sábado, 13 de abril de 2013

Rússia anuncia 1º lançamento espacial tripulado no seu território

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (12) aos tripulantes da Estação Espacial Internacional que a Rússia vai inaugurar em 2018 uma plataforma de lançamento para voos tripulados a ser usada para a exploração da Lua e de lugares mais profundos do espaço.
Falando por videoconferência do Cosmódromo de Vostochny, que está sendo construído na região de Amur, no extremo leste da Rússia, Putin disse esperar que o local seja usado também pelos Estados Unidos e a Europa, uma declaração que valoriza a cooperação internacional, no dia do 52º aniversário da pioneira ascensão de Yuri Gagárin ao espaço, que desencadeou a corrida espacial da Guerra Fria. A data é celebrada na Rússia como o Dia da Exploração Espacial.
"Quero cumprimentar a tripulação neste feriado", disse Putin. "Estes não são apenas cumprimentos, são cumprimentos da construção do nosso futuro."
A Rússia espera que a plataforma, perto da fronteira com a China, rivalize com seu atual local de lançamento, o Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, cujo arrendamento a Moscou é motivo de polêmica desde a dissolução da União Soviética, em 1991.
Desde que a Nasa aposentou seus ônibus espaciais, no ano passado, foguetes russos lançados de Baikonur são a única forma de levar tripulantes à Estação Espacial Internacional, que paira a 400 quilômetros de altura sobre a Terra.
A Nasa paga pelo serviço, mas os custos de manutenção e aluguel de Baikonur correm por conta da Rússia.
Putin, que busca restaurar a credibilidade do programa espacial russo após algumas falhas constrangedoras em lançamentos de foguetes, disse que o novo cosmódromo estará pronto para lançar voos não-tripulados em 2015, e os tripulados em 2018.
"Está claro que a Rússia do século 21 deve preservar seu status como importante potência espacial", disse o presidente, oferecendo o local para o uso de outros países. "O espaço é uma esfera de atividade que nos permite esquecer todas as difíceis relações internacionais ... sem pensar nos problemas, e sim no futuro."
IGCiência

Nenhum comentário:

Postar um comentário