Uma nuvem magnética vinda do sol deve chegar à atmosfera terrestre neste sábado, conforme anunciaram cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Trata-se de um fenômeno conhecido na sigla inglesa CME - ejeção de massa coronal, em português - que viaja desde a camada mais externa do sol a uma velocidade de mil quilômetros por segundo. Nos casos mais extremos, o fenômeno pode prejudicar temporariamente a transmissão de energia de redes elétricas.
Os cientistas do Inpe verificaram que uma explosão solar ocorrida em 11 de abril resultou em intensa ejeção de plasma que está se dirigindo para a Terra.
- CME é uma gigantesca nuvem de plasma magnetizado que é expulsa pela camada mais externa da atmosfera solar (coroa) em direção ao espaço com velocidades de centenas a poucos milhares de quilômetros por segundo, explica José Roberto Cecatto, do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial do Inpe, em comunicado divulgado pelo instituto.
O pesquisador informa que este CME, pela posição de onde se originou no Sol, está dirigido para a Terra e apresenta formato em halo. Deve chegar à Terra por volta da primeira metade deste sábado.
Ao atingir a Terra a nuvem de plasma provoca perturbações na magnetosfera terrestre (campo magnético terrestre) de intensidade variável. Nos casos de perturbações brandas são produzidas auroras nas altas latitudes e regiões polares. Já no caso de perturbações severas são produzidas as chamadas tempestades geomagnéticas.
- A intensidade das perturbações sofridas pela magnetosfera terrestre depende da direção e intensidade do campo magnético associado à nuvem do CME - explica Cecatto. - Ainda não é possível medir com exatidão a direção do campo magnético da nuvem do CME antes de sua chegada no ambiente terrestre, pois ainda não existe uma sonda ou satélite dedicados especificamente a essa medição.
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