quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Frase



China inaugura linha de trem-bala mais longa do mundo

Com uma velocidade de 300 quilômetros por hora, o tempo de viagem no trajeto de 2.298 quilômetros foi reduzido de 20 horas para 8 horas.
A primeira composição da nova linha deixou Pequim às 9h desta quarta-feira.
Segundo as autoridades chinesas, a nova linha, que já tinha alguns trechos em operação, é "uma das mais avançadas tecnicamente do mundo".
A inauguração foi marcada para este dia 26 de dezembro para aproveitar as comemorações pelo aniversário de nascimento do ex-líder chinês Mao Tsé-Tung.
A China inaugurou suas primeiras linhas de trem-bala em 2007, e em 2010 já tinha a maior rede do mundo.
BBC.com

tentativa de veto ao comércio de ursos polares divide ativistas

Uma nova tentativa de proibir o comércio global de partes do corpo de ursos polares tem dividido ativistas ambientais. Alguns dizem que o mercado de tapetes e ornamentos feitos de urso está levando a espécie à extinção; outros argumentam que as principais ameaças ao animal são as mudanças climáticas e a redução da área de gelo polar. O assunto será decidido em março de 2013, em uma conferência ambiental da ONU sobre o comércio de espécies ameaçadas.
A organização de proteção dos animais Humane Society International alega que os ursos polares estão a perigo não só por causa das mudanças no clima, mas pelo aumento da caça nos últimos anos. "O motivo do crescimento do comércio de partes de ursos é a alta dos preços, algo extremamente preocupante", opina Mark Jones, diretor-executivo da organização.
Segundo Jones, o número de peles de urso oferecidas em leilões aumentou em 375% nos últimos cinco anos.
Opiniões divergentes
Anualmente, cerca de 600 ursos são mortos legalmente por caçadores no Canadá. Entre 2001 e 2010, foram comercializadas mais de 30 mil partes de ursos, como pele, dentes e patas. Críticos propuseram um veto ao comércio internacional e receberam o apoio de Estados Unidos e Rússia.
Até agora, a mais recente tentativa de proibir a venda de partes dos ursos havia ocorrido em 2010, mas sem sucesso, graças a votos contrários da União Europeia. O argumento vencedor foi o de que a caça não representava uma ameaça significativa para os animais. Essa opinião é compartilhada por importantes ativistas, como a ONG WWF, que avalia que os perigos provocados pelo comércio internacional são pequenos se comparados às mudanças climáticas.
Por isso, a ONG não fará campanha pelo veto, ainda que prefira que ele aconteça. "Temos que focar na ameaça principal, e não nos distrairmos com uma relativamente menor", afirma Colman O'Criodain, analista de políticas de comércio da WWF. "Podemos dizer que isso (a discussão sobre o veto) é uma distração, que poderia fazer com que as pessoas pensassem que algo está sendo feito (para salvar os animais), quando o efeito será praticamente nulo."
Grupos como o Traffic International e a União Internacional para a Conservação da Natureza têm argumentos semelhantes.
IGCiência

Estiagem deixa efeitos persistentes na Amazônia

O aquecimento global e os longos períodos de estiagem na Amazônia podem mudar de vez a conhecida paisagem densamente verde que dá forma e vida às florestas tropicais. Pesquisa publicada na edição desta semana do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) revela que os dois mais recentes períodos sem chuva no bioma, conforme demonstrado pela baixa do nível de água no Rio Negro, registrada em Manaus, em 2005 e 2010, têm deixado efeitos que ainda persistem no local.
Além de observações in loco, a pesquisa se baseou em informações coletadas entre 2000 e 2009 por meio de dados de microondas, via satélite, que não são afetadas por nuvens, a partir de uma sonda da Nasa, e que mostraram os contornos do dossel da floresta, ou seja, da camada superior, que guarda a maior biodiversidade do planeta. Entre as imagens detectadas, ramos nus, folhas devastadas e árvores ausentes — tudo foi relacionado aos efeitos das mudanças climáticas nas florestas tropicais.
"Esta é a primeira evidência realmente forte de que a estiagem teve um impacto negativo sobre a floresta", disse Greg Asner, cientista ambiental do Instituto Carnegie para a Ciência, de Stanford, na Califórnia. Para Sassan Saatchi, um dos pesquisadores envolvidos,  se o nível dos rios ficar abaixo do regular ocorrer a cada cinco anos, as florestas podem começar a secar a partir das bordas em direção ao interior.
A partir da pesquisa, cientistas sugerem que a Floresta Amazônica pode não se recuperar prontamente após um período de 'seca'. Isto porque descobriram que mais de 70 milhões de hectares de floresta tropical na Amazônia Ocidental — com quase duas vezes o tamanho do estado da Califórnia — foram atingidas pela seca de 2005 e que a recuperação do dossel se arrastou por muito tempo depois que a seca acabou, com biomassa e plenitude ainda abaixo dos níveis da pré-seca.
A última análise desenha um quadro de estiagem severa provavelmente mais frequentes. A maioria das 'secas' amazônicas são movidas por aquecimento das águas no leste do Oceano Pacífico. Os rios menos caudalosos em 2005 e 2010 parecem ter sido influenciadas por temperaturas mais quentes da superfície do mar no Oceano Atlântico Norte.
Veja.com

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Frase


Júpiter, Vênus e Lua podem ser vistos juntos nesta segunda-feira


Com a chegada da noite, vai ser possível ver um fenómeno astronómico pouco comum: Vénus, Lua e Júpiter vão estar próximos e visíveis na mesma área do céu, ao alcance de um mesmo olhar, perto da linha do pôr-do-sol.
O fenómeno de aproximação começou esta manha mas o sol impede a visualização. Quando a luz começar a diminuir, Vénus vai brilhar nas sombras do crepúsculo a cerca de seis graus à direita de uma pequenina lua, totalmente visível.
Os investigadores da NASA explicam, que este fenómeno só é possível, porque a luz do sol reflecte no planeta Terra e ilumina o terreno lunar, que é escuro. É chamado de "resplandecência de Da Vinci" porque foi o pintor renascentista o primeiro a ver este fenómeno, há 500 anos atrás.
Para poder observar o alinhamento cósmico, não é necessário ter um telescópio. Basta encontrar um lugar alto e com boa visibilidade de horizonte, porque o fenómeno vai acontecer perto da linha do pôr-do-sol.
A lua ficará completamente escondida às 19.07 horas e poucos minutos depois Vénus continuará o movimento de translação em volta do sol.
Rafael Bachiller, director do Observatório Astronómico Espanhol, diz que "do ponto de vista científico, este fenómeno não tem grande interesse, e é algo que se repete de tempos em tempos, mas que vale a pena ver porque é realmente bonito".



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ambientalistas tentam salvar tribos de pastores de renas

A organização Survival International (www.survivalinternational.org) organizou uma campanha para destacar as dificuldades de tribos de pastores na região do Ártico. Estas tribos lidam com as renas, animais que geralmente associados ao trenó do Papai Noel mas que, na verdade, podem se sair bem melhor do que os outros no trabalho devido a sua energia e eficiência.
As renas geralmente são vistas em grandes imigrações para o Ártico e, os rebanhos da América do Norte, por exemplo, podem viajar mais de 5 mil quilômetros.
"Para muitas pessoas em todo o mundo, renas são sinônimo da temporada de festas. Poucos sabem, talvez, que para várias tribos do norte, este animal é essencial para a sobrevivência e história humana", afirmou o diretor da Survival International, Stephen Corry. "É uma grande tragédia que a crescente indústria extrativista está causando um dano tão pesado para as renas e seus pastores", acrescentou Corry.
A Survival International sugere que "rotas de imigração estão sendo interrompidas e pastos importantes, destruídos" devido à corrida de companhias de petróleo, gás e mineradoras para explorar o Ártico.

domingo, 23 de dezembro de 2012

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AMIGOS DO BLOG!
 
Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos! Obrigada a todos que no decorrer deste ano passaram por aqui. Espero que em 2013 possamos continuar nos enriquecendo e aperfeiçoando...BOAS FESTAS!!!

Greenpeace coloca a casa de Papai Noel à venda

Parecia impossível, até que se tornou inevitável: Papai Noel terá de se mudar e já está anunciando a venda de sua casa. Aproveitando o Natal é o tema da vez, o Greenpeace uniu forças com a agência BBH LA para criar o Santa Relocation Project, uma ação dentro da campanha Salve o Ártico. Para quem acessa a página da iniciativa no Facebook, encontra um álbum com as fotos utilizadas para vender a casa do bom velhinho, que está sendo obrigado a se mudar em função do derretimento do Ártico.
Compre a seu próprio risco. A não ser que a gente consiga reduzir o aquecimento global, você não será capaz de aproveitá-la por muito tempo”, diz o anúncio de venda. Nas fotos, descrições da oficina, a cozinha que já foi danificada pela água, os pequenos beliches e a bela vista para o oceano.
O anúncio foi colocado no site Craigslist em Miami, Nova York e Los Angeles, mas já foi removido destes dois últimos. Redes sociais como o Twitter e Instagram também foram envolvidas. Na primeira, os usuários podem colaborar com ideias e dicas de novos lugares que Papai Noel poderia escolher para morar utilizando a hashtag #SantaRelocation, enquanto a segunda divulga imagens de listas de Natal escritas por criança para lembrar que este talvez seja o último ano que elas enviarão seus pedidos ao Polo Norte.
Exame.com

Antártica está se aquecendo duas vezes mais do que foi se previsto anteriormente

A Antártida Ocidental está se aquecendo quase duas vezes mais rápido do que se acreditava anteriormente, um fato que aumenta os temores de um degelo que elevaria o nível do mar de São Francisco, nos EUA, a Xangai, na China, de acordo com um estudo divulgado neste domingo.
As temperaturas médias anuais na estação de pesquisa de Byrd, na Antártida Ocidental, subiram 2,4 graus Celsius desde os anos 1950, uma das altas mais velozes no planeta e três vezes a média mundial de mudanças climáticas, revelou o trabalho.
O grande e inesperado impulso no aquecimento provoca um maior temor de que a camada de gelo possa ser vulnerável ao descongelamento. A Antártida Ocidental tem gelo suficiente para elevar o nível dos oceanos em pelo menos 3,3 metros se toda ela se derreter, num processo que poderia levar séculos.
"A parte ocidental da camada de gelo está experimentando quase duas vezes o aquecimento que se imaginava que iria ocorrer", afirmou a Universidade Estadual de Ohio em uma nota sobre o estudo liderado pelo professor de Geografia David Bromwich.
O aquecimento "levanta novas preocupações sobre a futura contribuição da Antártida para o aumento do nível do mar", diz o comunicado. Temperaturas mais altas do verão provocam o risco de derretimento da superfície de gelo e neve, embora a maior parte da Antártida fique congelada ao longo de todo o ano.
Países de baixa altitude, como Bangladesh e Tuvalu são especialmente vulneráveis à elevação do nível do mar, como são as cidades costeiras, de Londres a Buenos Aires. O nível do mar subiu cerca de 20 centímetros no século passado.
O painel de especialistas em clima das Nações Unidas estima que o nível do mar vá aumentar entre 18 e 59 centímetros neste século, e que a elevação poderá ser ainda maior se o degelo da Groenlândia e da Antártida se acelerar em decorrência do aquecimento global causado pelas atividades humanas.
Exame.com

sábado, 22 de dezembro de 2012

Nasa prepara nova missão para Marte

A agência espacial norte-americana (Nasa) planeja lançar nova sonda para Marte em 2020. A ideia é que o equipamento seja capaz de colher amostras do solo e das rochas do planeta, pois a Curiosity, o robô móvel da Nasa, não conseguiu fazer o trabalho. No entanto, os objetivos da missão ainda não foram revelados.
A nova sonda deve custar mais de US$ 2,5 bilhões. No entanto, os cientistas e especialistas da Nasa trabalham para reduzir custos, utilizando a tecnologia existente, baseada na Curiosity. Serão utilizados os desenhos técnicos do robô, com peças sobressalentes e tecnologia comprovada, como o sistema que fez a aterragem da sonda em agosto, em uma cratera de Marte.
A exemplo da Curiosity, a missão será comandada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Porém, ainda faltam detalhes que precisam ser trabalhados, como especificar onde a sonda será instalada e que instrumentos vai transportar para a superfície.
O diretor da divisão de Ciência Planetária da Nasa, Jim Green, disse que os obstáculos de engenharia foram corrigidos e que espera que a nova sonda tenha custo menor.
National Geographic

Teriam os três reis magos chegado a Belém seguindo uma estrela? A ciência diz que não!

 
Reza a lenda que três reis magos andavam por aí quando viram uma estrela linda e brilhante. Só podia ser o sinal do nascimento de um rei. Sem pestanejar, os três magos decidiram segui-la. Chegaram até Belém logo após o nascimento de Jesus Cristo. Deixaram três presentes: ouro, incenso e mirra.
Até hoje ninguém sabe qual era aquela estrela. Só se sabe que ela guiou os três magos até o local de nascimento de Jesus. Será? O físico Randall Munroe, autor do site xkcd.com, resolveu testar algumas possibilidades. Ele imaginou onde os três parariam se tivessem seguido Marte, Vênus, ou Sirius, a estrela mais brilhante do céu. Todos os caminhos foram calculados com a ajuda de ferramentas que determinam as posições históricas dos objetos astronômicos.
A primeira hipótese seria Sirius. E não daria muito certo. Segundo Munroe, eles teriam caminhado sobre a água até chegar ao Pólo Sul. Dá uma olhada no desenho:
Então ele decidiu considerar uma possibilidade nova: vai que os magos avistaram a estrela ao final do dia, e não no breu da noite. Bem, aí o caminho seria outra. Mas não deu certo também. Eles teriam desviado de Belém, apesar de passar perto, e parado na Botsuana, lá no sul da África. Olha aí o resultado:
É, Vênus (esquerda) e Marte (direita) também não..

Ou talvez eles tenham seguido qualquer outra estrela e parado, por sorte, na cidade de Belém. Vai saber, né?
Superinteressante.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Frase


Um retorno à Idade Média

 
Terminar 2012 sob boataria, prevendo o fim do mundo em 21 de dezembro, certamente merece alguma reflexão.
Na segunda década do século 21, quando a Voyager-2 se encontra a mais de 18 bilhões de km da Terra, uma navegação que convive com temores típicos do passado pré-científico evoca um paradoxo perturbador.
Navegamos rumo a outras estrelas, ao mesmo tempo em que retrocedemos no tempo e vivenciamos temores típicos da Idade Média.
O que levou multidões nas mais diferentes regiões do mundo a dar crédito a uma fabulação sem qualquer sentido racional e temer, uma vez mais, o fim da humanidade?
Várias questões podem ser levadas em conta para uma resposta possível e, em conjunto, é possível que elas forneçam uma idéia satisfatória.
Vivemos uma crise de valores em que, de maneira geral, o que era não é mais e o que deve ser ainda não é.
A sucessão e o ritmo de mudanças a que estamos submetidos dificulta a percepção de uma idéia de processo e o resultado disso é um movimento desencontrado, profundamente desestabilizador do ponto de vista da estabilidade emocional.
Em pleno século 21 é possível que, com a idéia de fim do mundo, tenhamos de volta conceitos típicos de uma época pré-científica, da ciência mágica que antecedeu a ciência moderna.
É como se tudo pudesse ser processado de um único golpe e assim fosse possível retornar àquilo que os mitólogos conhecem como a “idade dourada”, uma época em que, supostamente, habitássemos o paraíso.
É possível que estejamos vivendo um retrocesso orquestrado por certo fundamentalismo de fundo religioso, refratário a princípios de racionalidade que formam a base do pensamento científico e de uma realidade pretensasmente contemporânea.
Como o mundo não acabou, que justificativa fornecerão aos incautos que lhes deram crédito uma diversidade de gurus, embusteiros, oportunistas e desajustados psíquicos de várias ordens?
Seguramente dirão que rituais, entre outras práticas desenvolvidas em diferentes regiões do mundo, tidas como “seguras para enfrentar o fim do mundo”, foram responsáveis pela manutenção da naturalidade das coisas, ou seja, impediram que o mundo viesse abaixo como anunciado.
E assim continuarão explorando um filão rentável que extrai do desconhecimento mínimo de princípios naturais, lucros e outras vantagens indevidas.
Talvez não faça sentido atribuir a uma indústria de entretenimento gananciosa e desprovida de elementares sentidos de ética a responsabilidade por este momentâneo (?) retorno ao obscurantismo.
Mas não se pode dizer que essa versão inescrupulosa da indústria de lazer não tenha dado sua contribuição significativa para que as coisas tenham chegado a esse nível de retrocesso.
Ainda na quinta-feira à noite, pelo menos dois canais de uma rede de TV por assinatura alimentavam um clima de dúvida e insegurança numa programação com a participação de “autores” e “pesquisadores” , gente destituída de qualquer base lógica, para não falar em equívocos elementares, erros grotescos e citações e comparações despudoradamente indevidas.
O mundo de fato não acabou. Mas talvez não esteja muito longe disso.
As trevas do obscurantismo, oportunismos e retrogradação há muito tempo não demonstravam o quanto estão manipulando a história das mentalidades.
Vale uma reflexão!!!
Ulisses Capozzoli - Scientific American

"A clonagem humana será possível em 50 anos", diz vencedor do Prêmio Nobel de Biologia


O cientista que ganhou o prêmio Nobel de biologia este ano afirma que a clonagem humana será possível (e aceita) daqui a 50 anos. De acordo com Sir John Gurdon, que trabalha com clonagem de sapos desde a década de 1960 e cuja pesquisa influenciou a clonagem da ovelha Dolly, as pessoas vão superar as preocupações éticas com a clonagem assim que a técnica se mostrar eficiente.
Para justificar seu argumento, ele usou como exemplo a fertilização in vitro. Era uma técnica encarada com suspeita até que Louise Brown, o primeiro bebê desenvolvido com o método, nasceu.
De acordo com Gurdon, a ordem da natureza não seria alterada pois clonar é produzir um gêmeo idêntico. "Copiar o que a natureza já criou", definiu.
Galileu.com

Cientistas europeus tentam combater a ressaca natalina

Pesquisadores financiados pela União Europeia (UE) podem ter descoberto uma forma de amenizar a ressaca das festas ao substituir os conservantes químicos do vinho que podem provocar dores de cabeça.
Acadêmicos europeus, produtores de vinho e pesquisadores de alimentos descobriram dois extratos contidos no vinho para substituir o dióxido de enxofre, uma substância química natural que preserva o vinho, mas pode deflagrar dores de cabeça e ataques de asma nos que são alérgicos a ela.
"Pesquisadores europeus fizeram progresso no sentido de encontrar uma alternativa a acrescentar dióxido de enxofre ao vinho tinto e outros víveres, como frutas secas, na esperança de tornar as temporadas festivas do futuro mais saudáveis para milhões de pessoas", disse a Comissão Europeia, que contribuiu com 3 milhões de euros para o projeto iniciado em 2009.
Os testes com consumidores dos primeiros vinhos tintos produzidos com os extratos mostraram que os amantes do vinho não perceberam nenhuma diferença com relação aos vinhos comuns.
Um porta-voz do projeto afirmou que por enquanto o nome dos extratos tem sido mantido em sigilo.
No mês que vem, os pesquisadores abrirão outro lote de vinhos engarrafados em maio e, se os novos testes com consumidores forem bem-sucedidos, o processo de licenciamento para o produto pode começar.
O projeto também descobriu formas de substituir o dióxido de enxofre das frutas desidratadas, usado para evitar que escureçam ou mofem.
Quanto a ressaca de cerveja...nada a declarar!
Exame.com

Humanidade já despejou 170 mil quilos de lixo espacial na Lua

Muita gente ainda acredita na teoria da conspiração de que o homem nunca pisou na Lua. A verdade, no entanto, é que não só os humanos chegaram à Lua como também despejaram toneladas de lixo espacial no único satélite natural da Terra. Nesta segunda-feira (17), a quantidade de lixo aumentou: duas sondas da Nasa caíram na superfície da Lua.
Qual a quantidade de lixo que já depositamos na Lua? O site da revista The Atlantic fez um inventário parcial que ajuda a ter uma ideia da quantidade de detritos que levamos para lá. São mais de 70 naves espaciais, entre sondas, foguetes e módulos lunares, além de uma série de coisas bem mais mundanas, como cinco bandeiras americanas, duas bolas de golf, uma dúzia de par de botas, kit de higiene pessoal e mais de 90 sacos de urina de astronautas.
A estimativa mais recente é de que humanos despejaram mais de 170 mil quilos de material de origem terrestre na Lua. A maior parte desse lixo foi despejado lá de propósito – os custos para retornar o lixo para a Terra são muito altos, e por isso as agências espaciais optaram por deixar o detrito no espaço.
E não é só a Lua que estamos sujando. Mais de 16 mil objetos estão na órbita da Terra. Ocasionalmente alguns detritos voltam ao planeta, em uma “chuva de meteoritos” de lixo espacial.
Época.com

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

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O mundo não vai acabar : esse é o recado dos maias em murais de 1200 anos atrás

 
À primeira vista, é apenas um monte de terra e pedras, coberto de árvores e vegetação, no meio da floresta na Guatemala. Ele está próximo tanto do sítio arqueológico de Xultún, que remonta ao período clássico dos maias, como de outro local que venho estudando há uma década. Em algum momento no passado, saqueadores abriram um buraco no outeiro, tentando achar uma sepultura. Mas, quando um de meus alunos topou com um muro erodido com resquícios de pintura, fiquei curioso. Escavei o outro lado do muro e descobri o lindo retrato de um rei, com todas as suas cores. Foi tão surpreendente que não pude conter o riso. Afinal, qual é a chance de um achado assim? Com efeito, são bem raras as descobertas de antigos murais maias. Tive muita sorte ao longo dos anos. Adoraria que isso fosse o resultado de alguma habilidade minha, mas foi pura sorte.
E, ao escavarmos a câmara de 1,8 metro de largura no morro, encontramos, além do rei, pinturas retratando várias figuras. Uma delas é identificada nos glifos como sendo o Irmão Menor Obsidiana. Ele está empunhando um estilo, e há toda uma parede recoberta de cálculos matemáticos. Meu palpite é que foi um local de trabalho ou de ensino para escribas, artistas e estudiosos, o que nos permite um raro vislumbre dos processos mentais dos maias. Ali elaboravam coisas que depois seriam disseminadas entre a população.
 
 
Quando analisamos quatro colunas de números, notamos que eram cálculos baseados no calendário e na astronomia maias e que avançavam 2,5 milhões de dias – ou 7 mil anos – no futuro. Esses cálculos foram feitos em 813 ou 814, 75 anos antes do fim de Xultún. Muitas das planícies maias já haviam sido abandonadas. O colapso de sua civilização estava em curso. As rotas mercantis e os centros de comunicação estavam todos transtornados. Em Xultún, a vida continuava como antes, mas já se notava a angústia. Ali, estavam empenhados em vincular os eventos da vida do soberano aos grandes ciclos cósmicos. Eles queriam mostrar que o rei ficaria bem.
É importante lembrar que os antigos maias esperavam que o mundo continuasse a existir. Isso é o que queriam provar. Não fizeram nenhuma previsão a respeito do fim do mundo. Para eles, havia ciclos e, portanto, novos começos – jamais términos absolutos. Eis a valiosa explicação dessa câmara. Os números nas paredes são cálculos do momento em que os mesmos eventos cósmicos voltariam a ocorrer no futuro – uma garantia de que nada iria mudar. Nós é que nos preocupamos com o fim das coisas, em um modo de pensar muito diferente.
National Geographic

Nasa faz paródia "científica" de Gangnam Style

Chamado “NASA Johnson Style”, o vídeo mostra as equipes do Johnson Space Center. O centro espacial fica em Houston, no Texas, nos Estados Unidos.
O vídeo foi publicado na sexta-feira (14). Desde então, ele já conseguiu mais de 800 mil visualizações. Durante quase quatro minutos, o internauta pode conhecer um pouco do centro espacial e ver o trabalho dos astronautas em simuladores de gravidade ou voo.
Além de um time de estudantes que trabalham na NASA, o vídeo também traz os veteranos astronautas Tracy Caldwell Dyson, Mike Massimino e Clay Anderson. O vídeo mostra os funcionários enquanto eles dançam e fazem suas atividades de rotina. Tudo isso enquanto o sósia cientista do Psy faz brincadeiras pelo local.
A letra da música também fala sobre a Estação Espacial Internacional (ISS). Os funcionários contam que é no Johnson Space Center onde são feitos os testes responsáveis por preparar os astronautas antes de irem ao espaço.
A ideia não é só fazer os outros darem risada. O objetivo dos estudantes com o vídeo é valorizar o trabalho da NASA entre os jovens. Além disso, eles pretendem chamar a atenção para o trabalho feito pelas equipes do centro espacial.
Exame.com

NASA Johnson Style (Gangnam Style Parody)


Mudança climática acabará com geleiras do Equador em 70 anos

Reserva Ecológica Antisana - As geleiras do Equador, que coroam vulcões de mais de cinco mil metros de altura, desaparecerão em 70 anos no ritmo atual de degelo causado pelo aquecimento global, o que alterará o ecossistema e o volume de água para consumo humano, segundo os especialistas.
 Uma situação similar acontece no Peru, na Bolívia e na Colômbia, que compartilham com o Equador as geleiras "tropicais" da América.
 Um deles é o Antisana, um enorme pico de 5.753 metros de altura com dois cones vulcânicos por cujas quebradas descem as águas geladas que terminam na maioria das torneiras dos lares de Quito, uma cidade de 2,4 milhões de habitantes.
 O previsível desaparecimento dos gelos eternos terá efeitos no frágil local ermo que o rodeia, composto de extensões de gramíneas baixas, e onde habitam espécies em risco de extinção como o urso de óculos e o condor.
A perda do líquido contido nas neves não é o grande problema, mas os efeitos da falta desse foco frio nesse ecossistema, que atua como uma esponja, ao absorver a água da chuva e do degelo, disse Jorge Núñez, especialista no Equador do Projeto de Adaptação ao Impacto do Retrocesso Acelerado de Geleiras nos Andes Tropicais (PRAA).
 "Ao afetar-se os locais ermos teremos danos irreversíveis na biodiversidade e na disponibilidade de água, no armazenamento e na regulação de água", alertou Núñez.
 Apenas 8% da água que desce do Antisana procede da geleira, enquanto o resto sai do local ermo, explicou María Victoria Chiriboga, diretora de Adaptação à Mudança Climática do Ministério do Meio Ambiente do Equador.
 A Colômbia, assim como o Equador, tem locais ermos, mas a situação é diferente no Peru e na Bolívia, onde são poucos e onde o abastecimento de água depende mais, por isso, da precipitação e da água armazenada nas neves, disse Núñez.
 O Peru concentra mais de 70% das geleiras andinas, a Bolívia 20%, enquanto Equador e Colômbia contam com 4% cada um.
 Sua taxa de decréscimo depende de fatores como sua localização e tamanho, mas em geral é similar em toda a região, segundo Núñez.
O Equador perdeu 30% da massa de seus nevados nos últimos 30 anos, por isso que a este ritmo desaparecerão totalmente dentro de 70 anos, previu o especialista.
 Na Bolívia o fenômeno já cobrou uma vítima, o Chacaltaya, um pico de mais de 5,4 mil metros de altura que perdeu sua camada branca em 2009.
 O culpado é a mudança do clima do planeta, que hoje em dia é 0,8 graus centígrados mais quente em média que na época pré-industrial, segundo os cientistas.
 No Equador a alta foi de um grau centígrado apenas nos últimos 50 anos e em alguns lugares da região andina esse alta chega a dois graus centígrados, de acordo com María Victoria.
 "Não há meio humano capaz de deter o retrocesso geleiro, o que podemos fazer é trabalhar para atenuar os impactos", comentou Núñez.
 E para isso é fundamental contar com dados sobre a atmosfera da alta montanha, que é muito mal conhecida nos trópicos. Para isso, os países andinos instalaram estações meteorológicas em alguns de seus nevados com apoio do PRAA e da cooperação internacional.
O Equador vigia por enquanto apenas o Antisana, onde conta com três instalações automáticas a diversas alturas e outras três menores em cima do gelo.
 As estações medem o vento, a radiação solar, a altura da neve, a precipitação, a temperatura e a saturação de água do solo, que revela a capacidade de armazenamento do local ermo.
 De algumas delas se vê nas manhãs claras o cone perfeito do Cotopaxi, outro vulcão cujo cume branco diminui a cada dia.
 A mudança climática também minguará as colheitas na América Latina e gerará inundações e secas, segundo um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
 A alta da temperatura em dois graus centígrados acima do nível atual provocaria danos crescentes na região, que chegariam em 2050 a cerca de US$ 100 bilhões, de acordo com seus cálculos.
 Esse dado deveria fazer com que não só os ministérios de Meio Ambiente se preocupem pelas geleiras, mas também os de Economia.
Exame.com

Astrônomos descobrem planeta habitável perto de estrela

Visível a olho nu da Terra, a estrela Tau Ceti é uma das que mais se assemelha ao sol em massa e irradiação - e escondia alguns mistérios, como acabam de descobrir os astrônomos. Cientistas encontraram cinco planetas na órbita da estrela, um deles em uma "zona habitável", onde a água líquida pode existir, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira.
Tau Ceti, que faz parte da Constelação da Baleia, está localizada a 12 anos-luz do sol. No passado, muitos olhares se voltaram para ela, em vão, em busca de vida extraterrestre. Nenhum planeta foi detectado no entorno de Tau Ceti até que uma equipe internacional teve a ideia de testar nesta estrela sua nova técnica de coleta de dados astronômicos, capaz de detectar sinais duas vezes mais potentes.
"Nós escolhemos Tau Ceti porque achamos que ela não comportaria nenhum sinal. E ela é tão brilhante e similar ao nosso sol que constitui uma cobaia ideal para testar nosso método de detecção de planetas de pequena proporção", explicou em um comunicado Hugh Jones, da Universidade britânica de Hertfordshire. Os astrônomos descobriram cinco planetas, com massa compreendida entre duas e seis vezes a da Terra. Um deles encontra-se na zona "habitável", nem muito quente, nem muito fria, permitindo a existência de uma atmosfera, de água em estado líquido em sua superfície, e portanto, talvez uma forma de vida.
"Tau Ceti é uma de nossas vizinhas cósmicas mais próximas, tão brilhante que nós poderíamos chegar a estudar as atmosferas de seus planetas em um futuro não muito distante", afirmou James Jenkins, da Universidade do Chile, que participou do estudo, publicado na revista Astronomy & Astrophysics. Esta descoberta confirma a nova ideia "que quase todas as estrelas têm planetas e que a galáxia deve, portanto, conter um grande número de planetas potencialmente habitáveis de tamanho próximo do nosso", acrescentou Steve Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.
Veja.com

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

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12 fatos que marcaram a ciência em 2012

 
CURIOSITY
O jipe-robô Curiosity, da NASA, está desde o dia 6 de agosto em Marte. Ele pousou em solo marciano após uma complexa manobra que ficou conhecida como "Os 7 minutos de terror".
Curiosity é a maior construção humana já levada para Marte. O pouso contou com um escudo de proteção térmica que ajudou a nave a entrar na atmosfera do planeta. Um paraquedas supersônico também entrou em ação para desacelerar o módulo de aterrissagem. A finalização do pouso ocorreu quando um guindaste voador depositou o jipe-robô no solo e voltou para o espaço rapidamente para evitar colisões.
Curiosity tem como missão explorar durante dois anos a região marciana conhecida como Cratera Gale. O objetivo é tentar descobrir se Marte já teve um ambiente capaz de suportar vida microscópica e se os seus indícios foram preservados.
Durante seus primeiros seis meses em solo marciano, Curiosity já chamou muita atenção. O jipe-robô encontrou uma pedra marciana que se parece com as da Terra e descobriu moléculas complexas no solo marciano, o que inclui substâncias com água, enxofre e cloro.
 
 
BÓSON DE HIGGS
(Cern) anunciou em julho a descoberta de uma partícula que pode ser o bóson de Higgs, a Partícula de Deus. A chance de ser apenas uma coincidência é menor que 1 em 1 milhão.
Os pesquisadores conseguiram detectar esse fenômeno a partir de colisões de partículas feitas no LHC, uma estrutura subterrânea sob a fronteira franco-suíça onde é possível simular as condições do Big Bang, explosão que teria dado origem ao Universo há 14 bilhões de anos.
Isso porque, segundo a teoria moderna do Modelo Padrão, o bóson de Higgs e o campo energético a ele associado foram responsáveis por conferir massa à matéria após essa grande explosão. Ao afirmar a existência do bóson de Higgs, é possível comprovar a teoria do Modelo Padrão, capaz de mudar fundamentalmente o conhecimento da física sobre o Universo.
 
 
 
MATÉRIA ESCURA
Um grupo de astrônomos conseguiu observar a matéria escura pela primeira vez na história em julho. Com isso, a misteriosa substância que parece ter dado estrutura ao Universo foi finalmente revelada.
Em 1933, Fritz Zwicky descobriu que a quantidade de matéria vista pelos nossos telescópios não batia com o comportamento do Universo. Com isso, ele conclui que existia algo a mais que não conseguíamos enxergar, mas que era responsável por mais de 80% de toda a matéria.
 existente.
A pesquisa, liderada por Jorg Dietrich, do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, observou intersecções em filamentos de estruturas em aglomerados de galáxias. Elas são consideradas invisíveis porque não são densas.
Esse filamento tem uma gigantesca ramificação de matéria escura e é perpendicular à Terra, ou seja, está na nossa linha de visão. Essas características a tornam mais densa. Por isso, os astrônomos conseguiram enxergar o fenômeno. A matéria escura conecta Abell 222 e Abell 223, duas galáxias que estão a 2,7 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
 
 
ACIDENTE NA ANTÁRTICA
Uma explosão seguida de incêndio destruiu a base de pesquisas que o Brasil mantinha na Antártica. O acidente matou dois militares da Marinha e desalojou a equipe de 59 pessoas composta por cientistas, biólogos e militares que viviam no local.
Quase dez meses depois, o Ministério Público Militar (MPM) denunciou à Justiça o primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros pelos crimes de homicídio culposo (sem intenção de matar) e dano em instalações navais e em estabelecimentos militares. Segundo a denúncia o militar transferiu um combustível de combustão imediata dos tanques de armazenamento para os dois tanques de serviço, cuja capacidade é de 5 mil litros cada um.
A nova estação só deverá ficar pronta em 2016. O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que o projeto da nova base permanente - que vai substituir a Estação Comandante Ferraz - será concluído até o verão de 2013/2014, para que a reconstrução comece nesse período.
 
 
SALTO DA ESTRATOSFERA
O austríaco Felix Baumgartner saltou em outubro da estratosfera, a mais de 39 mil metros de altura, em direção a Terra. Com isso, ele se tornou dono de três recordes mundiais.
Segundo cálculos, Baumgartner é o primeiro homem a superar a velocidade do som sem ajuda mecânica. O atleta conseguiu obter a façanha nos 40 primeiros segundo de queda livre, quando atingiu 1.173 km/h.
Em condições normais, a velocidade do som é de 1.234 km/h na atmosfera terrestre, enquanto na estratosfera ela chega a 1.110 km/h. Isso acontece por causa da menor resistência do ar, segundo a missão que coordenou o salto.
Baumgartner estava com um traje pressurizado. Ele o protegeu da baixa pressão e das baixas temperaturas. Em marcas já confirmadas, Baumgartner também se tornou o homem que saltou mais alto com um paraquedas. Além disso, ele atingiu o ponto mais afastado da Terra com ajuda de um balão. A queda livre durou quatro minutos e 19 segundos.
 
 
AVANÇO 3D
As impressoras 3D chamaram a atenção da ciência em 2012. Engenheiros do hospital infantil Nemours-Akfred I. duPont, na Flórida, nos Estados Unidos, usaram uma impressora 3D para criar "braços mágicos". Eles funcionam como um exoesqueleto capaz de devolver os movimentos dos braços de Emma Lavelle, uma menina de dois anos. Ela nasceu com artrogripose múltipla congênita, uma doença neuromuscular rara que atrofia articulações e membros.
O sistema tem todas as partes feitas com barras de metal articuladas, faixas plásticas de resistência, pequenas peças impressas em 3D e é bem grande. A facilidade da impressão em 3D possibilita a personalização das peças. Quando uma quebra, é só imprimir outra. Por isso, o instrumento deve ganhar novas versões e acompanhar o crescimento de Emma.
Outro assunto que chamou a atenção foi o investimento que a Thiel Foundation, empresa do multimilionário Peter Thiel, cofundador do PayPal, fez na startup Modern Meadow. Foram 350 mil dólares destinados ao desenvolvimento de uma impressora 3D que poderá criar carne artificial a partir de células animais.
 
TURISMO ESPACIAL
Viagens turísticas espaciais começaram a ficar acessíveis esse ano. A companhia Virgin Galactic, por exemplo, é uma das agências que se propôs a começar o turismo espacial em 2012.
Em novembro, a agência de viagens Sanchat Tour Operadora também ofereceu pacotes para quem quiser ir ao espaço em 2014. A venda aconteceu durante o Festival do Turismo de Gramado, entre os dias 22 e 25 de novembro de 2012.
"Destinos Especiais e Espaciais" é o nome do pacote que a agência de viagens Sanchat Tour começou a oferecer pela internet também em novembro a um preço de US$ 107 mil por uma viagem de 60 minutos a bordo da nave espacial Lynx. A primeira decolagem comercial está prevista para março de 2014.
 
 
CORAÇÃO ARTIFICIAL
A cantora britânica Sarah Brightman também assinou um contrato para ser a próxima turista espacial. Ela fará uma viagem à Estação Espacial Internacional (ISS) no ano de 2015, quando já terá completado 55 anos, um fato que transformará a cantora em uma das pessoas mais velhas a realizar essa missão.
O bombeiro tcheco Jakub Halik foi considerado o primeiro homem que conseguiu sobreviver com ajuda de duas bombas mecânicas instaladas no coração. Halik teve que retirar o órgão por causa de um tumor maligno.
O tcheco foi o primeiro homem do mundo que sobreviveu a este tipo de cirurgia. O método consiste em instalar duas bombas, chamadas de HeartMate II, para realizar o bombeamento do sangue para o corpo, por um lado, e aos pulmões, por outro. Ele sobreviveu 194 dias sem coração, apenas com as bombas cardíacas.
Além da história de Halik, o Instituto Dante Pazzanese, da Secretaria de Estado da Saúde, anunciou em abril o início de testes de cirurgias com um coração artificial nacional em humanos.
O aparelho tem como meta conseguir dar uma sobrevida aos pacientes, que estão na fila de espera para um transplante. O custo do coração artificial no Brasil fica entre 60 mil e 100 mil reais. Esse valor é 200 mil reais mais barato para o país quando comparado com corações artificiais exportados.
 
 
JAMES CAMERON NAS PROFUNDEZAS
James Cameron, diretor de filmes em Hollywood (Avatar e Titanic), fez seu primeiro mergulho solo do mundo no lugar mais profundo já conhecido na Terra em março. Ele atingiu o fundo da Fossa das Marianas, no oceano Pacífico, a sudoeste de Guam.
Em um submarino especialmente projetado para ele, Cameron chegou ao local conhecido como "Challenger Deep" e atingiu uma profundidade de cerca de 11 quilômetros abaixo da superfície do oceano. A descida durou duas horas e 36 minutos.
Cameron, a primeira pessoa a fazer um mergulho solo no local, ficou duas horas na Fossa das Marianas e coletou amostras de material para pesquisa. Depois, em uma subida de 70 minutos, ele voltou à superfície.
 
 
NEUTRINOS NÃO DESAFIARAM EINSTEIN
No final de setembro de 2011, os físicos da equipe Ópera anunciaram que neutrinos percorreram os 730 km em velocidade superior a da luz entre a Cern (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), em Genebra, e o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália.
Boa parte da comunidade científica não acreditou que uma partícula elementar da matéria tivesse superado a velocidade da luz, considerada por Einstein com um limite insuperável. A teoria espacial da relatividade diz que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
Então, em fevereiro de 2012, os pesquisadores anunciaram que o resultado de 2011 foi provocado por uma má conexão no cabo de fibra óptica responsável por fazer a ligação entre um GPS e um computador. Portanto, os 60 nanossegundos de vantagem registrados pelos neutrinos sobre a velocidade da luz não eram reais.
 
 
PRIVATIZAÇÃO NO ESPAÇO
A NASA aposentou seus ônibus espaciais em julho de 2011. A agência espera que a SpaceX e outras empresas privadas possam substituir os ônibus espaciais na função de abastecer a ISS (Estação Espacial Internacional).
Em agosto, a NASA anunciou que dará às empresas Boeing, SpaceX e Sierra Nevada US$ 1,1 bilhão para o desenvolvimento espacial no setor privado pelos próximos 21 meses. A gigante aeronáutica Boeing receberá US$ 460 milhões. A SpaceX terá US$ 440 milhões. Por sua vez, a Sierra Nevada terá acesso a US$ 212,5 milhões.
As companhias deverão planejar e desenvolver um meio de transporte de astronautas à ISS para 2017. O foguete Falcon 9 decolou com a nave Dragon, da empresa SpaceX, em direção à Estação Espacial Internacional em maio. O contrato fechado com a NASA prevê a realização de 12 voos da SpaceX à ISS em quatro anos, para transportar o total de 20 toneladas de material.
Apesar das diversas polêmicas, a Coreia do Norte colocou um satélite em órbita no começo de dezembro com ajuda do foguete Unha-3. O foguete passou pelo Japão, separou-se do primeiro estágio no Mar Amarelo e do segundo no Mar das Filipinas. Depois disso, ele entrou em órbita.
 
 
SATÉLITE NORTE-COREANO
O regime da Coreia do Norte afirma que o Kwangmyongsong-3 ("Estrela brilhante-3") é um satélite meteorológico em uma órbita polar que viaja como um meridiano da Terra. No entanto, o governo americano acredita que o instrumento estava fora de controle e corre risco de colidir com outros satélites.
Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, entre outros consideram que o lançamento do foguete de longo alcance Unha-3 encobre um teste de mísseis balísticos que violaria resoluções da ONU. Apesar disso, o regime norte-coreano insistiu que o lançamento do satélite Kwangmyongsong-3 tem fins exclusivamente pacíficos.
Exame.com

Ciência revela complô de 3 mil anos sobre morte de faraó


O faraó Ramsés III pode ter sido assassinado. É o que dizem pesquisadores da Universidade do Cairo, no Egito, após análises de exames de tomografia computadorizada e análises de DNA que indicam que o faraó teve a garganta cortada. A descoberta pode solucionar um crime de 3.000 anos, a "conspiração do harém", um dos episódios mais misteriosos do antigo Egito. A pesquisa será publicada nesta terça-feira no periódico British Medical Journal.
A conspiração de membros do harém do faraó é conhecida através de documentos da época, em particular o Papyrus judiciaire, conservado em Turim, que relata a tentativa de golpe de Estado da rainha Tiyi, uma das esposas de Ramsés III. Tiyi desejava levar ao trono seu filho, quando o sucessor legítimo de Ramsés III era o filho de Isis, a primeira esposa. A rainha Tiyi se apoiava na crescente indignação popular contra o faraó, que vivia no luxo enquanto a fome ameaçava o Egito.
Apesar de viver restrita ao harém, Tiyi conseguiu envolver militares e até mesmo um sacerdote no complô. Seu objetivo era simples: eliminar Ramsés III, provavelmente durante uma noite de prazer no harém. Documentos revelam que a tentativa de golpe fracassou em 1.155 a.C. Cerca de 30 envolvidos foram condenados, mas não se sabe o destino de Ramsés III, que tinha em torno de 65 anos.
Crime — Perdida por muito tempo, a múmia de Ramsés foi finalmente encontrada no final do século XIX, mas uma radiografia realizada nos anos 60 não revelou qualquer traumatismo no faraó. O especialista em múmias alemão Albert Zink, célebre por revelar os segredos de Ötzi (caçador primitivo descoberto em 1991 nos Alpes), decidiu então se debruçar sobre o mistério de Ramsés III.
Com a ajuda de especialistas, incluindo Zahi Hawass, antigo responsável do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Zink examinou a múmia de Ramsés III com imagens em 3D e tomografia computadorizada, e descobriu um ferimento grave na garganta do faraó, exatamente sob a laringe, que havia passado despercebido. "O corte tem cerca de 7 centímetros e foi feito com uma faca ou com uma lâmina similar", destaca o trabalho.
"Sua extensão e profundidade indicam que o corte provocou a morte imediata de Ramsés III", afirmam os pesquisadores. A tomografia revelou ainda um corpo estranho junto ao ferimento: um amuleto de pedra, "O Olho de Horus", que os egípcios utilizavam em rituais de cura. "A garganta cortada e o amuleto provam claramente que o faraó foi assassinado", diz Albert Zink.
Veja.com

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Frase


Furacões no Ártico influenciam clima e circulação da água polar, diz estudo

Cientistas americanos e britânicos relatam a primeira evidência conclusiva de que os furacões no Ártico, conhecidos como "baixas polares", exercem um papel importante sobre o clima e a circulação da água nesse oceano.
A descoberta foi possível graças à criação do primeiro modelo de alta resolução para estudar os efeitos climáticos causados por esse fenômeno. Os resultados dos pesquisadores da Universidade de Massachusetts em Amherst, nos EUA, e da Universidade de Anglia do Leste, no Reino Unido, estão descritos na edição deste domingo (16) da revista "Nature Geoscience".
Esses furacões apresentam um "olho" central de baixa pressão e podem provocar fortes ventos e ondas de quase 11 metros de altura, capazes de afundar pequenos navios e cobrir plataformas com um gelo espesso, ameaçando a exploração de petróleo e gás na região.
Segundo os autores, o modelo analisou a força dos ventos dessas tempestades e aponta para condições climáticas potencialmente mais frias na Europa e na América do Norte neste século do que outros trabalhos já previram.
O geocientista americano Alan Condron e o colega britânico Ian Renfrew explicam que, todos os anos, milhares de ciclones como esses ocorrem nas áreas polares do Atlântico Norte, mas nenhum modelo moderno havia conseguido simular isso, o que tornava difícil verificar, de forma confiável, as alterações na Europa e na América do Norte nas próximas duas décadas.
"Antes de as baixas polares serem vistas pela primeira vez por satélites, marinheiros frequentemente voltavam do Ártico com histórias de encontros com tempestades violentas que pareciam surgir do nada. Por causa do pequeno tamanho delas, muitas vezes ficavam de fora dos mapas meteorológicos", diz Condron, que atua na área de oceanografia física.
Os cientistas explicam que, ao retirar calor do oceano, as baixas polares favorecem que a água mais fria e densa do Atlântico Norte afunde, o que impulsiona uma circulação oceânica chamada termoalina, que transporta o calor para Europa e a América do Norte.
A descoberta também contradiz o que modelos climáticos antigos indicavam: que o calor se movia do norte em direção aos polos. Outras pesquisas têm apontado ainda que o número de baixas polares deve diminuir em um período de 20 a 50 anos.
"Se isso for verdade, poderemos ver um enfraquecimento da circulação termoalina, que pode ser capaz de compensar parte do aquecimento previsto para a Europa e a América do Norte em um futuro próximo", diz Condron.
G1

Eles querem resfriar o planeta

A mudança climática está aí, derretendo geleiras, matando florestas e intensificando inundações e ondas de calor. Enquanto isso, as emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases do efeito estufa continuam a aumentar, o que promete piorar o cenário. Mesmo se parássemos de jogar na atmosfera esse monte de CO2 amanhã, as temperaturas não deixariam de se elevar nas próximas décadas, provocando o avanço do nível do mar e a derrocada de áreas de plantio. É contra todas essas possibilidades que um ramo da ciência, a geoengenharia, propõe ideias audaciosas. Seus defensores creem que intervenções conscientes no oceano, no solo e nos ares podem consertar o problema ou prevenir consequências graves.
        Há dezenas de planos com a meta de resfriar a Terra, alguns até mirabolantes: lançar naves para clarear as nuvens com névoas de sal, armar espelhos gigantes no espaço, usar engenharia genética para criar plantas mais pálidas, cobrir os desertos com um filme refletor de poliéster... Como ainda não há tanta certeza sobre seus possíveis riscos e resultados, a melhor opção é explorar cada ideia com simulações e cálculos detalhados. Só com estudos pode-se evitar que qualquer estratégia venha piorar a situação.
Algumas propostas acabam descartadas devido aos efeitos colaterais ou à inviabilidade econômica. Recobrir desertos com um plástico para refletir a luz solar surtiria um efeito pequeno e arruinaria ecossistemas. Usar para-sóis espaciais demandaria lançar cerca de 20 milhões de foguetes, um gasto astronômico que ainda resultaria em níveis fatais de poluição. “Isso é pura ficção científica”, diz o Ph.D. em geociências Tim Lenton, da Universidade de Exeter, na Inglaterra.
O problema básico do aquecimento global é que os níveis crescentes de gases do efeito estufa na atmosfera funcionam como um cobertor sobre a terra, que prende o calor à sua superfície. Antes de testar qualquer estratégia, deve-se levar em conta justamente seu potencial de resfriamento. Como em algum momento deste século se prevê que a concentração de CO2 vai dobrar, diminuindo a perda natural de calor do planeta em 3,7 watts por metro quadrado, seria necessário uma operação de geoengenharia que bloqueasse um nível correspondente de calor do Sol ou elevasse a quantidade de calor refletida nas camadas superiores da atmosfera.
        Desde 2008, Lenton e colegas combinam resultados de modelos propostos com seus próprios cálculos para avaliar o quanto essas ideias seriam viáveis. Eles perceberam que alguns projetos não fazem diferença alguma, enquanto outros rendem resultados, às vezes bem modestos. Clarear telhados e estradas para refletir mais luz do Sol teria uma potência de apenas 0,15 watt por metro quadrado. Mais promissor é o plano de fertilizar os mares. Os plânctons, seres minúsculos que habitam o oceano, consomem CO2 quando crescem e, ao morrerem, podem afundar no mar, levando consigo o carbono. Sabe-se que adicionar substâncias como o ferro na água promove maior crescimento de plânctons. Ao fertilizar os mares com o mineral, mais plânctons carregariam CO2 para o fundo do oceano (fenômeno conhecido como sequestro de carbono). Lenton calcula que essa estratégia poderia equilibrar em até 0,2 watt por metro quadrado o processo de perda de calor.

Com a cabeça nas nuvens Outra ideia recebida com certo entusiasmo é embranquecer as nuvens marinhas, sobretudo as do tipo stratus, aquelas baixas e planas que cobrem boa parte do céu — sim, nuvens também têm uma classificação própria. Navios espalhados por todos os oceanos borrifariam o ar com água salgada. As partículas de sal, por um fenômeno físico-químico, encorajam gotículas de água a formar nuvens. Com mais gotas por metro cúbico, essas nuvens ficam mais brancas do que o normal. Logo, refletiriam mais luz solar. Isso serviria para compensar todo o aquecimento provocado pela quantidade dobrada de CO2. Uma das vantagens é dispensar o uso de produtos químicos nocivos. Por outro lado, tem seus efeitos adversos. Um estudo publicado neste ano revela que a semeadura de nuvens sobre o Pacífico alteraria os padrões de chuvas da mesma forma que La Niña, fenômeno climático que causa diversos estragos pelo mundo.
        Nessa linha de coberturas solares, outra proposta é lançar sobre a atmosfera uma névoa de partículas finas elevando a carga de um composto naturalmente encontrado na poluição industrial, o dióxido de enxofre (SO2). O SO2 emitido pelas fábricas não fica muito tempo disperso pelo ar, mas, ao alcançar a estratosfera (camada acima daquela em que vivemos), pode durar anos, o que ajudaria a resfriar o planeta por um período prolongado. A prova disso está nas erupções vulcânicas que injetam SO2 na estratosfera. A do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, resfriou o globo em cerca de 0,5 grau nos anos seguintes.
Para compensar o aquecimento global, seria necessário bombear 5 milhões de toneladas de dióxido de enxofre por ano na atmosfera. Segundo o engenheiro aeroespacial Justin McClellan, da Aurora Flight Sciences de Cambridge, em Massachusetts, EUA, o custo anual seria de US$ 10 bilhões. Em comparação com os gastos de outros projetos e as consequências das mudanças climáticas, seria uma pechincha. Só o aumento do nível do mar cobraria trilhões de dólares em termos de cidades e terra arável perdidas. Mas essa estratégia também tem seus poréns: a injeção de SO2 não apresenta, por exemplo, um alcance global. Gotículas de enxofre não se prendem nas regiões polares, reduzindo seu efeito refrigerador ali. Assim, mesmo que as temperaturas em geral caiam, os polos continuariam mais quentes e as calotas polares seguiriam derretendo. Não é a saída, portanto, para conter o colapso do manto de gelo da Antártida, que deve elevar em 3 metros o nível do mar.
        Enquanto cidades costeiras ficariam ameaçadas por enchentes, a solução das coberturas solares resultaria em falta de água para o resto do planeta. Isso porque menos luz solar sobre a superfície marítima significa menor evaporação de água e, assim, menos chuva. Outro desafio é que esse projeto tende a alterar a dinâmica dos ventos e o padrão de umidade de algumas regiões. “Poderíamos, sem querer, transformar a Amazônia em um deserto”, exemplifica Tim Palmer, professor de ciências climáticas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Tem mais: segundo previsões, uma quantidade de aerossol de SO2 que deixaria a China num nível confortável resfriaria demais a Índia. É um toma lá dá cá.
Em vez de modificar nuvens ou instaurar névoas de enxofre na atmosfera, o climatologista David Mitchell, do Desert Research Institute, nos EUA, defende destruir um tipo específico de nuvem, a cirrus, famosa por suas formas sedosas no céu de verão. As nuvens cirrus geladas, ao contrário das stratus marítimas que refletem bastante a luz do sol, irradiam bem menos calor e acabam esquentando nosso ambiente. A ideia do pesquisador é dispersá-las com o uso de aeronaves que espalhariam uma substância não tóxica, o iodeto de bismuto, sobre elas. Isso quebraria essa barreira natural e baixaria o termômetro do planeta. Pelos cálculos de Mitchell, tal processo resfriaria o globo numa potência de 2 watts por metro quadrado, com a vantagem de funcionar nas regiões das calotas polares. O cientista avisa, no entanto, que o projeto tem muito estudo pela frente antes de chegar aos céus.
        Diante dessas indefinições, há quem defenda ser mais sensato atacar a causa real do problema, focando na retirada de CO2 da atmosfera. O gás poderia ser bombeado para reservatórios subterrâneos, como campos de petróleo inativados. Até agora, porém, ninguém desenvolveu um método eficiente para cumprir a missão. “Trata-se de um processo custoso pela própria natureza, já que o gás se encontra bem diluído”, explica Lenton. Com as tecnologias atuais, não há perspectiva de varrer todo o CO2 que jogamos na atmosfera a tempo de impedir mais encrencas.
        No fim das contas, a geoengenharia também esbarra num desafio político. “É impossível ter programas nacionais concorrentes. Então, uma entidade supracional precisaria tomar as decisões sobre o clima”, argumenta Myles Allen, chefe do Grupo de Dinâmicas Climáticas da Universidade de Oxford. E, como sabemos, é difícil chegar a acordos tendo em vista que os países têm prioridades diferentes. Nada impede, no entanto, que indivíduos, instituições e nações ajam por conta própria e com responsabilidade para minimizar os estragos. Afinal, o tempo corre e a temperatura aumenta.
Galileu.com

Eclipses de lua de Marte ajudarão a localizar o robô Curiosity

A localização do robô Curiosity poderá ser feita a partir do estudo dos eclipses de Fobos, a maior das luas de Marte, segundo um artigo publicado nesta segunda-feira na revista científica Monthly Notices, da Real Sociedade Astronômica britânica. Até agora, esta localização era feita graças aos dados emitidos pelas antenas do robô ou a partir das imagens enviadas pelas sondas que orbitam o planeta vermelho.
Uma equipe da Universidade Complutense de Madri (UCM) desenvolveu um modelo matemático para prever e observar os eclipses a partir da superfície de Marte, o que poderá ser utilizado para se saber a localização do robô. Não é comum as antenas do Curiosity falharem, mas caso isso ocorra, uma alternativa para localizá-lo seria utilizar os eclipses observados pelo robô, explicou à Agência Efe Gonzalo Barderas, pesquisador da UCM.
"Os eclipses de Fobos oferecem um método alternativo para determinar a posição de onde o Curiosity os observou", disse o cientista. "Ao se saber quando se inicia e termina a movimentação da lua é possível determinar onde está o robô", esclareceu.
"Os eclipses de Fobos oferecem um método alternativo para determinar a posição de onde o Curiosity os observou", disse o cientista. "Ao se saber quando se inicia e termina a movimentação da lua é possível determinar onde está o robô", esclareceu.
Para usar este método é necessário que alguma das câmaras do robô ou outro sensor de radiação captem o fenômeno. Com apenas dois minutos de observações, utilizando os dados dos tempos de contato inicial e final dos eclipses percebidos nos dias 13 e 17 de setembro, é possível reduzir o erro na localização de quilômetros para metros.
O modelo matemático para prever os eclipses de Fobos foi criado dentro do projeto MetNet, que tem por objetivo enviar uma rede de sondas meteorológicas para a superfície de Marte.
O método é aplicável para qualquer outra sonda sobre a superfície deste planeta que tenha capacidade para realizar observações ópticas.
Segundo o modelo matemático, os próximos trânsitos da lua marciana serão entre 3 e 8 e 13 e 20 de agosto de 2013. O Curiosity terá novas oportunidades de observá-los e os cientistas de seguir comprovando o método de localização.
Estadão.com

Árvores da Amazônia podem resistir a aquecimento da Terra, diz estudo

Análise genética feita em árvores por pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido aponta que muitas espécies existentes na Amazônia continental conseguiriam sobreviver aos efeitos mudança climática causada pela atividade humana, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (13) no periódico científico “Ecology and Evolution”.

Um sequenciamento genético feito em espécies de árvores encontradas no bioma conseguiu detectar mutações que datam de 8 milhões de anos. Tais evoluções encontradas indicaram que as árvores sobreviveram a períodos anteriores com alta temperatura global, comparados àqueles que podem ser registrados futuramente no planeta devido às emissões de gases-estufa – conforme previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).
No entanto, incêndios florestais provocados e a superexploração de recursos naturais ameaçam o futuro do bioma, que cobre uma extensão de 7,8 milhões de km² e abrange nove países da América do Sul (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela).
De acordo com pesquisadores, durante o período Mioceno (entre 11,5 milhões a 5,3 milhões de anos atrás) as temperaturas que atingiram a região amazônica se aproximavam à projeção do IPCC para 2100, utilizando o pior cenário de fortes emissões de carbono.
Relatório do grupo divulgado em 2007 aponta para uma alta de 6,4 ºC se a população e a economia continuarem crescendo rapidamente e se for mantido o consumo intenso dos combustíveis fósseis (pior cenário).
Isso poderia causar secas extremas no bioma e um fenômeno chamado de savanização, quando a floresta mudaria de perfil, com uma existência maior de plantas que conseguem sobreviver a altas temperaturas (seleção natural), assim como aquelas que já existem no cerrado brasileiro.
Maior proteção contra ação humana Os cientistas analisaram 12 espécies de árvores existentes em regiões do Panamá e Equador. Além disso, foram usadas amostras encontradas no Brasil, Peru, Guiana Francesa e Bolívia.
Christopher Dick, autor do estudo e professor da Universidade Michigan, nos EUA, afirma que a pesquisa fornece evidências de que as árvores da Amazônia que já enfrentaram temperaturas altas podem até tolerar, a curto prazo, mudanças ambientais futuras
No entanto, Simon Lewis, University College London e da Universidade Leeds, ambas britânicas, que também participou do estudo, adverte que a sobrevivência dessas espécies às alterações climáticas dependerá de uma maior proteção da floresta, que enfrenta forte influência humana – o que não acontecia há milhões de anos. Por conta disto, pede uma maior política de conservação para combater o desmatamento voltado à agricultura ou mineração.
“Nós também precisamos de ações mais agressivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o intuito de minimizar o risco da seca e impactos das queimadas, além de garantir o futuro da maioria das espécies amazônicas”, explica o pesquisador em comunicado.
G1

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Frase


Aumento de nevascas na Antártica não impedirá degelo, sugere estudo

Uma maior frequência de nevascas na Antártica devido à mudança climática não vai impedir um ritmo maior de derretimento na região, sugere um estudo realizado por cientistas do Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.
 De acordo com a investigação, publicada nesta quarta-feira (12) na edição online da revista “Nature”, um conjunto de simulações físicas sobre a formação de neve na região mostrou que o degelo poderá ser até três vezes maior quando forem registradas nevascas adicionais no Polo Sul -- consequência de alterações no fluxo hidrológico da atmosfera que podem ocorrer devido à elevação da temperatura global.
Segundo a principal autora do estudo, Ricarda Winkelmann, o aumento de gelo na região por conta das nevascas poderá variar entre 30% e 65%. No entanto, isso acontecerá concomitantemente a um maior ritmo de degelo na costa antártica.
estudo contraria teorias apresentadas anteriormente de que um possível aumento de neve impediria que o continente contribuísse para o aumento do nível do mar. Alguns modelos globais e regionais sugeriam a contribuição líquida da Antártica para a elevação do nível do mar seria negativa nos próximos cem anos.
No entanto, os resultados do novo estudo apontam ainda que a neve que se acumula sobre as plataformas flutuantes poderá exercer uma pressão maior para o desprendimento do gelo. Isso porque a superfície das calotas não aguentariam "um peso maior" sobre elas.
“Sabemos que as nevascas na Antártica não nos salvarão de um aumento do nível do mar (...) agora necessitamos entender com qual velocidade teremos que adaptar nossa infraestrutura costeira, mas isso depende de quanto CO2 seguiremos emitindo na atmosfera", disse a pesquisadora.
G1

Cientistas querem descobrir se estamos vivendo na Matrix

Um grupo de cientistas da Universidade de Washington está fazendo uma série de testes para garantir que o nosso Universo não é todo construído por um programa de simulação - sim, exatamente como no enredo do filme Matrix.
Segundo os pesquisadores, nossos sistemas atuais seriam completamente incapazes de simular um universo inteiro, mas nada impede que estejamos vivendo em uma era muito mais avançada do que pensamos.
Para testar a hipótese, cientistas pretendem olhar para pequenas partes do nosso universo em busca de possíveis erros de programação - a limitação da energia de raios cosmicos, por exemplo.
Caso essa hipótese se prove falsa (ou não se prove), os pesquisadores também tem esperança de verificar se existem diferentes universos que poderiam ser conectados através de computadores.
Galileu.com 

Cientistas apontam ligação maior entre ação humana e clima

Os cientistas especializados em clima estão mais certos do que nunca de que os humanos são responsáveis pelo aquecimento global, pela elevação dos níveis das marés e pelos casos de clima extremo, de acordo com um relatório preliminar feito por um painel de especialistas.
O documento preliminar, que foi vazado e ainda pode ser modificado antes da divulgação da versão final em 2013, mostrou que o aumento nas temperaturas médias globais desde a era pré-industrial deve exceder os 2 graus Celsius até 2100, e pode chegar a 4,8 graus Celsius.
"É extremamente provável que as atividades humanas tenham causado mais da metade do aumento observado na média global das temperaturas da superfície desde os anos 1950", diz o relatório preliminar do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
Na linguagem usada pelo IPCC, "extremamente provável" significa um nível de certeza de ao menos 95 por cento. O nível seguinte é "praticamente certo", ou 99 por cento, a maior certeza possível para os cientistas.
O relatório anterior do IPCC, de 2007, informou que havia uma certeza de ao menos 90 por cento de que as atividades humanas, principalmente a queima dos combustíveis fósseis, eram a causa do aumento das temperaturas.
 documento preliminar apareceu em um blog cético à mudança climática.
O IPCC informou que o post prematuro e não autorizado com o documento poderá provocar confusão, porque o relatório ainda estava sendo feito e provavelmente mudaria antes de sua divulgação.
Uma conferência da Organização das Nações Unidas na semana passada, destinada a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, não produziu avanço. Três países - Canadá, Rússia e Japão - abandonaram o Protocolo de Kyoto e seus limites às emissões.
Os EUA nunca ratificaram o pacto. O Protocolo também exclui os países em desenvolvimento, onde as emissões aumentam com maior rapidez.
Um grupo de países concordou em estender o Protocolo de Kyoto até 2020, mas o conjunto é responsável por menos de 15 por cento das emissões mundiais de gases-estufa. As nações em desenvolvimento afirmaram que pressionarão, no ano que vem, por um mecanismo radical da ONU que os compense pelo impacto da mudança climática.
O IPCC afirmou ter um alto grau de confiança de que a atividade humana tenha causado as mudanças em larga escala nos oceanos, nas placas de gelo ou nas geleiras das montanhas e nos níveis dos oceanos na segunda metade do século 20, de acordo com o relatório preliminar.
O documento afirma que os casos de clima extremo também mudaram em razão da influência
humana.
AMEAÇA ÀS CIDADES
O relatório prevê cenários com um aumento nas temperaturas entre 0,2 e 4,8 graus Celsius neste século - uma faixa mais estreita do que em 2007. Mas em quase todos os cenários o aumento seria maior do que 2 graus Celsius.
Em 2010, governos de vários países prometeram tentar conter o aumento global de temperaturas em mais de 2 graus, considerado pelos cientistas o limite máximo a fim de evitar mais climas extremos, secas, inundações e outros impactos da mudança climática.
As concentrações de dióxido de carbono na atmosfera eram as mais altas em 800 mil anos, segundo o relatório preliminar. O documento também afirma que os níveis dos oceanos devem subir para entre 29 e 82 centímetros até o fim do século - em comparação com os 18 a 59 centímetros projetados no relatório de 2007.
O aumento no nível dos oceanos pode ameaçar os habitantes de áreas de baixa altitude, de Bangladesh às cidades de Nova York, Londres e Buenos Aires. O fenômeno aumenta o risco de ondas de tempestades, erosão na costa e, no pior dos casos, a inundação completa de grandes áreas de território.
Exame.com