já que boa parte deles seria usada para alimentar o gado. Este desvio já vem ocorrendo com os biocombustíveis. Em 2008, 25% do milho cultivado nos EUA foi para a fabricação deles. “No Brasil, a cana-de-açúcar, usada no etanol, já é a segunda maior cultura agrícola do país”, diz o ambientalista americano Lester Brown.
        Esses 3 fatores — aquecimento global, criação de gado e biocombustíveis — resultariam na escassez de alimentos e alta de preços. O que, por sua vez, pode gerar conflitos, como já aconteceu na Tunísia, Egito e Índia. O perigo aí é o mundo acabar em guerras muito antes de a comida terminar.
Galileu.com

Noruega pede a Brasil e Indonésia para manter proteção ambiental

O ministro do Meio Ambiente da Noruega pediu nesta sexta-feira (24) que o Brasil e a Indonésia evitem um retrocesso nas políticas para proteger as florestas tropicais, dizendo que até dois bilhões de dólares (cerca de quatro bilhões de reais) em ajuda prometida por Oslo dependiam de provas de taxas mais lentas de desmatamento.
A Noruega, rica em petróleo e gás, prometeu mais dinheiro do que qualquer outra nação doadora para retardar a diminuição das florestas tropicais. A Noruega ajuda cerca de 40 nações a proteger as florestas.
O ministro do Meio Ambiente, Baard Vegar Solhjell, cujo país não está cumprindo as metas de cortes nas emissões de gases do efeito estufa, disse que estava acompanhando de perto o debate do Código Florestal no Brasil que poderia frear o que ele chamou de uma "enorme história de sucesso" na desaceleração do desmatamento.             
Oslo prometeu até um bilhão de dólares cada para o Brasil e a Indonésia, os dois principais beneficiários de uma iniciativa florestal no valor de 3 bilhões de coroas norueguesas (514,750 milhões de dólares) por ano para ajudar a combater o aquecimento global.
"É importante que eles (Brasil) sigam as políticas que signifiquem que eles continuem a redução do desmatamento no futuro", disse ele à Reuters. "Estamos pagando por resultados reais".
A presidente brasileira vetou em maio elementos do novo Código Florestal aprovado pelo Congresso que iria relaxar a reserva florestal que os agricultores são obrigados a preservar em suas terras. "Nós não sabemos o que vai acontecer" depois do veto, disse Solhjell.
A Noruega transferiu pouco menos de 100 milhões de dólares para projetos no Brasil, de um total de 425 milhões de dólares reservados para a nação nos anos 2008-11, disse ele. O restante desse total ainda será atribuído a projetos.
Dos até um bilhão de dólares prometidos para o Brasil, até 575 milhões de dólares ainda deverão ser separados. No entanto, um enfraquecimento da proteção florestal significaria um menor pagamento, Solhjell disse.
"Grande passo adiante"Ele também disse que a Indonésia deu um "grande passo adiante" com uma moratória sobre o desmatamento em 2011 como parte do acordo com a Noruega, apesar das críticas de que a exploração madeireira ilegal continua.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o mundo perdeu um total líquido de 5,2 milhões de hectares de florestas por ano no período 2000-10 -- totalizando uma área do tamanho da Costa Rica -- ante 8,3 milhões por ano na década de 1990.
Taxas menores de desmatamento no Brasil e na Indonésia e plantações florestais na China, Índia e outros países ajudaram a frear as perdas, afirmou a organização. A Noruega diz que 17 por cento das emissões de dióxido de carbono feitas pelo homem são causadas pelo desmatamento.
IGCiência

Cientistas criam alternativa gelada ao Big Bang

Físicos teóricos da Universidade de Melbourne formularam uma teoria que se opõe a ideia do Big Bang, explosão que deu origem ao universo há 14 bilhões de anos. A proposta é que tudo começou com gelo, o Big Chill.
Esses pesquisadores acreditam que a matéria cósmica seria algo como um fluido em movimento, um líquido. Então, quando esse material esfriou, ele se cristalizou para dar origem ao universo.
Logo, de acordo com essa teoria, todo o universo funciona por meio de um mecanismo parecido ao da água. Assim, no início de tudo, havia apenas partículas indivisíveis que fluíam pelo espaço.
Com o passar do tempo, essas partículas começaram a se unir em vários pontos, que deram origem aos primeiros corpos celestes. Portanto, seria como se a matéria congelasse e formasse alguns blocos. Dessa forma, o nascimento do universo seria a totalidade de todos os congelamentos que aconteceram.
Então, essas partículas fluidas seriam o material básico de todas as coisas. Assim, a melhor metáfora para o início do universo é como a água se transforma em gelo.
Exame.com

Unesco publica site do "Patrimônio da astronomia"

Observatórios britânicos ou franceses, os blocos de pedras de Stonehenge, templos egípcios ou vestígios pré-históricos integram a partir desta sexta-feira a lista do site "do patrimônio da astronomia", apoiada pela Unesco.
O site, colocado em funcionamento pela realização da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (UAI) em Pequim, se apresenta como uma base de dados, estudos e fórum de discussão sobre locais relacionados com a astronomia em todo o mundo, explicou a organização em um comunicado.
Seu objetivo é defender e promover esta herança astronômica da mesma forma que a lista do patrimônio mundial da Unesco, associada à UAI neste site.
Exame.com

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Frase


Americanos jogam fora 40% da sua comida

Os americanos estão jogando fora 40% de sua comida, o equivalente a US$ 165 bilhões em alimentos não utilizados por ano, de acordo com um novo relatório do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC). Em uma época de seca e preços disparando, o NRDC menciona oportunidades para reduzir dinheiro e alimentos desperdiçados na fazenda, nas lojas e em lares.
“Como país, estamos essencialmente jogando fora um em cada dois pedaços de comida, o que significa dinheiro e recursos preciosos perdidos,” disse Dana Gunders, cientista do programa de alimentos e agricultura do grupo. O trabalho do NRDC analisa estudos de caso e dados governamentais sobre as causas e a extensão das perdas de alimentos em todo nível da cadeia americana de fornecimento. Também fornece exemplos e recomendações para redução do desperdício.
Entre os achados está o de que a família americana média de quatro pessoas joga fora o equivalente a US$ 2.275 em comida por ano. Sobras de comida são o maior componente único de resíduos sólidos em aterros dos EUA. Uma redução de apenas 15% na cadeia de alimentos bastaria para alimentar 25 milhões de americanos por ano. E, desde os anos 1970, o aumento do desperdício foi de 50%.
As causas de perdas no sistema são complexas, mas há notáveis áreas de problemas. No varejo, lojas perdem anualmente US$ 15 bilhões em frutas e vegetais não vendidos por ano, e metade do que é produzido nacionalmente não é comido. Na verdade, alimentos frescos sofrem as maiores perdas em quase qualquer estágio da cadeia de fornecimento. Parte disso é evitável. O varejo, por exemplo, pode evitar a abundância desnecessária de oferta em suas lojas.
Mas consumidores são importantes contribuintes para o problema, com a maioria das perdas ocorrendo em restaurantes e cozinhas domésticas. Uma razão significativa para isso são as porções grandes, assim como restos deixados de lado. Hoje, os tamanhos das porções são de duas a oito vezes o recomendado pelo governo.
Comida desperdiçada também se traduz em desperdício de recursos naturais, por causa de energia, água e terras necessários para plantar, transportar e estocar alimentos. Quase metade de toda terra nos EUA serve à agricultura. Cerca de 25% de sua água doce, assim como 4% de seu petróleo, são usados para a produção de alimentos nunca consumidos. Além disso, a comida jogada fora responde por 23% de todas as emissões de metano do país.
National Geographic

Gelo do Mar ártico sofre recuo recorde

A área de gelo do Oceano Ártico apresentou um encolhimento recorde, superando o mínimo anterior de 2007, em um sinal de como a mudança climática está transformando a região, de acordo com algumas estimativas científicas.
"Atingimos a área mínima de gelo hoje (quinta-feira, 23). Nunca se mediu menos do que agora", disse à Reuters Ola Johannessen, diretor fundador do Nansen Environmental and Remote Sensing Center, na Noruega. "Está abaixo do mínimo de 2007."
No entanto, o National Snow and Ice Data Center (NSIDC), dos Estados Unidos, considerado por muitos a principal autoridade com relação ao gelo marinho, projetou que o recorde de extensão mínima de 2007 deverá ser quebrado na semana que vem. A redução registrada no verão em geral continua em setembro.
Outros cientistas que monitoram o gelo interpretam os dados de satélite de formas ligeiramente diferentes.             
Um painel sobre o gelo compilado pelo Instituto Dinamarquês de Meteorologia (DMI, na sigla em inglês) mostrou que a extensão de gelo encolheu um pouquinho a mais que o mínimo de 2007. O DMI informou que discordaria do NSIDC para julgar quando o recorde foi batido.
O gelo tem encolhido constantemente nas últimas décadas no Ártico, ameaçando o sustento das pessoas nativas e a vida selvagem. A mudança também tem ajudado a abrir uma área rica em petróleo e gás e traz a promessa de rotas marítimas novas e mais curtas.
"Isso se deve à mudança climática", disse Nicolai Kliem, chefe do serviço de gelo do DMI, sobre o declínio do gelo no verão no longo prazo. Cientistas calculam que o gelo marinho no verão poderá desaparecer por completo nas próximas décadas.             
O recuo do gelo pode estar se autoalimentando. O gelo reflete a luz solar de volta ao espaço e, à medida que encolhe, expõe a água escura que absorve mais calor, acelerando o derretimento.
IGCiência

Planeta "engolido" por estrela alimenta hipóteses

A equipe descobriu indícios de um planeta que teria sido "engolido" ao fazer uma análise sobre a composição química da estrela hospedeira.
Eles também acreditam que um planeta sobrevivente que ainda gira em torno dessa estrela poderia ter sido lançado a uma órbita incomum pela destruição do planeta vizinho.             
Os detalhes do estudo estão na publicação científica Astrophysical Journal Letters.
A equipe, formada por americanos, poloneses e espanhóis fez a descoberta quando estava estudando a estrela BD 48 740 - que é um de uma classe estelar conhecida como gigantes vermelhas.
Concentração de lítio
O aumento das temperaturas próximas aos núcleos das gigantes vermelhas faz com que essas estrelas se expandam, destruindo planetas próximos.
"Um destino semelhante pode aguardar os planetas do nosso sistema solar, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir em direção à órbita da Terra, dentro de cerca de cinco bilhões de anos", disseo professor Alexander Wolszczan, da Pennsylvania State University, nos EUA, co-autor do estudo.
A primeira evidência de que um planeta teria sido "engolido" pela estrela foi encontrada na composição química peculiar do astro.
A BD 48 740 continha uma quantidade anormalmente elevada de lítio, um material raro criado principalmente durante o Big Bang, há 14 bilhões de anos.
O lítio é facilmente destruído no interior das estrelas, por isso é incomum encontrar esse material em altas concentrações em uma estrela antiga.
"Além do Big Bang, há poucas situações identificadas por especialistas nas quais o lítio pode ser sintetizado em uma estrela", explica Wolszczan.
"No caso da BD 48 740, é provável que o processo de produção de lítio tenha sido desatado depois que uma massa do tamanho de um planeta foi engolida pela estrela, em um processo que levou ao aquecimento do astro."
Órbita incomum
A segunda evidência identificada pelos astrônomos está relacionada a um planeta recém-descoberto que estaria desenvolvendo uma órbita elíptica em torno da estrela gigante vermelha.
Esse planeta tem pelo menos 1,6 vezes a massa de Júpiter. Segundo Andrzej Niedzielski, co-autor do estudo da Nicolaus Copernicus University em Torun, na Polônia, órbitas com tal configuração não são comuns nos sistemas planetários formados em torno de estrelas antigas.
"Na verdade, a órbita desse planeta em torno da BD 48 740 é a mais elíptica já detectada até agora", disse Niedzielski.
Como as interações gravitacionais entre planetas são em geral responsáveis por órbitas incomuns como essa, os astrônomos suspeitam que a incorporação da massa do planeta "engolido" à estrela poderia ter dado a esse outro planeta uma sobrecarga de energia que o lançou em uma órbita pouco comum.
"Flagrar um planeta quando ele está sendo devorado por uma estrela é improvável por causa da rapidez com a qual esse processo ocorre", explicou Eva Villaver da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, uma das integrantes da equipe de pesquisadores. "Mas a ocorrência de tal colisão pode ser deduzida a partir das alterações químicas que ela provoca na estrela."
"A órbita muito alongada do planeta recém-descoberto girando em torno dessa estrela gigante vermelha e a sua alta concentração de lítio são exatamente os tipos de evidências da destruição de um planeta.
IGCiência